Capítulo 71

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Sentamos em minha cama e eu comecei, então, a contar o ocorrido. Falei sobre a reunião, sobre tudo o que ouvi e sobre a discussão que tivemos. Peter ouvia em silêncio, visivelmente surpreso com o tanto de informação que recebia de uma só vez.

— David quer vingança? – Perguntou ele, preocupado.

— Parece que sim. Seria tão mais fácil se Tony me contasse as coisas ao invés de esconder elas de mim. Eu saberia como resolver.

— É por isso que ele não conta. Ele conhece seu jeito impulsivo e sabe que a probabilidade de você cometer alguma loucura é grande.

— Ah, qual é! Vai defender ele agora?

— Não é defender, Lena. Tony só quer proteger você, e eu também.

Olhei em seus olhos e suspirei.

— Eu só faço merda, né? – Perguntei, levantando-me. Peter levantou também e disse, vindo até mim:

— Se te consola, eu mesmo já briguei com o Sr. Stark. E embora eu realmente tenha acreditado por um instante que ele iria me matar, nós nos entendemos depois. Com você não vai ser diferente.

— Espero que você esteja certo.

— Você vai ver. – Disse Peter, passando os braços ao meu redor e envolvendo-me em um abraço apertado.

— Já não sei mais o que fazer. Fui atrás dele, mas ele nem me ouviu. – Murmurei.

— Espera ele se acalmar. Quando a raiva passar, vai ser um pouco mais fácil.

— Você me ensinando a lidar com meu pai... Que cômico.

— Convivo com ele há dois anos. Já tenho certa experiência.

Dei um sorrisinho triste, ainda tensa.

— Não fica pensando nisso. – Disse ele, segurando meu queixo e olhando em meus olhos.

— Meio difícil.

— Podemos conversar sobre algo aleatório, se quiser. Só tenta se distrair com alguma coisa.

Migrei meu olhar de seus olhos para seus pequenos lábios rosados. O desejo de beijá-lo despertou. Peter pareceu entender, pois aproximou-se lentamente e encostou seus lábios nos meus, roçando-os suavemente.

Um beijo calmo, sereno. A mão que antes segurava meu queixo, agora deslizava até minha nuca, trazendo um pouco mais de intensidade. Apoiei minha mão sobre seu peito, sentindo seu abdômen definido.

Seus lábios arrastaram-se de minha boca para meu pescoço, arrepiando-me. As mordidinhas me faziam arfar, e pude sentir uma risada abafada de Peter em meu pescoço. O garoto voltou a beijar-me os lábios, desta vez, intenso. Passou os braços ao redor de minha cintura e pressionou-me contra si, provocando-me. Respondi à provocação mordendo levemente seu lábio inferior.

Os beijos prosseguiam intensos quando senti Peter, ousado, deslizar as mãos de minha cintura até meu quadril. Fiquei um pouco tensa, confesso, mas o desejo era infinitamente maior.

Dei um passo para trás, trazendo-o comigo ainda aos beijos. Mais alguns passos, e pude sentir a cama atrás de mim. Instintivamente me sentei. Peter separou os lábios dos meus e apertou o símbolo de aranha em seu uniforme, abrindo-o. No mesmo instante, o garoto retirou a peça única, estando agora usando somente uma cueca boxer preta.

Olhei em seus olhos, surpresa com a atitude de Peter, mas meu olhar logo desviou-se para baixo. As pernas de Peter eram torneadas e era impossível não voltar o olhar para o... volume que apresentava.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Peter veio sedento e deitou-me na cama, ficando por cima de mim e cobrindo meu pescoço de beijos. Senti suas mãos subindo minha camiseta e parei por um instante, tensa. Peter percebeu. O garoto parou o que estava fazendo e disse:

— Eu não quero te forçar a nada. Se não quiser, eu paro.

Olhei para ele sem muita certeza do que estava fazendo. Por fim, suspirei e peguei suas mãos, colocando-as de volta sobre a barra de minha blusa, instigando-o a tirá-la. Eu confiava em Peter. Ao perceber minha decisão, ele sorriu.

Peter tirou minha camiseta delicadamente e analisou-me por um instante. Eu estava me sentindo muito constrangida, nunca havia me exposto assim para alguém. Mas logo percebi que ele não olhava para mim como um animal vendo um pedaço de carne, e sim com certa ternura, algo a mais que o simples desejo.

Após alguns segundos, o garoto sorriu suavemente e tornou a beijar-me. Suas mãos passeavam habilmente por meu corpo, porém com cuidado para não ser invasivo. O garoto passou o dedo por minha barriga até chegar ao botão de minha calça. Ele desabotoou a peça e olhou para mim, como que pedindo permissão para retirá-la. Sentindo o coração bater forte, assenti levemente com a cabeça.

Peter retirou a peça com cuidado e olhou para mim, a boca levemente entreaberta. Senti meu rosto queimar de vergonha e desviei o olhar.

— Você é linda. – Disse ele, acariciando levemente meu rosto. Olhei em seus olhos e sorri, enrubescida.

Ele tornou a beijar-me, e passei meus braços ao redor de seu corpo, pressionando-o contra mim. Meu coração estava acelerado. Sentir a pele quente de Peter na minha fazia-me desejar por mais.

Separei minhas pernas e Peter encaixou-se no meio delas. O garoto pressionou seu corpo contra o meu com mais força, e sentir seu volume pressionar minha intimidade, ainda que por baixo dos tecidos de nossas roupas, fez-me soltar um gemido baixo em sua boca.

Estava ainda com Peter sobre mim, ambos seminus e aos beijos, quando a porta se abriu e ouvi Tony dizer:

— Helena, desce. Vamos para a sala conv...

Ele parou, estagnado e com os olhos arregalados. Peter saiu de cima de mim, desajeitado, enquanto ambos tentávamos nos cobrir com o lençol, sem obter sucesso.

I (don't) Need a Hero!Where stories live. Discover now