Capítulo 07 - (Segunda Part) - Causa Ganha

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Margarida

Sério que as vezes eu penso que ele sofre de alguma doença ou algo assim. Quem em sã consciência tenta beijar outra pessoa depois de ter feito um mau extraordinário ? Um louco. Tá eu não vou dizer que eu não me surpreendi e que não amoleci com isso. Eu vou está mentindo, afinal, eu tinha uma queda por ele, lembram ? Queda não. Um deslize digno de Oscar. Mais isso não dá o direito de ele chegar e me beijar. Eu nem sabia se ele era comprometido ou não. Se ele pensa que só por causa disso eu vou desistir do processo ele está redondamente enganado. Peguei um táxi de fui para o meu apartamento, graças á uma emergência do meu queridíssimo irmão, ele me largou na mão. Já dentro do táxi dei o endereço e fui para o meu "Apertamento" carinhosamente batizado. Ainda pensava de onde o Pablo tinha tirado a idéia de que o Nathan era meu namorado. Mais quer saber ? Deixa ele pensar assim.

~*~*~~*

Em fim, a semana da audiência chegou.

Nervosismo ha parte eu estava mais do que pronta para enfrentar e defender a minha queridíssima e preciosa floricultura. Nathan, claro, me acompanhou e por uma ajuda do juíz cedeu espaço e ele pode participar da audiência.

Quando entrei dei de cara com o sr Pablo que se encontrava prepotente e com ar de superioridade de sempre, embora nós dois saibamos que ele era de muitos o primeiro de não querer está aqui. Com os dias se passando ele até tentou conversar comigo, em uns dos gritos dele "NÃO É CULPA MINHA, PORRA" fiquei tentada a ouvi-lo. Mais para não acabarmos nós dois na delegacia (eu com certeza bateria nele) resolvi esperar até hoje, E aqui estamos.

O Juiz mandou eu relatar minha defesa que foi feita pelo meu advogado, é claro.

- Bom, segundo a minha cliente, chegou uma carta para a floricultura dela com o relato de que por dividas ao governo sua floricultura seria tomada, Hora excelência, com todo o respeito, se esse fosse o caso, minha cliente deveria ser avisada com o prazo de 15 dias no minímo para quitar a divida, e não esta já ser vendida para outro.

O Pablo e seu advogado ouviam tudo atentamente e seus olhos não saiam dos meus, o que me deixava mais nervosa ainda. Finalmente o Juiz deu autorização para que seu advogado se pronuncia-se.

- Bem Excelentíssimo, não viemos aqui meu cliente e eu negar o que foi dito, e sim explicar. Pois o ato tomado não partiu do meu cliente e sim do pai dele, que já não faz parte de sua empresa. E meu cliente não sabia do acontecido. E aqui estão as provas.

Ta, e daí se não foi ele quem mandou? Eu ainda quero minha floricultura. Enfim o Juiz tomou a palavra.

-Está Posto ao Senhor Pablo Rudolf pagar 3 mil ao ato ocorrido, isso claro, fora a escritura do imóvel. E ao governo do estado 5 mil por ter vendido um imóvel que teria um dono e não o comunica-lo.

-Ou ou ou eu não quero o dinheiro dele! Quero a floricultura! Deixei claro, somente minha floricultura!

-Não vejo o porque não, Afinal você foi prejudicada- Disse meu advogado.

- Sim, mais mesmo assim acho que a decisão é minha! E não. Não quero dinheiro quero a escritura. Tem gente que depende de mim sabia ? Depende do meu trabalho.

- Tenho audiência agora senhorita! Então o Sr Pablo terá um mês pra pagar o valor.

- Não seja por isso, Tá aqui o dinheiro da senhorita.

"Eu mal pude acreditar.O Pablo tirou da carteira um cheque e o assinou e entregou para o meu advogado.Não pelo fato de retirar o cheque afinal dinheiro não falta pra ele, mas pelo fato dele ter me entregado assim facilmente, como se fosse insignificância, talvez até fosse"

" Acabado a audiência sai da sala com uma vontade enorme de me mandar para casa, mais tinha uma coisa para fazer antes."

- Pablo. Espere !

- O que foi Margarida?

- E-Eu não quero isso! Não quero seu dinheiro!

- Isso me tá parecendo um dejavuh não é? O que custava ter me ouvido quando quis conversar. É tarde.

Vocé não ouviu o juiz ?

- Ele não precisa saber, E-Eu não me sentirei bem Pablo.

- Tenho que ir Margarida. Vemo-nos por ai.

"E ai ele partiu, me deixando com cara de taxo e com a consciência pesadíssima por ter aquele cheque em mãos"

Praticamente todos os dias eu procurava pelo Pablo, ligava e nada.

Já estava me cansando disso tudo, e se não fosse pela minha conciência, já tinha desistido. Tinha chegado na floricultura e aberto a mesma, quando meu celular tocou. Quando atendi o Sr preprotente já foi falando:

_ Oi ! - disse com ar cansado

_ O-oi !

_ O que queria ?

_ Ha ! Conversar, não te encontrei mais... Vocé sabe sobre o que é! Não quero teu dinheiro Pablo !

_ Já conversamos sobre isso !

_ Por favor ... Só me escuta !

_ ( Silêncio ) Tudo bem... Te pego ás 20:00 pode ser ?

_ O-ok ! Então tá !

_Beijos Senhorita ! - Disse com sarcásmo .

Nem eu mesma acreditei no que eu fiz !

Já estava feito. Agora era só esperar o inevitável.

Me arrumei e dando a hora marcada um carro buzinou e eu sabia que o" Mr Simpático" avia chegado. Dei várias olhadas no espelho e quando ia passando pela sala dei de cara com o Nathan de braços cruzados encostado de costas para a porta, com uma cara nada amigável. Formando uma barreira.

_ Não acredito que depois de tudo vocé ainda vai sair com aquele canalha !

_Nathan ! Não começa por favor ! Afinal, porquê tanta implicancia ?

_ Por quê eu conheço a laia dele Marg, e ele não faz a linha romântica que te manda flores depois de te comer !

_ NATHAN !!! Já chega - Gritei batendo a porta da sala.

_ Depois não diz que eu não te avisei - Ele ainda gritou.

Ele sabia o que eu sofria. O segredo que só nós dois sabiamos. Então porquê me falar isso? Engoli as lágrimas e fui ao encontro do calsador e de um certo modo, heroi de todos os meus problemas.

Enquanto jantávamos eu ia percebendo um Pablo mais destraído longe da realidade.

_ Algum problema ? - Perguntei preocupada.

_ Não. Só em algumas atitudes minhas.Quero me desculpar por ter lhe beijado aquele dia.

_ Ha, é .. Não precisa se preocupar, acontece -

Fui falando meia engasgada porquê só eu sabia oque aquele beijo tinha significado. Senti minhas bochechas queimarem e no mesmo momento o Senhor Pablo lançou um sorriso de lado.

Ficamos alguns segundos em silêncio quando ele voltou a falar:

-E quanto ao dinheiro, vamos fazer assim, você fica com ele, ficamos dr bem e não tocaremos mais no assunto ok? Sem direito de resposta- Disse com o sorriso mais lindo do mundo.

E alí eu perdi mais uma vez para o Sr Lindo.

[...]

MargaridaWhere stories live. Discover now