L2|| VIII. Danse Macabre

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VERENA

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VERENA

Eu não faço idéia do que Dimitri está falando.

Na minha percepção, eu apenas estive inconsciente por algumas horas, talvez alguns dias, devido as feridas que sustentei antes de apagar por completo.

— Cinco meses? Cinco... anos? — pergunto com o pouco de ar que me resta.

Eu sei porquê Dimitri está bravo. 

Eu sei mais ou menos o que fiz. 

Mas... há cinco anos desapareci?

Há cinco meses ele me encontrou? Aonde? Como assim? Eu não me lembro de...

Nada disso faz sentido. Sim, em minha mente tudo ainda esta um pouco embaralhado, mas ainda assim, isso é tempo demais! Fuço minha memória e a última coisa que me lembro é de Mabel, Alexis, Adaris...

— Não importa! — ele me remove da parede alguns centímetros apenas para me empurrar contra ela novamente. — Diz logo aonde estão as adagas!

Essa brincadeira esta indo longe demais.
Agora quem quer respostas sou eu. E se Dimitri me conhece, sabe que as terei. 

Ou ao menos tentarei tê-las.

— Como vou falar se mal consigo respirar? — tento dizer, exagerando na respiração.

Dançar na corda bamba onde Dimitri parece indeciso quanto a querer me matar ou não, funciona. Vendo que ele me solta um pouco, aproveito o momento para dar-lhe uma joelhada em sua pélvis assim que encontro um pouco de espaço. 

Sou forte o suficiente para afastá-lo, e assim que ele solta meu pescoço e cai de joelhos com o golpe certeiro, retiro a droga de adaga que me queima no ombro e enfio nas costas dele.

Enquanto eu sangro, ele reclama, quase sem som. Esse é Dimitri. Ás vezes, acho até que gosta da dor que eu posso causar nele. Ao menos, costumava gostar. Vai entender. Eu também desenvolvi gostos deveras interessantes enquanto estive com ele. De qualquer forma, não o espero recuperar e se levantar, então aproveitando que esta abaixado, dou-lhe outra joelhada na testa, fazendo-o cair no chão por completo.

Por um momento olho para baixo, novamente vendo meu corpo que me parece tão estranho no momento, tentando entender porque estou vestindo apenas uma das camisas dele, sem calças. Eu não lembro como vim parar aqui. Toco meus cabelos e sinto a costumeira selvagem cascata de cachos negros mais soltos do que nunca. Me sinto limpa, e cheiro a sabonete dele e eu não faço idéia de como.

Enquanto tento entender o porquê estou assim, ainda no chão, Dimitri me passa uma rasteira e me derruba. Fui lerda, admito. Acabei de acordar, me dá um desconto! Caio em cheio de barriga no piso de madeira. Ele vem até mim e coloca todo o peso do seu corpo sobre minhas costas, me segurando pelo cabelo e pescoço. 

ADARISOnde as histórias ganham vida. Descobre agora