L1|| V. Cobras, Jaquetas e Prédios

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CINCO MESES ATRÁS

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CINCO MESES ATRÁS

Pode ser frustrante tentar aprender algo novo. Especialmente quando seu próprio corpo vai contra a nova arte que sua mente procura absorver e dominar. Você quer praticar, melhorar, domar algum ofício, mas tudo dentro de você luta contra isso.

Esse é meu caso com a magia que a Sombra me deu.

Ela me fez uma oferta da qual eu provavelmente deveria recusar. Ou ao menos pensar bem a respeito.

Mas se eu começar a hesitar e pensar duas vezes no que é bom ou não para mim, isso significa que eu não estou pensando em Adaris. E é por isso que Adaris sofre, porquê todos que dizem amá-la colocam suas egoístas vontades à frente do bem de nossa terra.

— Eu aceito a magia. — Digo com precisão à Sombra. Ela sempre se move com mais intensidade quando parece satisfeita com minhas respostas.

Se Adaris estivesse nos eixos, e eu tivesse meus poderes naturais em máxima potência, talvez não precisaria recorrer a outras magias. E apesar deste não ser o melhor método, concordei com ele. A mística e vaporosa Sombra tem seus mistérios, mas não esconde de mim as consequências das decisões que me leva a tomar.

Essa é uma delas. 

A temperatura aumenta a minha volta. Do centro da sombra, algo mais sólido toma forma e lentamente rasteja em minha direção. Suas múltiplas pontas acabam se fundindo em duas, e duas se tornam uma, que se ergue e para à alguns centímetros de meu rosto.

Uma cobra naja.

A cega serpente parece saber exatamente onde estou. Com exatidão, coloca suas geladas narinas contra a pele de minha face e posso ouví-la inspirar fundo.

— O que ela está fazendo? — Pergunto a Sombra.

Te conhecendo. Ela gosta de sua pureza, Caliandrei. Você lhe cheira bem. Todas as fadas de Adaris exalam umas das mais puras e doces olências entre todas as criações. — Explica a Sombra. — Esta cobra é uma de minhas formas. Seu veneno lhe injetará minha magia, o suficiente para iniciar sua busca. Poderá abrir portais para o mundo humano sem ser detectada por Garou. Basta pingar algumas gotas de seu sangue em uma superfície reflexiva e comandar com pensamento. Suas poções também serão mais efetivas e potentes. Entre outras coisas, como blindar sua mente para elfos.

A naja ainda me fareja, sua língua bifurcada dança por onde passa sobre minha pele. Seu couro liso e gelado causa arrepios contra meu corpo quente.

— Quanto mal a injeção de magia me fará? Pensei em perguntar já que a forma de injetar por si só não parecia das mais benevolentes.

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