"STALKER"

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Povo, bonito! Preparem a insulina que o docinho chegou! rsrsrs

Brincadeiras à parte, venho avisar que este capítulo trará o POV Clarke e o desenrolar um pouco da história.

Agradeço por acompanharem e por comentarem também.

Desejo-vos uma excelente leitura

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CLARKE'S POV:

Eu já estava dormindo quando o meu telefone vibrou embaixo do meu travesseiro. Era a terceira ligação de um número desconhecido. Lexa! Foi o primeiro pensamento que me ocorreu e eu atendi desesperada.

Octávia falava rapidamente sem vírgulas ou pausas algo como Lexa machucada ou desmaiada no banheiro e depois disso eu pulei da cama, coloquei minha jaqueta, um tênis qualquer e peguei um táxi em direção ao apartamento dela, torcendo para que nada de ruim tivesse acontecido ao amor da minha vida.

Logo cheguei ao andar e fui recebida por uma Octávia chorosa. Ela havia me dito que, quando chegou, viu Lexa jogada dentro do box e sem perder tempo joguei minha jaqueta no chão e peguei Lexa no meu colo. Com ajuda de Octávia, secamos o corpo dela e colocamos uma roupa de dormir leve. Havia uma marca forte em seus braços e pequenas marcas de unhas em seu rosto, mas eu fingi que não havia visto nada. Aquela não era a melhor hora para ficar supondo as coisas. Certamente ela me contaria tudo quando acordasse.

Acomodei meu corpo ao lado do dela e a abracei encaixando suas costas em minha barriga numa conchinha. Ainda dormindo, ela tinha alguns espasmos e resmungava como se estivesse chorando. Era nessas horas que eu a apertava ainda mais contra mim e cochichava em seu ouvido o quanto eu a amava e o quanto ela era importante para mim. Logo ela se acalmou e o seu semblante era sereno. De repente ela se virou, e, ainda dormindo, me abraçou enterrando seu nariz no meu pescoço. Continuei ali acordada mexendo em seus cabelos sedosos e perdida em meus pensamentos, imaginando quem teria agredido uma mulher tão doce e meiga como ela...minha amável Alexandra. Fiquei com receio de ter acordado ela quando minhas lágrimas caíram sobre seus cabelos, mas ela nem se mexeu. Reposicionei-me na cama, encostando-me à cabeceira. Fiquei ali por longos minutos deixando meus dedos viajarem pelo seu couro cabeludo suavemente.

Ela acordou num rompante e se afastou nitidamente assustada até olhar para mim. Seus olhos carregados de medo, angústia e dor despertaram em mim um sentimento de proteção por ela.

Depois de sentir seus beijos deliciosos, cedendo aos seus desejos, fizemos amor como eu nunca havia feito com ninguém, nem mesmo com ela e meu coração se apertava com a nítida sensação de que aquilo ali era uma despedida. E eu estava redondamente certa, infelizmente.

E assim como acontecemos, deixamos de existir. E tudo foi tão rápido como um meteoro decadente, que se esquenta e pega fogo antes de resfriar-se solitário em meio ao nada do universo escuro e infinito. Quando dei as costas para Lexa naquele quarto eu estava assinando minha derrota. Eu nunca mais a teria em meus braços novamente.

Acabou, Clarke.

Você perdeu outra vez.

Era assim que eu me sentia. Uma perdedora! Uma fracassada! Alguém que não nasceu para amar, e muito menos ser amada.

Octávia havia me acompanhado em silêncio até a porta. Ela me olhava com pena, mas eu não queria pena de ninguém. Tratei logo de engolir o choro e seguir ao elevador sem olhar para trás uma única vez.

Passei direto pela portaria e dispensei o taxista que a menina Blake havia solicitado. Ela era um boa pessoa... mas Lexa também era. Maldita. Estapeei-me de raiva por pensar nela.

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