Capítulo 15 - Cartas dadas

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"Eu era aquele que não se importava com nada "

Pablo Slater

Saí do hall do hotel e caminhei até a calçada,estanquei porque me dei conta de que eu não sabia de nada. Não sabia como o cara era, seu nome. Nada! Me chutei mentalmente, nessa hora o Nathan apareceu ao meu lado.

__ Pablo. Sabe que você ter vindo aqui não mudou nada, não é ? - Ele disse e eu soltei um sorriso.

__ Sei que errei, mais quem tem que falar isso é ela. Olha, não vim até aqui pra brincar com ela cara. Só me deixa ajudar.

__ Sério que eu não sei o seu interesse na minha irmã. Mais já viu como é, com o que ela tem que enfrentar todos os dias. Espero que não tire o resto da luz dela.

Eu não disse nada porque a verdade era que nem eu sabia o interesse que tinha nela. O tenente apareceu e o Nathan e ele começaram a conversar sobre como pegar o desgraçado. Não seria difícil pois o cara não sabia nem quem era o Nathan e nem o tenente, o mesmo estava sem os trajes policiais. O pior era que a Marg teria que ir. Só ela saberia quem ele era. Outros policiais já aviam sido avisados e estavam ha caminho. Os teria outro jeito a não ser sair por ai procurando. A vila era pequeno e só tinha o Lual aquela noite. A Margarida apareceu minutos depois e quando os seus olhos encontraram os meus ela começou q disparar..

__ O que você estava querendo fazer ? - Disse assim que ficamos frente à frente.

__ Ajudar ..

__ Isso não muda os fatos Pablo. Ainda estou magoada. Você não sabe um terço da minha dor. Você ter vindo aqui não significa que ela passou.. - Disse e eu via que estava prestes a chorar.

__ Eu não vou a canto algum. Nem que você implore. Eu não vou desistir tá legal? - Falei e passei as mãos em meu rosto.

__ Vamos? - Disse o Tenente.

__ Só um minuto. - Eu falei e caminhei até o outo lado da rua onde se encontrava o meu caro.

Abri o porta- luvas e tirei de lá minha pistola, Peguei e fui de encontro com eles arrumando as balas no barril, terminado de ajeita-las coloquei na parte de trás, nas costas. Todos estavam me olhando como se aquilo não fosse normal. Pra mim era. Mais a cara mais cômica era a da Margarida.

__ Não. Não. De jeito nenhum você vai com essa coisa. -Disse.

__ Me convença do contrário. - Disse e ela não respondeu nada.

Foram indo na frente e eu à alguns passos atrás.

As cartas tinham sido dadas. Era eu contra o destino. Ou a favor, não sei.

...E quando eu me perco em suas memórias

Vejo um espelho contando histórias

Sei que é difícil de esquecer essa dor

E quando penso no que vivemos

Fecho os olhos, me perco no tempo

Pra mim não acabou

[...]

Malta - Memórias

Quando chegamos perto do Lual, eu sabia. Essa seria a hora. Tão pouco tempo mais eu já havia decorado todos os movimentos da Marg. Quando ficava com medo, surpresa, com raiva ou alegre. Sabiamos que essa era a hora de agir.

Quando ela apontou para um cara meio gordinho. Era a minha deixa.

O tenente deu voz de prisão, Algumas pessoas ficaram assustadas, outras se afastaram. Eu me mantive distante, mais sempre com a mão na arma que estava na cintura. De repente ele tentou fuga e saiu correndo entre as ruelas do vilarejo. Por surpresa ou pelo fato de está dando atenção para a Marg, o tenente não foi mais rápido que eu. Comecei a correr atrás do infeliz, dei pontos extras as minhas diárias de exercício, logo, logo o filho da puta iria cançar. Mirei a arma e atirei, a fim de que parasse. Se acertasse eu também faria questão de vê-lo agonizando. Não ligaria.

Dobramos em uma curva que a ruela fazia e o avistei logo à frente. Já puto com aquilo e com a minha veia de fúria pulando, mirei em suas pernas e dei dois tiros. O infeliz caiu no chão. O alcancei e ele estava deitado no chão urrando de dor. Vi o sangue sair de uma de suas pernas, mirei a arma em sua cabeça e ele me encarou, dei um sorriso e quando ia dar o tiro decisivo o Nathan apareceu, não sei de onde e segurou minha mão. O tiro que se eu estivesse dado no desgraçado acabaria com sua vida, zuniu para cima de nossas cabeças. O Nathan pegou a arma da minha mão e me empurrou.

__ Já chega Pablo, ACABOU. O pegamos. - Disse mais eu não conseguia pensar em nada. Só na enorme vontade que eu tinha de acabar com a raça daquele desgraçado alí mesmo.

__ Seu filho da puta!! Vai lá, toca nela de novo e seu fim vai ser pior do que imagina. - Gritei para aquele verme.

O Tenente já estava algemando ele, levantei meus olhos e olhei para frente, mais adiante do tenente. Margarida estava lá abraçando a sí mesma e chorando. Horrorizada com tudo aquilo e vendo o motivo de seus pesadelos alí no chão, na sua frente. Deixei o Nathan com minha arma e fui para perto dela. ha Abracei e a puxei para que saísse daquele lugar. Ela não me impediu, foi de bom grado.

Agora ela poderia pelo menos dormir em paz, eu tinha status, mesmo não sendo mais o Presidente. E usaria esse critério ao meu favor. Aquele filho da puta com certeza morreria na cadeia. Se não fosse por causas naturais ou pela sentença, seria por outras mãos.

Por enquanto havia acabado.

[...]

MargaridaWhere stories live. Discover now