Alto preço - Clexa

GOLPE BAIXO

Yaeh povo!

Bora para mais um drama??

É, amo drama, gente... não posso negar.

Mas é necessário esse vai e volta, pois a relação delas nunca foi lá um mar de rosas... é o preço que se paga..fazer o que?!

Nos encontramos lá em baixo.

obs.: para quem gosta de ler com música, sugiro "sorry - Halsey"

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A garrafa de whisky vazia

O porta-retratos quebrado

Cabelos bagunçados

Olhos vermelhos

Uma caixinha de veludo

Um par de alianças

Um pedido não feito

E um buraco enorme em seu peito.

A noite chegou fria e solitária num lugar que era para ser mágico e cheio de vida... mas agora, apenas decepção e mágoa. Não acreditava que depois de passar semanas maravilhosas ao lado da mulher que amava, pudesse terminar o dia daquele jeito: solitária em seu mundo particular de caos e dor.

Não foi abandonada. Não desta vez.

Ela mandou Lexa embora para nunca mais voltar.

As lágrimas caíam piedosamente sobre a foto outrora quebrada: o sorriso largo, sincero, cheio de vida e olhos tão verdes, refletiam a luz do sol ao nascer soberano e imponente como ela. Linda como sempre. Do outro lado, a foto da ultrassom com o dizer: "mummy's boys".

Meus meninos!

Sorriu tristemente deixando as pontas dos dedos sobre o vidro quebrado, tentando entender o caminho de suas lágrimas. E era assim que sentia seu coração: estilhaçado em milhares de cacos. Mas ao mesmo tempo em que sentia a dor de amor, sentia a raiva da traição, outra vez.

Por isso, num impulso levantou-se da cadeira e jogou contra a parede o que restara da foto daquela que era para ser sua família, despejando sua raiva, sua dor, sua ira e o último resquício de esperança.

Desolada, caminhou pelos corredores escuros entre os escritórios já silenciados, descartando na primeira lixeira a caixinha das alianças que jamais trocaria com Lexa.

Acabou.

Aquele definitivamente era o fim.

[...]

15 horas antes...

As semanas haviam se passado depressa e todos os dias sua rotina era deliciosamente repetida: depois de uma noite intensa de sexo, Clarke saía para trabalhar, enquanto ela fazia questão de ficava em casa ajudando Aretha e cuidando das coisas de Clarke, planejando o restante do dia quando a loira chegasse, tomavam banhos juntas, assistiam um filme qualquer só para ter o prazer da presença uma da outra agarradinhas ao sofá, saíam para jantares juntas, passeavam de mãos dadas, transavam e faziam amor todas as vezes que sentiam vontade... e vontade nunca lhes faltava. E assim, como todas as demais manhãs, acordava enroscada no emaranhado de lençóis, enquanto sua mente viajava tranquila nas lembranças de todos aqueles momentos que havia passado com o amor de sua vida. Já estava tão acostumada, que a ausência do corpo de sua amada grudado ao seu ou até mesmo dentro de si, causava-lhe arrepios. Lembranças dos beijos, dos sussurros, do sexo quente praticado durante toda a noite anterior... estava tudo perfeito e nem um dia chuvoso e frio tirava-lhe o calor que aquecia seu coração. Amava Clarke como nunca havia amado alguém em toda sua vida e se entregara de corpo e alma nessa relação. Uma felicidade lhe invadia ao perceber que o sentimento da loira por ela era o mesmo. Não tinha o porquê duvidar.