— Eu juro que se você afastar de mim ou sair correndo, eu vou te dar um chute que toda a França vai escutar — Louis disse ao final do beijo. Harry e seus lábios vermelhos, pela pressão do beijo, sorriram.
— Hm, eu não pensei em nada disso — Ele confessou — Eu pensei que gostaria de mais um beijo.
Louis envolveu seus braços no pescoço de Harry.
— Todos que você quiser — Ele sorriu e o beijou novamente.
O maître parou na varanda, juntamente com outros clientes que esperavam. Sorrindo, ele se virou para os outros.
— E há quem diz que não existe amor em Paris. Reservas?
A noite se passou com um jantar romântico, ao som de um violino. Depois disso, andaram lentamente pelas ruas lotadas, sentindo o amor que ali, emanavam de ambos. O coração de Harry estava entregue, de várias maneiras. Louis e seu sorriso, permitiram Harry amar novamente, depois de perder Grace. Ela deveria estar feliz no céu, por ele.
Pararam de frente ao Le Trous. O lugar ainda fechado, mas belo e histórico.
— Sabe, eu poderia imaginar nossos avôs, ali — Harry suspirou — Mas o amor deles não os salvou.
— Salvou — Louis suspirou — Mas não da forma certa.
O relógio da praça soou meia-noite.
— Devemos voltar para o hotel — Harry estendeu os braços para Louis — Vamos?
Em um abraço tímido, eles voltaram andando, sem se importar com nada e ninguém. Pessoas olhavam e sorriam, deixando cumprimentos gentis sobre eles. Ao chegar no hotel, a cama de Louis ficou vazia por aquela noite.
Usando apenas uma calça pijama, Louis enroscou suas mãos no cabelo de Harry e se beijaram, até a boca de ambos ficarem dormentes. Uma da manhã batia, mas nenhum deles queria parar aquele contato de amor. A língua de Harry traçava uma linha molhada entre a boca e o queixo de Louis, enquanto sentia o sabor dele. Louis só poderia gemer e pedir cada vez por mais, enquanto despia Harry de sua camisa branca, que usava. Pele com pele, amor com paixão. E pela noite, não fizeram mais nenhum outro contato, a não ser os beijos apaixonados entre dois amantes da chona noturna, onde puderam derramar tudo o que sentiam, um pelo outro.
— Sabe, eu adoro meu jardim — Genevieve estava sentada na cadeira, cortando os ramos da roseira dela. Claire e Harry estavam de joelhos, tirando as ervas-daninhas das plantas na horta — Quando Claire era menor, eu soltava ela na terra, para se lambuzar na lama enquanto Ferdinand e eu plantávamos as coisas do restaurante dele.
— O restaurante dele servia o quê?
— Vários tipos de comida — Ela cortou uma rosa e entregou para Louis — A especialidade dele era comida alemã. Depois que ele morreu, vendi o restaurante para um sobrinho-neto dele. Ele fica perto da Torre Eiffel.
Louis enfiou a rosa no bolso.
— Você foi feliz no casamento, Gene?
— Muito — Ela sorriu — Ferdinand era estéril. Não podia ter filhos, mas adotou Claire como dele. Me fazia rir todas as manhãs, acordava-me com café quente e bem feito, e sempre se lembrava das datas. Ele me chamava de Liebe zum leben, que traduzido, é amor de vida.
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Alabama Song ➳ Larry version
FanfictionNa década de 50, na idade do ouro no cinema e Elvis reinava na terra da música, o jazz ainda tocava nas ruas de Paris, Frederick Styles tomava conhaque no Le Trous, e Keith Tomlinson era um aspirante à escritor que amava a vida. O caminho dos dois f...