Primogênita | Norman "Machine" Ellison, Corações de Ferro.

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Fanfic menciona Segunda Guerra Mundial e violência, pode ou não trazer desconforto à quem lê.

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_Flashback de quando eram crianças, você tinha onze anos e ele oito._

_Ei! Normy, vem aqui sobe logo._ (S/N) chamou ele para subir em cima da cerca que havia envolta da casa onde moravam.

_Me ajuda!_ Ele disse estendendo a pequena mão.

A menina ajudou ele a subir para que conseguissem ver o privilegiado por do sol, a mistura de cores entre vermelho, laranja, amarelo e rosa era lindo. Os pequenos adoravam, além de ser também o horário em que seu pai voltava para casa sempre.

_Nossa Norman! Seus olhos ficam mais azuis nessa luz._ Falou olhando o irmãozinho.

_O seu cabelo tá mais brilhoso também._ Falou o garoto mechendo no cabelo dela.

Os dois sorriram e voltaram a admirar a vista esperando o pai chegar. Era encantador ver o quanto (S/N) era apegada a seu irmão mais novo, assim que ela soube que teria um irmãozinho fez a maior festa e depois que ele nasceu nunca mais desgrudou dele, Norman também adorava a irmã para ele ela era seu maior exemplo assim como todos os irmãos mais novos pensam.

Eles cresceram juntos lindamente,  um cuidando do outro sempre. Quando ele caía (S/N) ajudava Norman a se levantar e quando ela se machucava ele estava lá para ajudar a mais velha a passar por aquilo.

O mais importante era jamais os separar, vivendo como uma dupla infalível sem pensar muito no amanhã eles viviam sem pensar que Norman, mais tarde, partiria para a guerra que aconteceria. Mas também quem imaginaria se afastar do irmão, pai, namorado, marido ou filho por conta de uma guerra? Ninguém pensaria nessa hipótese, bom... Pelo menos não tão cedo.

_O dia em que Norman teve que partir._

_Você já vai Normy?_ Falou com um olhar triste vendo  Norman colocar a grande mochila nas costas.

_Sim (S/A), eu preciso ir._ Falou passando o olhar por ela.

Os olhos de (S/N) marejaram, doía ver seu único irmão partir desse jeito sabendo que ele poderia não retornar mais assim como seus outros amigos. Com certeza sofreriam por muitas perdas, e nem adiantava ser otimista a realidade tinha que ser aceita por mais dura que fosse.

Vendo sua irmã quase entrar em prantos ele a abraçou firmemente, sendo o mais novo também era um pouco mais baixo que ela.

_Não fique assim, tenha orgulho de mim pelo que eu vou fazer irmã._ Falou próximo ao ouvido.

_Eu tenho orgulho e admiro a sua coragem Norman, mas não posso fingir que está tudo bem quando meu irmãozinho está indo embora._ Falou com a voz trêmula, já começando a chorar.

_Vai ficar tudo bem (S/A) eu te prometo._ Disse o rapaz se afastando e olhando o rosto da garota.

Ele secou suas lágrimas e encarou os olhos azuis igualmente aos dele.

_É melhor você voltar inteiro mocinho, ou vai se encrencar muito!_ Disse tentando quebrar o clima pesado de tristeza.

Ele deu um sorriso um pouco triste e beijou a testa da garota. Caminhou até o quarto de seus pais vendo sua mãe sentada ao lado de seu pai, ele não era tão velho e queria servir por causa disso, acompanhar o filho nessa jornada, mas por causa de ferimentos graves que ele apresentava nos quadris e pernas precisava do apoio de uma bengala para andar, então o exército não o admitiria lá.

_Mãe, pai eu estou indo agora._ Falou colocando a mochila no batente da porta.

Ele abraçou seus pais como se fosse a última fez, e de fato talvez pudesse ser.

_Eu te amo meu menino!_ Falou a mãe segurando suas lágrima.

_Eu também te amo mãe!_

A senhora deu um beijo no rosto do menino ganhando também um na testa.

_Você é o meu orgulho Norman! Eu te amo filho._ Disse o pai colocando a bengala de lado.

_Eu também pai._

Depois de muita tortura de abraços e palavras de despedidas Norman seguiu seu rumo para a guerra que estava acontecendo. Seria mandado direto para a Alemanha nazista junto com outros novos recrutas, apesar de estar rodeado de garotos da mesma idade que ele e até homens mais velhos estava "sozinho" também, num país desconhecido tendo que servir seu país transformando aqueles estranhos homens de farda em sua única família e apoio, o quão difícil isso é para alguém?

Deixar oque se tem para trás e lutar com oque há na sua frente, ao lado de pessoas desconhecidas movidas por um mesmo objetivo.

Ganhar e retornar como um herói.

O quanto a guerra transformaria esse garoto? Quantas imagens de pessoas inocentes abandonando suas vidas ele veria? Quantas mortes ele presenciaria e por quantas ele seria responsável? Quantos colegas que se tornariam amigos ele veria padecer e sofrer por isso?

Realmente não se poderia adivinhar o futuro, mas Norman Ellison soube oque ele fez, o quanto fez, perdeu e sofreu. E voltou?

Sim.

Não como o garoto ingênuo que ele era, mas sim como o homem que a guerra aprimorou, a morte moldou e o sofrimento transformou.

Norman Ellison, apelidado de Machine retornou salvo para sua casa de volta para sua família. Responsável por carregar a bandeira estadunidense no enterro de seus amigos soldados que morreram lutando em sua frente, o garoto fez questão de falar o quanto eles foram responsáveis pelo aprendizado dele de como um homem pode ser mudado durante um período de trevas como aquele foi e como também homens desconhecidos, machucados, quebrados e sem esperança podem estabelecer uma relação de família e parceria apenas tendo um único objetivo em comum.

(S/N) viu como todo aquele sofrimento e trauma havia mudado seu irmão, ela sabia que não podia fazer nada a não ser aceitar que ele estava mudado para sempre, mas ela jamais deixaria de chamá-lo de Normy ou de serem aquela dupla de irmãos pois a garota sabe que ele precisa de todo o apoio possível para continuar sua vida agora que retornou para casa inteiro, salvo e são.

💀SrtaCastle💀

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