I (don't) Need a Hero!

Capítulo 76

Assistimos ao filme juntos, e foi uma experiência bastante agradável, embora o filme tenha sido realmente pesado. Em determinado momento, senti Tony pular do sofá.

— Assustou? – Perguntei, rindo.

— Tô com soluço.

— Aham, é claro.

— Calada. – Disse ele, acertando uma almofada em meu rosto.

Rimos e continuamos assistindo até o filme chegar ao fim. Ao começarem os créditos, desliguei a televisão e virei-me para ele, perguntando:

— E então? Foi tão bom quanto os da sua época?

— Foi bom, mas um clássico sempre vai ser um clássico.

— Tá certo hahaha.

Olhei em volta e então percebi. Pepper não estava.

— Cadê a Pepper? – Perguntei.

— Foi em uma reunião. Deve voltar à tarde.

— Entendi. Então pelo jeito seremos só eu e você hoje.

— É isso aí.

— Que horas são? Tô com fome.

— Meio dia e meia. Vamos almoçar? O que quer comer?

— Eu escolhi o filme, então agora você escolhe o que comer. É justo.

— Ok, vou pegar a chave do carro.

— Achei que fosse mandar o Happy buscar.

— Dei uma folga pra ele hoje.

Tony parecia realmente disposto a passar um dia de pai e filha somente. Sorri.

Fomos até o carro e Tony nos levou até um restaurante fast food, como já era de se esperar. Quando chegamos, vimos que a entrada do drive thru estava fechada, e teríamos que entrar no estabelecimento.

— O que vai querer? – Perguntou ele.

— Cheesebacon sem picles.

— Ok, vou pedir nossos lanches. Espera no carro.

Assenti com a cabeça. Fiquei mexendo em meu celular enquanto Tony buscava nosso almoço. Estava vendo fotos no Instagram, quando Sofia me mandou uma mensagem perguntando o que eu iria fazer hoje e dizendo que ela e Charlie queriam ir no shopping. Embora eu quisesse sair com eles, sabia que eu raramente teria outro momento como esse com Tony, e que poderia sair com meus amigos em um outro dia. Expliquei que não poderia ir com eles e me desculpei, dizendo que iria no próximo.

Tony não tardou a voltar com os lanches. Peguei meu saquinho e abri, procurando pelas batatas.

— Já sabe, né? Se derrubar no carro eu vendo suas coisas pra comprar um estofado novo. E nada de mãozinhas engorduradas tocando nas coisas. – Disse Tony, abocanhando seu lanche.

— Sim senhor, sargento.

Após terminarmos de comer, sugeri que fôssemos até a sorveteria. Tony aceitou de bom grado e fui guiando-o até minha sorveteria preferida.

— Oi, Helena! O que vai querer hoje? – Perguntou a atendente, que já me conhecia por ser cliente fiel.

— Oi, Beth! O de sempre pra mim. O que vai querer? – Perguntei para Tony.

— Duas bolas de chocolate com bastante calda.

Beth paralisou ao ver quem era o ilustríssimo ao meu lado. Olhou para ele, para mim e tentou falar, mas engasgou.

— Longa história, Beth. – Respondi.

A moça montou nossos sorvetes e nos entregou, ainda muito supresa. Tony pagou e ela agradeceu, olhando para ele como quem viu um fantasma.

Sentamos em uma mesa e eu perguntei para Tony, rindo:

— É sempre assim?

— É. Ninguém resiste. Já estou acostumado.

— Ah, por favor! Hahaha!

Conversamos sobre diversos assuntos enquanto tomávamos nossos sorvetes, e por incrível que pareça, Tony era um cara muito legal de conversar. Falamos sobre política, armas, professores babacas e até zoamos um pouquinho o Happy. Coitado.

Em determinado momento, peguei meu celular e liguei a câmera para registrar aquele momento.

— O que tá fazendo? – Perguntou Tony.

— Tirando uma foto nossa. Vem cá.

Tony se aproximou para aparecer na foto. Começou com um sorriso reservado, até que eu comecei a fazer caretas e ele me acompanhou. As fotos ficaram hilárias, e quando vi, estávamos rindo de nós mesmos.

Quando chegarmos em casa, Pepper ainda já havia voltado. Estava sentada no sofá lendo um livro.

— Olha só! Voltaram a se falar? – Perguntou ela, sorrindo ao nos ver juntos.

— Eu disse que se ela continuasse rebelde, venderia o celular dela. – Brincou Tony. Revirei os olhos, rindo.

Sentamos todos e perguntei para Tony algo que estava me deixando ansiosa desde a manhã:

— Tony… Quando vai conversar com o Peter?

— A respeito…?

— Você sabe… Sobre a gente namorar.

— Pelo jeito eu perdi muita coisa! Desde quando segue meus conselhos? – Indagou Pepper, fitando Tony com um sorriso surpreso.

— Se não pode vencê-los, junte-se a eles. E sobre quando, Helena… Daqui uns três meses.

Ergui as sobrancelhas quase que instantaneamente. Ele sorriu e disse:

— Brincadeira.

— Por que não chama o Peter pra jantar aqui, Helena? Aí vocês já aproveitam e resolvem isso. – Sugeriu Pepper.

— Posso? – Perguntei, olhando para Tony.

— Tenho uma ideia melhor. – Disse Tony, com um sorriso sarcástico. Ele com certeza iria sacanear o garoto.

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Cerejinhas, peço desculpas pelo capítulo curto... Está bem difícil conseguir tempo pra escrever, mas estou me esforçando pra não deixar vocês na mão!! ❤️