L2|| IV. Vejo Graça Em Seu Pudor

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ALEXIS

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ALEXIS

—  O que você está fazendo? — Lucas pergunta assim que retiro minha blusa. 

— Vou tomar um banho, se não se importa. — aponto para o chuveiro dele e começo a tirar minha calça. Ele parece levemente transtornado comigo e se não me engano, estive entre humanos o suficiente para entender por qual motivo seu rosto fica imediatamente vermelho. 

Estou tirando minhas roupas na sua frente e ele não sabe exatamente como reagir a isso. O tal do pudor. Estive nua por tanto tempo que para mim não faz diferença, apesar de gostar e muito de roupas humanas. A meu ver, calcinhas e sutiãs foram uma boa invenção, mas não significam o mesmo para mim que significam para humanos. Para sua maioria, essas finas peças de tecidos são o que os separam de serem civilizados ou primatas impulsivos. 

Interessante como algo tão pífio como panos podem ditar tantas regras de convivência. Pois através delas, humanos também são capazes de dizer quem merece atenção ou não, quem possuí muito ou pouco, entre outras coisas. 

Essa espécie complicada sempre me fascina com suas regras. Mas tenho que tirar minhas roupas para lavar-me por completo e não me importa quem assiste ou não. 

E é aí que ele me para. 

— Es-esper... eu vou... sair. Eu vou comprar alguma coisa pra gente comer. Minha geladeira tá vazia. — ele diz e eu não dou a mínima, só quero me lavar e sair o mais rápido possível. — Você gosta de pizza?

Comida humana não me faz diferença nenhuma e minha expressão facial demonstra isso. 

— Estranho... Nunca conheci ninguém que não gostasse de pizza. 

— Certamente também nunca conheceu ninguém com asas. — cruzo os braços, querendo então que ele saia logo do banheiro se não quer me ver nua. Sei que a casa é dele mas estou perdendo tempo aqui. 

— Verdade... — sorri. — E o que você gosta de comer?

— Flores. — recosto de ombro na parede, só de sutiã e calcinha. 

Lucas arregala os olhos, e eu não sei se é por que como flores ou para olhar ainda mais para meu corpo. Ele se se esforça para manter os olhos no meu rosto. 

— É a primeira vez que vê alguém em roupas de baixo? — pergunto mas ele não sabe o que responder. — Quer que eu me vista de novo?

— Não! — diz rápidamente. — Digo, não precisa. — engole em seco. — Fadas comem flores?! — repete, finalmente se tocando do que eu disse. — passa a mão nos cabelos. — Okay, eu vejo se tem alguma floricultura por aqui. Você me espera voltar?

— Não. — minha sinceridade sai contundente. Não sei para que quer que eu o espere. Nossa conversa acaba aqui, e o unico motivo pelo qual o contei tudo foi por ter me salvado e não me questionado. Me senti endividada. Mas chega, não quero mais envolver nenhum humano nisso, já basta o que aconteceu com Verena. 

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