START: A primeira jogada

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Boa noite, queridos leitores.

Em primeira instância, quero pedir desculpas por demorar tanto nas postagens e quase matar metade de vocês só na ansiedade pelo próximo capítulo.

Em minha defesa, gostaria de dizer que estava inserida em outras leituras para aprofundamento da linguagem escrita e trazer-lhes um conteúdo mais intelectual e proveitoso.

De certa forma, espero recompensá-los com capítulos mais dinâmicos e intensos.

Aproveitem a leitura.

Nos vemos novamente.

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Inquietação: estado de preocupação; desassossego que impede o repouso, a paz, a tranquilidade; nervosismo.

Seus pés balançavam e batiam num ritmo constante e frenético como um tique nervoso; os fones de ouvido ligados no máximo volume tocavam uma música que sequer havia entrado por seus ouvidos. Ela estava distante demais para isso. Sua concentração não conseguia ir além da lente de seus óculos de grau e a sua frente havia ainda duas páginas inteiras de fórmulas, matrizes e progressões aritméticas.

Sua respiração acelerada, mantinha uma disputa ferrenha com seu ritmo cardíaco em uma disputa pelo tempo que ela estava perdendo. Mas não havia mais o que perder: seu tempo acabara.

- Marshall? Ouviu a voz do professor a sua frente estendendo a mão.

Ela estava tão desligada que não percebeu o mestre parado a sua frente. O pensamento distante demais para tal ato. Seus fones foram arrancados num só puxão.

- hey! Ela reclamou ao sentir tamanha invasão.

- Senhorita Marshall, seu simulado está em branco. O que está havendo?

- Desculpe Professor, eu não estou muito legal. Não consegui me concentrar!

- Devo lembrá-la sobre os testes na próxima semana?

- Estou ciente, professor. Agradeço a preocupação.

- Sei que você tem ótimas referências da Universidade de Pólis, mas devo alertá-la sobre sua condição de bolsista e a GTI é severa quanto às notas de seus bolsista.

- Eu entendo. Novamente agradeço a preocupação, mas se o senhor não se importar, estou de saída.

Clarke levantou-se colocando os fones outra vez em seus ouvidos e com um sorriso sem graça acenou com a cabeça o professor preocupado com seu rendimento. Mas ela sinceramente estava preocupada com outras coisas. Coisas estas que estavam tirando-lhe o sono, o sossego, a paz. E quanto mais o tempo passava, pior ficava sua inquietação.

Uma verdadeira agonia.

Durante o dia distraia-se com o trabalho numa jornada de 8 horas de pura dedicação e afinco, mas era no cair da noite que as coisas pioravam. Não era raro Clarke acordar no meio da madrugada após ter seguidos pesadelos estranhos e totalmente desconexos, o que a deixava perturbada, ansiosa por sua incapacidade de resolver este conflito. Na primeira semana, ela conversava com Lexa pelo facetime até pegar no sono, às vezes saia com sua moto até amanhecer num lugar longe de casa, outras vezes apenas ficava dando asas à sua imaginação e este ponto era o mais perigoso. Mas agora era algo além do físico. Pressionava a si própria em busca de uma alternativa; uma solução. Precisava urgentemente resolver logo o seu problema.

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