Capítulo 29

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(12 luas depois)
(Rachel)

- Tá bom... Tá vendo aquela estrela lá?

Sorrio animada e procuro a estrela da qual Felippe se refere... O céu está estrelado, a lua cheia ilumina a noite, o mar está silencioso assim como o navio, isso tem se tornado uma rotina.

- Qual delas?

Ele vai atrás de mim e aponta para o céu.

- A mais brilhante!... É a estrela do norte, se você conseguir achar ela não vai se perder nunca.

Sorrio, nesses últimos dias tenho aprendido muito, não apenas com Felippe mas com o capitão também, eu ainda trabalho muito, o senhor Carter a cada dia parece se empenhar ainda mais para se livrar de mim, mas o Capitão sempre está por perto, a cada dia ele me ensina coisas novas, aos poucos vou entendendo seu estilo de vida.

- Mas e se não tiver estrelas no céu?

Felippe dá uma risada e volta para meu lado, me oferece a sua garrafa de rum, tomo de sua mão.

- Se não tiver estrelas melhor esperar amanhecer.

Tomo um gole e olho para ele.

- Mas e se...

-Senhor Rossi!

Fico em silêncio no mesmo momento e ajeito minha postura ao ouvir a voz do capitão.

- Senhor?!

- Está dispensado por hoje...

Ele abaixa a cabeça e vira as costas para mim me deixando sozinha com o capitão.

Deixo a mão descansando sobre a espada, até agora não consegui o vencer, ele puxa a espada e a aponta para mim.

- Gosta dele?

Não entendo sua pergunta, distraída mal vejo ele atacar, bloqueio seu golpe com minha espada desleixadamente.

Tento o contra atacar mas ele prevê cada movimento meu, mas também consigo bloquear seus ataques, a cada dia fico mais tempo de pé, giro a espada levando um pedaço de sua camisa junto, sorrio por um breve segundo com a pequena vitória, sinto ele chutar minha perna e cambaleio para trás ele bate com o lado da espada na minha mão o que faz minha espada cair, antes que consiga juntar ele segura meu ombro, sinto todo meu corpo se chocar no chão, puxo minha adaga no momento que ele sobe em mim mas ele vê o movimento e prende minha mão sobre minha cabeça, sinto o cheiro de álcool.

- Nunca fique tão confiante Ratinha...
Ele encosta a espada de leve em minha garganta.

- Pode ser fatal!

Tento alcançar minha espada sem que ele veja, escuto sua risada.

- Assim não! Erga as duas pernas rápido, coloque no meu peito e me empurre para trás com força.

Sorrio de leve deixando a espada para depois é faço o que ele disse, rapidamente o empurro para trás com as pernas, levanto rápido e tento fazer com ele o que ele fez, subo em sua cintura, ele demora para reagir, consigo tirar sua espada de sua mão a jogando para longe, quando vou colocar minha adaga em seu pescoço ele sem dificuldade nenhuma inverte as posições agora prendendo meus dois braços, ele parece com um pouco de raiva agora, acho que fiz besteira.

- Você é muito arrogante garotinha.

Ele fala próximo a mim, fecho os olhos, meu corpo estremece de leve com medo.

- Desculpe Capitão!

Ele me solta e sinto seu peso sair de cima do meu corpo.

- Você é muito pequena, não é forte o bastante pra prender um homem... Precisa ser mais rápida!

Abro os olhos e vejo sua mão estendida para me ajudar, aceito um pouco exitante, guardo minha adaga e junto minha espada.

- Obrigada..

Quando me viro vejo que ele está debruçado olhando para o mar, pego a garrafa de rum deixada por Felippe e vou até ele, ofereço e ele tome de minha mão logo esvaziando a garrafa em poucos goles.

- Você tinha uma casa... Por que fugiu?

Me surpreendo com sua pergunta é sorrio de leve, já faz dias que não penso nisso.

- Que eu me lembre eu fui sequestrada.

Falo brincando com ele mas ele parece sério, claro que ele sabe que o único motivo para eu estar fora de casa a noite sem ser uma prostituta, ainda mais com piratas na cidade, era eu estar fugindo, suspiro e olho para as estrelas.

- Meu pai me vendeu... Ele me deu em casamento por um punhado de moedas...

Escuto passos e quando olho para o capitão vejo que ele simplesmente foi embora sem dizer nada. Sinto uma pequena lágrima cair, olho para a lua e em silêncio peço a ela que me ajude a sobreviver, que me ajude a aprender.

Olho em volta e estando sozinha puxo minha espada, praticando golpes no ar....

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Genteeee eu vim aqui falar do meu novo livro, na verdade é uma história antiga minha que eu estou reescrevendo de um jeito totalmente diferente, se chama Alada é de ficção científica.

"Aquele foi o dia em que mil sonhos morreram, foi o dia em que perdi tudo o que tinha, tudo que acreditava, foi o dia que eu morri... mas continuei vivendo, eu sobrevivi"

Não vou dar muitos detalhes mas peço que passem lá e dêem sua opinião 😘

Ahhhh e antes que eu esqueça...

Ahhhh e antes que eu esqueça

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Esse é o Henri

Sete MaresOù les histoires vivent. Découvrez maintenant