Margarida

Capítulo 36- Margaridas

Oioi meus amores, chegamos ao tão esperado fim. Espero que apesar de tudo, tenham gostado da estória.
Margarida foi muito importante para mim. Me ensinou a perdoar e acreditar que as pessoas mudam, quando querem. A superar meus traumas e não me deixar abalar, seguir em frente, firme!
Fui vítima de abuso quando era mais nova, infelizmente o culpado ainda continua por aí, livre. Nunca comentei isso com ninguém, mas quis repassar a uma parte do livro como um desabafo, talvez por esse motivo, por ser uma coisa pessoal, não consegui elaborar muito bem. Mas eu tentei. Isso me traumatizou muito! E extravasei muitas vezes minha indignação escrevendo, saindo do mundo real. Hoje em dia eu sou feliz, tenho minha família, minha filha e consegui seguir em frente. Mas o trauma sempre continua lá, em algum lugar dentro de nós.
As pessoas que estão passando por isso ou que já passaram, não tenham medo de denunciar, façam isso por você, por favor! Tenham força!

Já estou com saudades! Obrigada por me acompanharem até aqui. Espero que gostem...

Viviane Costa.

(...)

Nathan Moura

Quando Augusto chegou dizendo que aviam achado o motoqueiro, sentimos um enorme alívio. Foram dias, semanas procurando em cada canto, cada buraco. Ainda não era o fim, mas através dele poderíamos chegar aos culpados, já que não acreditávamos na hipótese de tentativa de latrocínio, nada foi levado.

Quando tive a oportunidade, entrei no quarto onde estava o Pablo. Aparentava está melhor, embora a máscara de oxigênio ainda estivesse lá. Sentei na poltrona ao lado da cama , passando as mãos no cabelo.

___O que aconteceu? __Olhei para ele não sabendo ao certo se era hora de tocar naquele assunto, não queria trazer algum motivo para traumas.

__Acharam o cara que atirou em você. A Polícia logo mais irá vim pegar o seu depoimento, já que não pode ir até a delegacia. Mas antes eu queria...bom, saber se você se recorda de alguma coisa. __Levantei andando pelo quarto.__Mas não sei se é bom recordarmos isso agora..

__Tá brincando? Eu quero os culpados mortos! Foda-se se é o momento ou não! Eu mesmo faria questão de matar um por um...__Vi que sua respiração ficava mais pesada pelo nervosismo e fui para o lado da cama.

__Está certo Pablo, ponha a máscara novamente. Consegue falar com ela?__Balançou a cabeça em concordância. Me sentei na poltrona me curvando um pouco para frente, descansando os braços no joelho e esperei.

__Eu não consegui ver o rosto dele, estava de capacete. Só com a viseira aberta, tinha os olhos castanhos. __Parou para tomar mais fôlego, esperei. __Ele disse ... Disse que estava fazendo o que foi mandado!

Aquilo provava o que eu tinha certeza, foi premeditado por terceiros. Mas quem? O pai do Pablo? Todos sabiam que eles não se davam bem, seria burro ao ponto de se arriscar tanto?

__ Descanse. Vou resolver tudo!

__Nathan!__Chamou minha atenção__Resolveu aquilo para mim?__Sorri lembrando o que ele planejava__Relaxe! Combinei com todo mundo, as 19:00 de amanhã estarão todos aqui. __ Assentiu.

Sai do hospital e fui direto para a delegacia local, iria dar um fim naquele pesadelo todo! Por Pablo, Margarida. Por nossa família!

Enquanto dirigia lembrei do plano de Pablo. Iria fazer uma surpresa para Margarida, e eu fiquei responsável por reunir todos, o que não seria difícil, quase todos os dias iam ao hospital visitá-lo. Estacionei em frente a delegacia e entrei, já procurando o delegado.