Capítulo 47

5.2K 360 29
                                    

Capítulo 47

Boa Páscoa, e cuidado com o pó (haha) *

Meninas, este capítulo é dedicado à escritora da fanfic “photographer”. A história é linda mesmo, vocês têm mesmo que ler! Entrem na conta dela, e adicionem a fic à vossa biblioteca e sigam-na , não vos vai desiludir!

- Hanging On  - Ellie Goulding

#Lia P.O.V

Acordei lentamente de um sonho estranho. Devido à claridade, não consegui permanecer com os meus olhos fechados por muito tempo. A minha cabeça estava pesada, mais do que o costume. Pairava um cheiro diferente do que estava habituada, um cheiro forte mas agradável. Assim que me estabilizei, comecei aos poucos a raciocinar. Memórias vieram-me à cabeça, desde do momento que vi o meu pai à cena onde disse que amava o Harry e depois disso, não me lembro de absolutamente mais nada. Levanto ligeiramente a cabeça, e fico a olhar para todo um cenário que nunca tinha visto.

Onde estou?!

É a única pergunta que ocupa a minha mente no momento. Onde raio me encontro? Nunca vi esta divisão antes. Era deveras moderna, tudo decorado à base de tons acastanhados e com uma harmonia interessante entre os elementos. A cama era grande e redonda e estava situada no centro da divisão que era estranhamente composta por enormes janelas, que ocupavam toda a parede quase. Do local onde estava, não conseguia vislumbrar mais nada, a não ser uma incrível paisagem, que me fez lembrar a que via da minha grande janela, aquela que o Harry tanto gosta.

Onde está o Harry?

A minha respiração começou a ficar descontrolado devido aos pensamentos obscuros que teimavam aparecer na minha mente, pensamentos esses que me estavam a fazer perder o controlo de uma forma que nunca tinha perdido. Onde estará ele Porque é que eu não me lembro de nada e sinto uma agonia profunda dentro do meu peito que me dá vontade de chorar. Não estava de todo a entender onde estava, será esta uma divisão que me é desconhecida da cripta? Não me parece que seja, era impossível ter esta altitude. Deixei a dor que sentia nas costas de lado, e levantei-me da cama.  Estava com um vestido de noite preto, alguém me deve ter trocado de roupa… mas quem? Só de pensar que alguém tocou no meu corpo e me viu despida e eu não faço ideia de quem é, fico aflita e nervosa. Ainda mais assustada fiquei quando ouvi a porta do quarto abrir-se e a pessoa que entrou, não era o Harry, mas sim uma figura alta de cabelos negros, com um tom de pele moreno que contrastava com o azul dos seus olhos que eram comparáveis à cor do mar. Tinha vestido uma simples camisola de algodão cinzenta e umas calças de ganga, simples, mas era o suficiente para eu o temer. Nunca o tinha visto na vida, e algo me parecia errado aqui, muito errado. Permaneci imóvel olhando para ele, não podia demonstrar medo até saber de quem se tratava em particular.

“Vejo que alguém já acordou.” Disse, enquanto se aproximava de mim.

Recuei. “Quem és tu?” A minha voz saiu mais baixa do que tencionava.

Um sorriso preencheu o seu rosto, e ele continuou a aproximar-se de mim. Não podia recuar mais, já me encontrava entre a espada e a parede como se costuma dizer. Os seus dedos percorreram o meu braço, contornando as minhas marcas de uma forma lenta. Depois, passou para a minha bochecha massajando-a. Tentei pará-lo, mas ele nem se moveu, continuando a tocar-me. Sentia-me mal, queria que ele parasse eu não gosto que pessoas que eu não conheço me toquem desta maneira.

“Para, por favor.” Pedi, quase como uma súplica.

O homem olhou fixamente para mim. Os seus olhos cor de água pareciam estar a entrar na minha alma, e uma vibração estranha percorreu o meu corpo. Baixei a cabeça tentando quebrar o contacto visual e ele, felizmente, afastou-se e pegou numa pequena caixa, começando a mexer nela por puro entretenimento. “O meu nome é Christopher.” Apresentou-se, pousado agora a caixa e fitando-me. “Não sou propriamente amigo do Joseph, aliás, não sou amigo de todo. Eles já devem ter falado de mim, como o «inimigo», ou algo patético do género.”

