Margarida

Capítulo 32-Sim ou não?

Pablo Slater

Os dias passaram com aquele clima bom entre Margarida e eu, aos poucos fomos deixando as cobranças de lado e aproveitando mais a companhia um do outro.
O clima entre meu pai e eu ainda continua o pior possível, acho que nunca iriamos nos acertar, também não procurava um meio para isso. Nunca me fez falta, não seria agora que faria. O Incêndio a floricultura ainda continuava um mistério, fomos atrás de câmeras, testemunhas mas não conseguimos nenhuma pista se quer, como se alguém tivesse comprado o silêncio de todos. Eu tinha quase certeza de que Gabriele tivesse feito, ou mandado alguém fazer, tanto o incêndio como a tentativa de atropelamento a Marg. Mas não poderia provar, não por enquanto.
Com os olhos fixos no relógio não via a hora do expediente acabar.Embora eu fosse novamente o CEO da minha nova empresa, não queria trazer as práticas que eu cometia na antiga. Queria dar exemplo, ser um bom patrão e bom profissional.
Me levantei da minha cadeira afastando os pensamentos ruins, não iria deixar isso me atrapalhar. Hoje era um dia especial.
Peguei meu paletó e o vesti, ensaiando em minha mente a mesma frase várias vezes de modos diferentes.
-Roberta, pode ir para casa. - Falei para a mulher baixinha e fofinha que era a minha secretária.

-Tudo bem, só vou terminar de organizar os papéis para amanhã e...

-Deixe tudo aí e vai descansar Dona Rô, os outros funcionários já foram- insisti e ela deu seu sorriso caloroso assentindo.
Ela gostava de trabalhar alí, sempre dedicada e zelosa. Era a primeira a chegar e a última a sair, as vezes precisava ser um pouco duro, e ela sempre sorria, dizia que era mais do que um emprego, era um passa-tempo e que se não estivesse alí teria que ficar sozinha em casa, se lastimáva dizendo que já havia criado os filhos, não deram netos e ela não tinha mais nada para fazer.
-Então vou indo, se precisar de algo não exite em me ligar meu filho.
Sorri e dei um beijo em suas bochechas coradas naturalmente. Em pouco tempo via nela uma segunda mãe, sempre preocupada e me sondando. Tinha conquistado Margarida também, que amava a dona Rô. Paparicando e sendo paparicada sempre que ia me visitar.

Me despedi e entrei no meu carro me dirigindo ao apartamento da Marg, que a essa hora já devia está pronta.
Enquanto aguardava ela descer, deixei meus pensamentos me levarem dalí, pensei na pessoa que eu fui, prepotente, ignorante achava que era dono de tudo, e em quem eu havia me tornado, na melhora que havia acontecido na minha vida. Graças a ela, na sua doçura e delicadeza. Como me fazia querer sempre ser uma pessoa melhor..

- Aonde vamos ? - Disse enquanto se jogava em meus braços, linda naquele vestido florido, leve, que nem ela.

- Comemorar esse dia especial! - Disse e dei um beijo em seus lábios rosados.

- Hoje é mesmo! três anos Pablo, como passa rápido! - Disse enquanto entrava no lado do carona no carro.

Tateei meu bolso a fim de confirmar se a caixinha de veludo estava ali, embora já estivesse feito isso várias vezes durante o dia. Seguimos rumo ao restaurante Pfistern, que a essa hora nos daria uma bela vista para a torre da capela e o lago ao seu redor.

Sentamos em mesas que ficavam na parte externa do restaurante. Ficamos  apenas apreciando a vista, o sol ainda presente naquele verão,deixando tudo mais lindo, mais romântico, único.

Pedimos nossos pratos, e quando já não estava mais aguentando aguardar, como se o tempo fosse pouco, a urgência em me expressar e em saber seu posicionamento, criei coragem.

-Marg.. - Ela que estava alheia a minha tensão, tirou os olhos da paisagem ao redor, fixou nos meus e só me aguardou continuar. - Nossa história começou não muito certa, com um Pablo arrogante, ignorante, que não seria digno da sua atenção, tão doce, tão serena. Mas agradeço também por que hoje vejo que eu precisava de você, para me fazer enchergar. Graças a você hoje sou uma pessoa melhor. Obrigado por não desistir de mim, por todos esses anos de carinho e amor.. - Nessa hora me levantei, vi seu rosto surpreso, suas emoções tão parecidas com as minhas, ali escancarada para qualquer um ver. Tateei o bolso e peguei a caixinha me ajoelhando em sua frente. - Quero tornar isso eterno, ser seu, seu amigo, amante, seu marido! Quer se casar comigo?

Meu coração batia descontroladamente em meu peito, eu sabia que era minha, que seus olhares, seu amor era meu. Mesmo assim fiquei apreensivo, com medo de que com a retrospectiva que fiz tivesse caído em sí, visto que poderia ter alguém melhor.

-Claro que quero,meu amor ! - Disse sorrindo, se atirando em meus braços com seu jeito único. Sorri também a beijando. Sentindo que essa foi a melhor decisão da minha vida. Iriamos ser felizes, Um só.
Não teria mais ameaças.
Seria o início de uma vida a dois, e eu a faria a mulher mais feliz do mundo, E nada e nem ninguém iria mudar isso.

[...]

Oooi, aí está meninas. O primeiro capítulo depois do meu retorno.
Quero dizer que estamos alguns capítulos do fim, talvez mais uns 5 Mas calma que ainda vão acontecer coisas importantíssimas para a estória. Por que depois da calmaria sempre vem a tempestade uabsuzhsh
Bom, decidi postar os capítulos segunda e quinta. E assim que possível solto um bônus nos finais de semana.
Vou fazer de tudo para serem capítulos maiores do que os que eu estava acostumada a postar aqui.
Novamente agradeço a todas as mensagens de apoio. Vocês são demais!
Nos vemos na quinta então ;*
Votem e comentem ♥️♥️

Adoro vocês!