Capítulo 22 - Ameaças e defesa inesperada

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Margarida

Fui cedo para a minha floricultura. Tinha muitos pedidos para fazer e o Teilon viajaria naquela semana. Afinal, ele só cuidou enquanto eu estava fora. Ele não trabalharia lá.

Quando eu vi a Verônica, me bateu uma coisa ruim. Não pelo seu envolvimento com o Teilon, e sim pela cena toda que eu andava fazendo. Ela era eficiente. Trabalhava bem. E de fato não queria outra para me ajudar ali.

__ Bom dia Verônica. - Disse assim que passei por sua mesinha e fui em direção ao escritório pegar a agenda de anotações.

__ Bom dia Sr° Margarida.

Voltei e depositei a minha bolsa em cima da minha mesa que ficava um pouco perto da dela.

__ Puxe a cadeira e senta aqui do meu lado. - Disse pra ela que me olhou meio relutante. Assim que sentou ao meu lado eu comecei a falar - Eu não tenho a base mais ou menos do que pedir, fiquei fora. Você pode me ajudar.

Peguei a agenda e abri nos itens que deveríamos comprar todo mês.

__ Vejamos, Embalagens para o arranjo?

__ Já pedi Senhora.

__ Fitas?

__ Já.

__ Tulipas. Rosas, brancas, vermelhas ?

__ Já.

Olhei para ela. Aquela parte sempre ficava para mim arrumar. Mais graças a Deus que ela tinha feito. Se não. ...

__ Uau. Fico feliz por ter me ajudado - Disse pra ela. - Sabe quando chega ?

__ Até o final da semana. Foi o que garantiu o Entregador.

__ Tudo bem.. E Verônica? -Disse para ela que havia se levantado. - Obrigada.

Ela fez uma reverência com a cabeça e foi fazer os trabalhos que faltavam..

O dia se arrastou em um tédio total.

Fui almoçar e depois foi a Verônica. O Nathan não deu as caras e o Teilon também não. O que eu agradeci.

Quando já estava chegando a parte da tarde. Eu estava sentada atrás da minha mesa. Conferindo as entradas e saídas do dia, quando senti um cheiro de perua e olhei para a porta.

Acreditem ou não por ela passava a Gabrivaca. Olhei espufetada para o descaramento da pessoa em dar as caras na minha floricultura.

A mejera retirou os óculos escuros e eu saí de trás da mesa indo para a frente da mesma. Cruzei meus braços e esperei.

__ O que faz aqui Perua ? - Disse e agradeci não ter nenhum cliente dentro da floricultura na hora.

__ Vim te dá um aviso. E lembre-se de me agradecer por isso. - Disse parada na minha frente.

__ Ha é ? Que aviso então ? - Disse com sarcasmo.

__ Eu sugiro que você pare de ser tão oferecida para o Pablo. Ele é meu querida, ele só ... - Parou me analisando - Bom, não sei o que ele viu em você. Mais essa merda vai acabar. De um jeito ou de outro.

__ Está me ameaçando Gabriele ?

__ Digamos que, a sua floricultura vai servir para alguma coisa.

Nessa hora a Verônica se aproximou.

__ Posso ajuda-la ? - Perguntou a Verônica.

__ Eu sugiro que não se intrometa sua... - Foi interrompida pela Verônica-.

__ Eu sugiro que você dobre a língua e respeite. Caso contrário você pode escolher. Vai sair daqui em uma maca ou no carro da polícia.

Olhei para ela e franzi a testa.

__ Acalme-se Verônica. Eu sei com que puta estou lhe dando.

__ Bom. Já dei meu aviso Margarida. -Deu um sorriso e virou as costas para sair.

__ Eu sugiro que você preste bastante atencao também Gabriele. E se contenta. Você foi trocada. Não posso fazer nada, ele escolheu a mim.

Ainda de costas vi que chingou alguma coisa e saiu da floricultura. Era só o que me faltava. Ser ameaçada.

Achei super estranho a Verônica ter se intrometido e de certo modo me defendido. E me fez ter ainda mais certeza que estava agindo feito idiota em relação ao seu envolvimento com o Teilon.

[...]

MargaridaOnde histórias criam vida. Descubra agora