Capítulo 35 - U.T.I

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Margarida

__O que acha dessas ? Combinam mais ... __Entreguei para o Nathan o álbum com as fotos de flores que eu iria usar no arranjo do casamento.

__Acho que você já mudou de ideia no mínimo umas 10 vezes. __ Bufou impaciente.

__só quero decidir logo! Eu gosto das Rosas..__Peguei meu celular e sentei ao lado de Nathan.

__Gosto das amarelas, combinam com você..

__Hum...Acho que fiquei mais confusa.

Meu celular tocou e fui atender,na certa era o Pablo dizendo que já estava lá embaixo me esperando. Estranhei quando notei que quem me ligava era o Gustavo.

Atendi com um pressentimento ruim, sabendo que não era notícias boas. Ele nunca ligava, na mesma hora Pablo veio na minha mente e eu atendi trêmula.

__A-Alô?__ gaguejei, pedindo a Deus que fosse uma impressão errada.

__Margarida? Preciso que venha no Hospital Central! É urgente!__ Disse desesperado do outro lado da linha.

__Gustavo, me diz o que aconteceu ?

__O Nathan está aí ? Passa para ele...

__Está-Olhei para o meu irmão que já estava do meu lado. -Mas eu quero que me diga..-Não consegui terminar de completar a frase, o Nathan já pegando o celular da minha mão.

__Ok, estamos indo para aí

Fui dentro do carro no modo automático, pensando em várias coisas, torcendo para que o Pablo estivesse bem. Quando o Nathan finalmente me falou que ele havia levado tiros, eu entrei em choque. Fiquei sem reação, pedindo a Deus que não fosse nada grave, se a preocupação com ele não fosse maior, eu teria desmaiando.

Senti uma aflição tão grande é o caminho que durou apenas dez minutos parecia ter durado uma eternidade.

Entrei correndo no hospital e logo avistei Gustavo na recepção com o olhar abatido, o que me deixou ainda mais preocupada.

__Cadê ele ? Onde ele está?__ Eu estava desesperada, só querendo que me levassem logo para onde ele estava. Precisava ver com os meus olhos que tudo estava bem.

__Está na sala de cirurgia, Marg. Ele perdeu muito sangue. Não quiseram me dar muitas informações, mas o estado dele é grave!

__Meu Deus!__Levei a mão no rosto, e fui acolhida pelos braços de Nathan.__Quando vamos poder vê-lo? Ele estava indo lá para casa ! Como isso aconteceu ?

__Ainda não sei. Acalme-se ! Vai ficar tudo bem. __ Augusto disse. Tentei acreditar naquilo. Era o que eu mais queria, que ele ficasse bem.

As horas se arrastaram lentamente. Nem eu ou Nathan, Augusto saímos do lugar. Esperando notícias, alguém que viesse nos dar a certeza de que tudo tinha dado certo. Somente de madrugada é que o médico veio conversar conosco. Perguntou quem era da família, me dei conta de que ninguém da família de sangue do Pablo estava alí, nem a mãe, nem o pai. Não pelo fato de não saberem, pois o Nathan tinha ligado para ambos logo quando chegamos ao hospital. Disse sem vacilar que nós éramos a família dele. Por que essa era a verdade.

A notícia que ele nos deu não foi muito acolhedora. Informou que ele havia levado um tiro na perna, outro no peito e o terceiro na cabeça, esse último passou raspando. Mas o que tinha feito maior estrago era o na altura do peito. Que desviou e acertou o pulmão esquerdo.

Foram horas de cirurgia para drenar o sangue, estava respirando com ajuda de aparelhos na U.T.I. Tinha entrado em coma e embora a cirurgia teria sido um sucesso, ele ainda corria risco de morte.

Me senti fraca demais, acabada! Mas não saí do lugar. Me recusei a ir para casa, eu só sairia dali com ele.

Nathan Moura

Enquanto Pablo estava em coma, Augusto e eu tentamos correr atrás de alguma prova de quem teria feito aquilo. Buscamos testemunhas que nos informaram ter visto o Pablo conversando com um Motoqueiro e logo em seguida levar os tiros.

