L1|| X. Obrigada, Privada

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Acho que apaguei por alguns minutos

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Acho que apaguei por alguns minutos. Alguém me cutuca o ombro e eu ouço uma voz feminina me chamar pelo nome. Enfrento uma bêbada preguiça para responder. Meus olhos estão fechados, minha boca seca e minha cabeça girando.

— Ela tá bem?— Uma outra voz pergunta. — Foi isso aqui que ela bebeu? — Vejo pela pequena fresta que abro em meus olhos que a dona da voz segura minha cachaça de rico.

Pouco a pouco recobro a noção de onde estou. 

Em um banheiro, sentada no chão, usando uma privada como travesseiro.

Fecho os olhos por não estou afim de acordar.

— Verena? — A voz e a mão me cutucam de novo e eu respondo com um grunido.

Lentamente abro os olhos, me acostumando novamente a luz que violentamente os invade. Tudo dói, dentro e fora, e não quero me mover, por mais nojenta que essa privada possa estar.

Abro os olhos e desabraço a privada para ver quem tenta me acordar. Deve ser algumas das pessoas que me foram apresentadas hoje. Embora eu não lembre seus nomes ou rostos, elas lembram o meu.

A que me cutuca é altíssima, ou parece ser daqui do chão. Tem a pele negra, cabelos curtos, lisos e pretos, que contornam seu rosto perfeitamente. Ela se esquiva sobre mim, tentando assessar minha situação.

Quer saber? Eu conheço esse rosto!
— Rihanna?— Pergunto.
Isso! Ela é a cara da Rihanna!

— Jaqueline disse a mesma coisa, que você parece com essa tal de Rihanna. — A que está atrás dela diz e eu finalmente olho para ela por completo também. Uma menina que não aparenta ter mais de dezesseis anos, nova demais para estar numa festa dessas. Um rosto de traços finos, delicados. Pálida demais, parece que nunca viu um sol. Seus cabelos loiros quase brancos lhe dão um ar ainda mais juvenil.

— Verena, você está bem? — A sósia da Rihanna pergunta com firmeza, estudando meu rosto. Ela se vira para trás e pega a garrafa das mãos da outra garota e chacoalha na minha frente. — Foi isso que você bebeu?

Como se fosse Todinho, eu quis responder.

Só de olhar a garrafa, já quero vomitar novamente. E quando acho que já não sobrou mais nada para botar para fora, meu estômago me surpreende.

— Isso é normal, Alexis? — A menina loira parece preocupada comigo.

— Se ela bebeu isso, sim. — A tal Alexis responde.

Quando termino de gorfar, tento me levantar para lavar o gosto terrível em minha boca. Acho que calculei mal, pois perco meu centro de apoio e dou de cara no box de vidro do chuveiro.

A Alexis me segura, virando-me de frente para ela e apoiando minhas costas contra o box. Minha cabeça dói mais ainda e eu balbucio algumas profanidades, me perguntado por quê diabos tive a idiota idéia de enfiar o pézão bem no meio da jaca logo aqui na festa.

ADARISOnde as histórias ganham vida. Descobre agora