The Key ||h.s||

Capítulo 49

Capítulo 49

Figure 8 – Ellie Goulding (a minha cantora favorita J )

Leiam a “I'm just like that “, a sério!! Vale muito a pena <3 O capítulo é dedicado à rapariga que a escreve para que possam aceder à história <3

Lia P.O.V

Pouco passavam das três da manhã no velho relógio que estava pendurado na parede quando ouvi um estrondo, que me fez acordar. Estava a dormir bem, por incrível que pareça, acho que este foi o único dia que eu adormeci sem dificuldade, talvez por causa da dor de cabeça intensa ou do cansaço, só sei que estava mesmo agarrada ao sono.

«Devem ter deixado algo cair.» pensei primeiramente.

Outro estrondo se fez ouvir, desta vez, com mais intensidade.

«Que raio se passa?» pensei novamente.

Levantei-me da cama, caminhando até à porta, onde encostei a orelha na mesma para ver se me apercebia do que se estava a fazer do lado de lá. Se ao menos eu conseguisse destrancar esta porcaria! O que poderá ser? Olhei pela grande janela, e não vi nada, não tinha visão para a entrada desta casa, ou lá o que seja. Sinto-me inútil estando aqui sem nada poder fazer, enquanto algo de muito errado se está a passar.

“Harry atrás de ti!” ouvi alguém gritar…

“HARRY! HARRY EU ESTOU AQUI! TIREM-ME DAQUI!”

Harry? Oh Deus! Era o Harry! Ele estava aqui! Eu tenho de o ir ajudar eu tenho que sair da porra deste quarto e é já, não posso ficar aqui de braços cruzados à espera que alguém lhe faça mal, não outra vez. Não me podia atirar da janela, só se quisesse morrer, e não havia forma de abrir a porta sem chave.

Ao princípio, fui contra à porta vezes sem conta. Nada, nem um arranhão. O tabuleiro com comida ainda estava em cima da secretária, dirigi-me ao mesmo e peguei no garfo, introduzindo-o na fechadura. Nada. Fiz o mesmo com a faca, mas eu nunca tive habilidade para este tipo de coisas, foi uma tentativa inútil. Atirei coisas aleatoriamente contra a porta. Comecei pelo velho relógio que estava na parede, e logo se desfez em pedaços, atirei o tabuleiro sujando todo o chão com comida.

Nada! Um autêntico fracasso! Como é que eu vou sair daqui?! Já tentei de tudo.

Levei as mãos cabeça, estava tão frustrada comigo mesma. Quero sair daqui e é agora, eu quero, eu quero! De um momento para o outro a minha cabeça começou a doer, de tal maneira que eu nem me consegui aguentar em pé acabando por cair no chão, encolhendo-me toda. Sentia-me perdida agora, a minha vida não faz sentido nenhum. Como é que num curto espaço de tempo eu perdi tudo o que tinha. Perdi-me a mim mesma. Quem sou eu afinal? Aquela Lia que era fria, ou então um anjo que pertence a um lado diferente e que tem de defender a raça humana? Quem sou eu agora? Quem é esta Lia que está debruçada sobre o chão, perdida em lágrimas e em pensamento.

A dor foi diminuindo, lentamente, e quanto levei o meu braço até à cara para limpar as lágrimas, eles estavam diferentes. Para além dos símbolos que já lá tinha, agora algo de estranho apareceu. Era como se fosse um dos meus desenhos, pareciam raízes de uma antiga árvore que preencheram todo o meu braço, entrelaçando-se com os meus dedos e preenchendo a minha mão. Prologou-se pelo meu ombro, olhei para o interior da minha camisola e só terminada no meu peito.

“Mas que raio?” disse enquanto olhava atentamente para a minha nova “tatuagem”.

Nunca tinha visto algo assim, em ninguém. Todos eles tinham símbolos, eu tinha uma ramificação inteira. Eu sempre soube que as minhas ruinas eram diferentes de todos eles, eu sempre soube que havia algo diferente comigo, isto só veio confirmar as minhas suspeitas. O que quererá isto dizer, porque é que apareceu agora? Nada disto faz sentido, nada!