Nada disse, quanto mais ele me dava a conhecer a sua pessoa, a minha vontade de fugir daqui e procurar o Harry aumentava. “Como é que eu vim aqui parar?” tentei permanecer firme.

“Nós fomos-te buscar. Estavas acompanhada, mas nós tratamos da companhia, não queríamos convidados indesejados.” Respondeu num tom extremamente arrogante e cheio de maldade, ele referia-se a Harry.

Sem pensar duas vezes, deixei-me levar por um ato de pura raiva e perguntei num tom elevado. “O que é que vocês lhe fizeram?”

Ele não estava a contar que eu fosse reagir desta maneira, e mostrou-se um pouco surpreso de princípio, mas voltou ao estado normal, colocando outro sorriso no rosto, sorriso esse que me dava vontade de o espancar. “Digamos que levou com um murros e afins, nada de mais.”

Fechei as minhas mãos tentando acalmar-me a todo o custo, os meus olhos estavam bem cerrados assim como a minha paciência para com este tal de Christopher. Imagens de um Harry magoado deixam-me perturbada e com vontade de fazer justiça por ele, mas tenho de repensar, estou a lidar com o inimigo. “O que é que vocês querem de mim?” Acho que a resposta era óbvia, mas mesmo assim decidi perguntar.

“A chave, como é evidente”

Tenho de ser inteligente. Ele quer a chave, e pensa que sou eu que a tenho e assim que descobrir que ela já esta na posse do Joseph, eu irei perder utilidade e ele vai deitar-me fora como se fosse um brinquedo. Sempre pensei que eles já soubessem que a chave estava com o Jo… espera lá! Ninguém faz ideia que a chave já não está comigo, eles ainda pensam que eu a tenho. É claro! Porque outra razão iriam eles querer proteger-me tanto? Como é que eu fui tão estupida, eles estavam a proteger a chave usando-me como alvo, assim perderiam tempo comigo e não a procurar pelo seu no local certo. Este tempo todo, eu fui usada?! O que era suposto eu dizer agora? A verdade, ou a mentira? Mentir parece-me melhor, mesmo que a minha vontade fosse dizer a verdade, não posso correr esse risco.

“E pensas que é por me raptares que eu te a vou dar?” iniciei assim o meu jogo.

Um olhar incrédulo foi lançado por ele, definitivamente ele não me conhece. Ele aproximou-se novamente de mim, numa tentativa de me intimidar mas desta vez mantive-me no mesmo sítio. “Eu não sei se tu percebeste, mas não tens poder de escolha aqui, apenas te limitas a fazer o que te dizem.”

“Mas aqui é que está, não tens qualquer poder sobre mim.” Ri-me um pouco, vendo a perder a postura autoritária e ficando enraivecido.

De um segundo para o outro, ele encostou o seu antebraço ao meu pescoço, fazendo com que o meu corpo batesse bruscamente contra a parede, aumentado aquela dor nas costas e depois disse. “Não tentes brincar comigo, sou a última pessoa neste mundo com que queres brincar. Posso acabar com a tua vida agora mesmo.”

Este momento lembra-me quando o Harry me subestimou, encostando-me contra a parede. O que ele na altura não sabia, e que não sabe agora o Christopher, é que eu sei defender-me. As minhas mãos puxaram o seu cabelo, fazendo com a sua cabeça ficasse virada para cima, dando-me espaço para depois trincar o seu antebraço, ouvindo um gemido de dor da sua parte, e entrelaçar a minha perna com a sua, fazendo-o cair. Fiquei a olhar para ele no chão, devido à queda ele bateu com a cabeça no bico da secretária que estava ao nosso lado, fazendo um ligeiro corte. Depois disso, eu fui até à porta, tentando fugir, mas ela não tinha maçaneta, só abria com a suposta chave. Christopher colocou-se de pé, e antes que ele pudesse fazer seja o que fosse, eu alertei-o:

“Neste momento, tu precisas mais de mim do que eu de ti, aconselhava-te a não fazeres nada irracional. Acredita, também sou a última pessoa neste mundo com quem queres brincar.”

-----------------------------------------------------------------------------------------

 NÃO SE ESQUEÇAM DE LER A PHOTOGRAPHER E A LAS VEGAS!

Sim, este capítulo deve estar uma porcaria, mas vá é Páscoa deem um desconto! Votem e comentem se gostarammm <3

The Key ||h.s||Onde histórias criam vida. Descubra agora