Capítulo 37

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(Rachel Jones)

Esfrego as mãos já vermelhas de tanto esfregar parece que elas nunca mais serão limpas, há sangue nelas, céus eu condenei aquele homem, cortei sua mão, e por quê? Fiz isso para salvar o homem que me sequestrou, ou pior... Fiz por mim... Minha vida foi mais importante para mim do que a daquele homem... Ele deve ter uma família... Filhos...
Escuto uma gaivota de longe gritar.
Continuo esfregando forte minhas mãos, engulo as lágrimas... O Capitão podia ter morrido... O que ia acontecer comigo se ele morrece? Eu ia estar condenada... Já perdi a noção de tempo que estou esfregando.
- Rachel...
Olho para trás vendo Felippe, não sei bem que reação ter, o que ele deve achar de mim agora, uma assassina... O que Noah pensaria... Meu pai... Henri..... Minha mãe....
Abro a boca para falar mas ele me corta.
- Se não estiver ocupada...
- Terra a vista!
O grito ecoa pelo convés, levanto rápido, terra... Finalmente terra... Corro até a ponta do navio, seguro em uma corda e subo na borda, posso sentir todo o vento bater contra meu corpo, é a melhor sensação do mundo, não posso impedir que um sorriso brote em meus lábios. Me viro para trás lembrando de Felippe, ele está parado com a postura de sempre e com um sorriso em seu rosto, o convés está movimentado, volto a olhar para o mar já podendo ver no horizonte nosso destino, mas então a realidade cai sobre mim novamente, lembro da última vez que estivemos em terra, nada mudou o capitão não vai me deixar descer... Eu não deveria querer descer sabendo o tipo de pessoas que vão estar lá...
Volto para onde Felippe está e fico a sua frente.
- Me perdoe... O que ia falar?
Ele sorri de leve para mim.
- Nada importante...
Ele faz uma leve reverência brincalhão e da as costas, ele é um bom amigo, não sei o que seria de mim sem ele, Felippe é a âncora que me prende a realidade, que impede que eu enlouqueça.
- Virar três graus estibordo... Ergam a bandeira!
Os homens correm para obedecer às ordens do homem qur acaba de sair de sua cabine.
Ele faz sinal para que eu vá até ele, engulo em seco e guio meus pés até onde o Capitão está.
- Você vai ficar com Jaime o tempo todo... Pegue isso...
Ele passa um pequeno saco de pano para minhas mãos, sinto o peso e o tintilhar de moedas.
- Capitão?
- Essa é sua parte do saque...
Seguro com cuidado, esse dinheiro é banhado por sangue, sangue inocente, de homens que estavam fazendo seu trabalho, o capitão me analisa por alguns segundos.
- Você agiu bem garota... Acostume-se com isso...
Faço que sim com a cabeça, guardo o dinheiro e me desculpo mentalmente por estar aceitando, eu preciso desse dinheiro...
- Se prepare para conhecer nosso principal ponto de venda de mercadorias...
Ele fica mais sério que o normal, mais distante, mais frio... Então vira as costas e volta para sua cabine...

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Gente desculpeeeeeee a demora, tô com um bloqueio criativo por favor se alguém tem alguma ideia tô aceitando sugestões...

Sete MaresWhere stories live. Discover now