Capítulo 13 - Reorganizando as idéias

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Margarida

Depois de muito chorar e ficar se lamentando em casa, o Nathan resolveu me mandar sair de Lucerna. Não sei se por que não aguentava vê o meu estado deplorável ou porque não estava mais aguentando minhas lamurias. Creio que seje as duas coisas. Eu não iria vim se a caso minha floricultura ficasse sozinha, Mais o Teilon disse que teria alguns dias aqui no estado antes de viajar ha trabalho, que ele cuidaria direitinho do meu santuário. Existia pessoa melhor para isso ? Claro que não.

Enfim. Agora estou em um hotel em Brienz. Um vilarejo do interior. Aqui o único telefone que pega é o fixo do hotel. O tempo parece ter parado aqui. Tudo tão natural.. Tão lindo ! As montanhas ao leste do lago Brienz como o mesmo lago circulavam o vilarejo. E todas as construções eram antigas, Dando um ar medieval.

A faixa de furtos aqui também é pequena cerca de 03% o que não chega a ser considerado. E por esse motivo a maoria das casas não são trancadas. Todos são conhecidos. Esse é um de todos os ares diferentes que existe na Suíça.

Entendi porque o Nathan me mandou para cá. Era isso que eu precisava. Paz. Mais certa vez ouvi uma coisa, que é a frase mais certa a ser dita:

"Não importa para onde a gente vai.. A dor nos acompanha. Aqui ou lá, irá doer na mesma medida."

Sim. Dói na mesma medida. Intensamente. Inacreditável é que em meio a tanta raiva que sinto dele, eu penso em Seus beijos, seu abraço. Tudo me vem a mente. Você não pode me julgar .. Quem nunca amou a pessoa errada ?!

Não o ter perto de mim é como se uma ferida estivesse aberta no meu peito. Eu pensei que ele mudaria, que aquilo só fosse uma casca. Será que eu estava enganada?

Não consigo olhar nos fundos dos seus olhos

e enchergar as coisas que me deixam no ar

... deixam no ar...

As várias fases de estações que me levam com o vento

.... Pensamento, bem de vagar ...

E outra vez eu tive que fugir.....

tive que correr ...

pra não me entregar as loucuras que me levam até você

me fazem esquecer que eu não posso chorar ....

[....]

De Janeiro à Janeiro - Nando Reis.

Pablo Slater

Se antes eu podia sair a hora que eu quisesse da empresa, agora tava um inferno.

Fui um dos últimos a sair daquela empresa. Passei pelo estacionamento e pasmem, até onde era minha vaga destinada. Era Minha, Agora era do César. Rumei para o estacionamento dos funcionários, fazendo o trageto todo pensando em toda essa desgraça, até chegar no meu carro. Entrei e baixei o Apara Sol, pois nessa horinha da tarde o sol estava baixo e mesmo sendo fraco, atrapalhava. Quando fiz isso caiu de lá uma folha dobrada em quatro pedaços, sem envelope. Franzi o cenho, não me lembrava de ter posto nada ali.

Abri o papel com as mãos trêmulas pois sentia uma garga emocional muito grande vindo dali.

22 de Setembro de 2001

Margarida Moura

Admiro-te pela tua força.

Por sua ambição.

Admiro-te por ter nascido com esse tom de superioridade ...

Admiro-te ainda mais pelo que você me faz ser quando estou com você. Ser única.

MargaridaWhere stories live. Discover now