Já sabíamos que ele não era da cidade, e investimos em detetives para investigar o caso, além da polícia local. Augusto conseguiu alguém de confiança de dentro da corporação da empresa para tomar a frente e cuidar dos negócios enquanto ele me ajudava tanto a acompanha o processo das investigações como ficar com Margarida no hospital. Levando muitas vezes roupas para ela que se recusava a ir em casa.

O médico disse que já tinha tirado os remédios sedativos e que a qualquer hora o Pablo acordaria. Então ela não queria está longe quando isso acontecesse.

Passaram-se duas semanas do  ocorrido e naquele dia tinha ido em casa e estava voltando para o hospital quando recebi a ligação de Marg, dizendo justamente que Pablo tinha acordado. Informei que já estava a caminho e para lá segui.

Margarida

Quando recebi a notícia de que Pablo havia acordado senti um alívio tremendo dentro de mim. Foram dias massacrantes, difíceis, ainda não sabíamos como ele ficaria quando acordasse, mas o médico já havia alertado o risco de pequenas sequelas pois o caso dele foi de fato um milagre. Poucas pessoas que tiveram levado tiros em órgãos tão importantes tinham sobrevivido.

Mas só a notícia de que ele havia acordado do coma e iria ser transferido para o quarto me deu esperanças de que tudo acabaria bem.

Quando Nathan chegou ao hospital eu tinha acabado de ser liberada para entrar no quarto. Dei um abraço no meu irmão comemorando internamente, e entrei.

Quando o vi meu coração foi aquecido. Soltei o ar que até então não tinha percebido está prendendo.

__Meu amor... Como você está?__Cheguei perto cheia de vontade de lhe dar um abraço apertado mas ele ainda estava machucado. Dei um beijo leve em sua testa.

__Dói para respirar...__Tentou tirar sua máscara de oxigênio que, segundo o médico ele precisaria usar até o organismo se acostumar.

__Descanse. Iremos ter todo o tempo do mundo para conversarmos, matar a saudade. Mas agora tem que descansar, se recuperar. Passei a mão em seu rosto pálido.

__Que dia é hoje? Estou com o corpo dolorido, espero sair logo daqui para o nosso casamento...__Sorri melancolicamente, a data do nosso casamento tinha sido no sábado passado. Teríamos que adiar talvez por meses até ele se recuperar e tudo se acertar.

__Hoje é segunda, meu amor... Não se preocupe, vamos ter o resto de nossas vidas para passarmos juntos!

Depois o Nathan foi autorizado a entrar e explicamos o que tinha acontecido, pois ele não se lembrava do atentado. O médico nos explicou que era normal que após um coma induzido ou não, o paciente não se lembrasse claramente do que havia acontecido um período antes e depois do ocorrido.

Mais tarde Dona Rô apareceu. Quase todos os dias ela ficava comigo no hospital acompanhando o Pablo. Se revezava entre o trabalho na empresa e o hospital. Embora eu pedisse para ela descansar, se recusava, assim como eu.

Embora quiséssemos que o Pablo fosse para casa conosco, todos entendiam que ele ainda estava se recuperando e que precisaria ficar mais tempo no hospital. Ele relutava, queria ir para casa, falava em casamento. O que eu queria muito, mas que no momento não seria possível. Todos os dias Nathan, dona Rô e eu fazíamos companhia, intercalando horários.

Na sexta feira de tarde Augusto apareceu no hospital. Estávamos no refeitório tomando o café da tarde quando ele chegou. Todo agitado e com o semblante sério.

__Oi Augusto! Alguma novidade?__Nathan se levantou e se aproximou.

___ Encontramos

(...)

Oioioi gente! Juro que queria aparecer por aqui com o livro já completo...
Mas não aguentei, sendo assim dividi o final com dois capítulos, esse e outro que irei postar até o final de semana. Eu já estou com saudades...
Espero que tenham gostado... ♥️

Obrigada por cada comentário e estrelinha!
Aaah.. quem quiser me adicionar nas redes sociais, no meu perfil tem meu Facebook e Instagram. Espero vocês por lá. ♥️

Até Jajá... Bjusss;*

MargaridaWhere stories live. Discover now