L1|| XXXVIII. Você Parece Com Ela

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A manhã de segunda-feira está corrida

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A manhã de segunda-feira está corrida. Entre multiplas ligações perguntando se Bauer havia voltado e uma boa quantidade de empreendedores visitando-o para reuniões, eu mal parei sentada. Era tudo que eu precisava: um dia corrido, ficar ocupada e não pensar em Lucas ou no micão que paguei ontem a noite com a mensagem que mandei a Bauer por engano.

Flavio me pediu ajuda para comprar um terno para um evento da faculdade dele, então aproveitei o horário de almoço para acompanhá-lo.

— Você parece triste. Vai, me fala quê que foi que aquele paquito te fez, Magrela. — Ele diz ao sair do provador.

— Gostei desse aí, Flavinho. Experimenta ele com a gravata preta. — Ignoro sua pergunta.

— Verena, não muda de assunto.

Ás vezes esqueço que Flavio tem apenas dezoito anos, especialmente quando ele fica bravo por eu mudar de assunto quando faz perguntas pessoais. Sua voz fica mais grossa que o normal quando conversamos sobre algum assunto sério e por ser super alto, quando isso acontece  aparenta ser mais velho. E agora, ao invés de sentir que tenho um irmãozinho mais novo, sua carranca combinada com o terno que experimenta o fazem parecer um irmão mais velho.

E ele realmente está enfezado com Lucas.

— Não quero falar mais disso, Flavio. Não tenho mais o que dizer. — Eu juro que estou prestes a chorar e Flavio pôde perceber. 

Tanto que ele se aproxima e me abraça.

— Ele se aproveitou de você, não foi? — Sinto seu queixo se mover sobre minha cabeça ao dizer isso.

— Não é verdade. Ele também estava bêbado. E foi só um beijo! Nada demais. — Desfaço nosso abraço ao lembrar que estamos dentro de uma loja fina demais para comportar tais demonstrações dramáticas de emoções.

— Então por quê você tá com essa cara de sapo-boi? Quer que eu quebro o Ken no meio? É só falar.

Suspiro me sentido querida e protegida por um momento. Homens.

— Obrigada, mas dispenso. Agora coloca a gravata preta depois a verde-escuro. — Ergo as gravatas na ordem que citei. — Aliás, por quê você não me fala da garota que vai levar nesse evento?

— Como sabe que vou levar alguém? — Flavio soa surpreso.

— Como? — Gargalho. — Você não ligou para os outros eventos da sua facu, muito menos para o que vestia neles. E agora tá todo paquito, como você mesmo diz, querendo até usar terno e gravata. É obvio que alguma garota é o motivo disso.

Me olhando incrédulo ele põe a gravata preta e assim como imaginei: ficou perfeita.

— Meu primeiro Armani. — Comenta Flavio enquanto o alfaiate tira suas medidas. — Djimmy compra os ternos dele aqui.

ADARISOnde as histórias ganham vida. Descobre agora