VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA

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Caros, leitores

Este capítulo foi um dos que mais me deram trabalho, por isso peço desculpas se não ficou tão bom. Eu tive que ler e reler ele diversas e diversas vezes. Confesso que não foi fácil escrevê-lo, mas está aí e espero que apreciem o resultado.

Veremos algumas questões esclarecidas, outras nem tanto, por isso peço que se ficar alguma ponta solta que me avisem para que possa abordar mais adiante.

Eu havia prometido uma interação Clexa, mas acabou ficando para o próximo. Sorry.

Agora chega de "embromation" e bora ler.

obs.:Para quem lê no PC vale a pena colocar a música para tocar junto como fundo. Fica bem emocionante. Para quem não quiser, respeito. Às vezes eu não faço o que os escritores mandam kkkk

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A caixa estava ali, inerte, diferentemente de seu coração que batia num descompasso desconhecido. Voltou-se para pegar outra vez o taco de baseball, embora inútil contra qualquer coisa que pudesse ainda estar por ali. Ela sentia que sim. Suas mãos suavam e tremiam, assim como seus pés ainda descalços. Deu um passo adiante em direção à cama. A caixa e um aviso: "você não está sozinha". Seu corpo tremeu pelo súbito arrepio que percorreu sua espinha. Um clarão invadiu a escuridão e um estrondo forte anunciou a tempestade que se apoderava daquela noite. O relógio marcava um pouco mais que 23 horas... teria eternos minutos de agonia até amanhecer novamente.

Várias suposições rondaram sua cabeça. Um assalto? Um sequestro? Uma vingança? Mas como explicar a falta de sinais de arrombamento contra o patrimônio? Não. Não fazia sentido algum ter alguém ali. Ela conferiu tudo...

Mas e se a pessoa já estivesse ali? E se fosse alguém que Aretha conhecesse e deixasse entrar para esperar por ela? Mas quem? Teria a governanta avisado. Seria Abby? Seria Jasper numa brincadeira de mal gosto?

Correu até a porta do quarto e trancou com a chave até que tivesse a confirmação de suas suspeitas. A adrenalina que gritava por todo seu corpo fazia tudo em si pulsar. Respirou fundo diversas vezes tentando controlar seus batimentos cardíacos. Com o celular em mãos ligou para Abby... uma, duas, três chamadas e o recado na caixa postal. Encostada à porta deixou seu corpo escorregar e largou o taco ao seu lado. Discou o número de Jasper, seu amigo.

- Se for uma maldita brincadeira de mal gosto, eu espero que saiba correr, porque quando eu pegar você...

>> Alô? Pare amor... espera um minuto. Alô Clarke?

A voz de Jasper a fez engolir um bolo amargo de desespero. Não era ele. Ela saberia se fosse e pelo pouco que ouviu do outro lado da linha ele não estava sozinho, assim como ela também não estava.

>> Clarke? Está me ouvindo? Maia, só um minuto amor...

Seus dedos apertaram a tecla que finalizava a chamada. Engoliu seco quando em alguns segundos depois de outro trovão rasgar o céu ouviu passos. Merda! Estava torcendo para estar tão errada, tão fodidamente errada... o medo corria por suas veias. Estava apavorada. O celular brilhou em sua mão. Era uma mensagem de Abby.

"Querida, desculpa não atendê-la. Estou entrando em uma cirurgia agora, sim? Ligo para você depois."

Tremeu e temeu por sua vida. Manteve os olhos fechados e os ouvidos bem abertos. Estava alerta a todo e qualquer barulho que pudesse captar perigo. Mas nada além da chuva que começou a cair. O som dos grossos e gélidos pingos d'água atrapalhavam sua percepção de qualquer barulho que pudesse ouvir de dentro de casa. Juntou o taco do chão e pegou a caixa da cama, levando o celular consigo para dentro do banheiro da suíte. Ali talvez estivesse um pouco mais segura.

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