Coragem | Don "Wardaddy" Collier, Corações de Ferro.

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Fanfic menciona Segunda Guerra, violência explícita e abuso.
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_Durante a Guerra._

Narradora:

Mais soldados americanos estavam chegando dentro de tanques. Era notável a expressão de cansaço e os olhares tristes deles chegavam a doer, era impossível saber a dor no qual passaram. Mas era possível saber oque aqueles olhares diziam.

"Quando tudo isso vai acabar? Vai acabar? Eu vou conseguir voltar para o meu lar? Quantos homens mais vão morrer? Mais quantos amigos eu irei perder? Será que minha família vai estar lá se eu voltar? Eu estou cansado disso! Eu deveria desistir! Não há esperança para nós! Isso tem que valer a pena."

Eles se reconheciam na multidão, aqueles soldados quebrados por dentro os olhares entregavam. Por mais carrancudos e fortes que eles tentavam ser, uma única e mínima mudança no olhar já falava tudo, era o tipo de olhar que faria qualquer um correr para abraçar esse homem que precisava de apoio e consolo. Que precisava voltar par o seu lar antes que perdesse a sanidade.

(S/N):

Eu era a única mulher nessa multidão de soldados, sendo julgada por uns ou zombada por outros. Mas eu não ligava, eu estava servindo ao meu país tentando mostrar a essa porcaria de sociedade que mulheres não se resumem a casar, ser uma boa mulher ou mãe, obedecer o marido sem questionar e ter que aguentar calada qualquer cafajeste que se aproximasse.

Não, eu e o resto de nós não seríamos resumidas a isso. Eu venho de uma família repleta de mulheres, meu pai estava louco para ter filho e se orgulhar de ver o menino servir com ele, mas não conseguiu. Então eu entrei com o intuito de ser o orgulho dele e chegar a um posto maior para que ele batesse continência para mim, mas não deu certo o exército só me admitiu como uma agente infiltrada, só depois de muita bajulação eu consegui minha farda. E nisso veio a guerra, eu e meu pai fomos convocados, faz dois anos que não o vejo e eu me recuso a pensar o pior.

_Soldada (S/N) (S/S)?_ Um dos Sargentos me chamou.

_Senhor._ Bati continência.

_A senhorita é uma dos nossos melhores soldados, será mandada junto com um grupo dentro de um tanque. Está na hora de voltar a campo, pegue suas coisas e me acompanhe._ Falou.

_Sim, senhor._ Falei me virando de costas para pegar uma enorme mochila com roupas e alguns livros.

Em baixo da cama improvisada peguei a minha faca que ganhei de meu pai quando nos separamos e um taco de baseball escrito "Good Night", quando os prisioneiros alemães precisavam ser eliminados eu preferia usar essa belezinha.

Segui o Sargento até um tanque onde soldados estavam encostados, um alto de bigode ao lado de outro que usava um macacão com um chave de fenda na mão e um mais baixo de costas que estava conversando com esses dois.

_Senhores, essa é a senhorita (S/S). É a nossa melhor, sugiro que mantenham respeito, ela desmaiou três homens que tentaram fazer alguma gracinha, então se tiverem amor aos seus dentes sugiro que a tratem como uma soldada de respeito._ Falou e logo depois se afastou.

Eles se entre olharam e deram risadinhas, revirei os olhos e o loiro saiu de dentro do tanque se mantendo sentando lá em cima.

_Ei gracinha! Por que não pega uma bebida pra nós? Estamos cansados._ O de macacão falou.

_Por que não pega você? Já está de pé mesmo, é ali olha._ Apontei para uma tenda com várias pessoas em volta.

_Eu disse para você ir lá buscar._ Se aproximou.

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