Capítulo 17

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 "É, talvez podemos marcar um jantar, eu pago".
H

  Mando a mensagem como resposta para Claire e entro no restaurante onde marquei uma reunião com o design especialista nos meus desenhos. Combinamos de ver cores, pedras e tonalidades para as joias, o dia seria longo, pois, depois daqui teria mais uma reunião e ainda hoje iria para França e voltaria o mais cedo possível para casa.
  — Acho que a cor verde, combinaria com o tom azul que aparece no final. Essa joia é muito bonita Harry, quem a fez? — me entrega o desenho e vejo as cores que pôs para escolha da joia de Anna.
  — Anna a fez — sorri para ele.
  — Com o tema que escolheu, as cores mais claras remete paz, azul, branco, bege, cores que remete luz será bom. Farão uma ótima combinação com as roupas — concordo e separamos os desenhos. Meu celular vibra e o seguro para ver a foto da morena no ecrã.

"Marque o local então, estarei esperando ansiosamente". C

  Saio do restaurante depois da maravilhosa conversa com Ernest, entro no carro e dou partida nas ruas de Nova York, falo com Suzana para saber como a empresa está sem mim, e em seguida recebo mensagens de Helena. Paro o carro em frente ao prédio e o olho vendo que estou adiantado dez minutos.
  — Então fale para os Samanos que não poderemos corresponder ao convite, estou em viagem e só voltarei daqui três dias, tenho cinco reuniões ainda.
  — Sim, sei senhor Vitsky, eu que as organizei! Mas o convite é importante para a empresa — respiro fundo e passo a mão no meu rosto. Acho que nunca mais deixo convites acumulados.
  — Tudo bem! Aonde irá acontecer esse desfile? E quando? — olho o relógio do notebook no meu colo e tento entrar no e-mail de Helena.
  — Depois da sua reunião com o Parker às dez da noite, na Itália.
  — Ok, eu tento — desligo a ligação e respondo aos e-mails que me mandam. Vejo que há um de Mike, sorri com isso e o abri.

"Querido Harry!

  Em dias estarei contigo aí em Londres, faz tempo que não dou as caras por aí, soube que Cristal está na sua casa, que bom que a levou, aquele namorado da sua mãe é muito estranho. Irei apenas eu para passamos momentos juntos, me aguarde. Passe bem.
Carinhosamente, Mike".

  Fico feliz em saber que Mike vira passar um tempo comigo, ter um homem de idade ao meu lado me recorda bons conselhos a serem tomados. Guardo o computador na maleta a deixando no banco de trás, saio do carro entregando as chaves para o motorista guardar meu carro no estacionamento e entro para o edifício cheio de vidros.
  — Senhor Vitsky, me acompanhe, por favor — o salto da loira na minha frente incomoda, sinto minhas mãos soarem e é como se nunca estivesse feito essa mesma reunião há muito tempo. Na verdade, estou ansioso para saber se concordariam em doar boa parte do que ganharemos para os hospitais, aliás, todo esse desfile foi pensado nas crianças.

"Poderíamos marcar para quando chegar, estou em viagem para a França. Vemo-nos". H

  Guardo o celular cumprimentando todos da sala antes de me sentar em uma das cadeiras e abrir as pastas para ver os planos que estão propondo, a venda das joias fará bons fins lucrativos, dado que cada peça de roupa de cada marca que colaborou vale de sete a dez mil, e cada joia dependendo das pedras de dez a doze.
  — Como estávamos dizendo antes do senhor chegar — observo o rapaz de terno a minha frente começar — cada peça de roupa e cada joia da sua e da minha empresa tem um valor alto, boa parte de nós concordamos, que dá para dividir entre nós e os hospitais para quais mandaremos como ajuda. Os outros quinze por cento como devemos saber não concordaram. Mas somos em maioria e eles em minoria.
  — Esses desfiles serão estimados em pouco mais de um milhão o que querem mais? Ainda contando com as vendas — todos ficam quietos — se mandamos para os hospitais não farão tanta diferença para vocês, como para eles. Teremos muitos outros desfiles para organizar.

  No final do dia depois de todas as reuniões dos quatro desfiles organizados e das festas e pós-festa volto para casa, meus olhos pesam e meu corpo pede apenas a minha cama. Quando chego a casa sento sobre o sofá e deixo meus sapatos sobre o carpete, descanso meu corpo sobre a substância macia e as almofadas respirando fundo.
  — Senhor Vitsky — a porta é aberta e desaperto minha gravata. — Seu voo foi agendado para as nove — olho meu relógio de pulso para ver que tenho três horas de descanso.
  — Obrigado Thomas — seguro nos meus calçados subindo para meu quarto. Depois de um banho bem tomado entrei nos e-mails novamente para ver as mensagens antes de dormir um pouco.

"Harry tenho notícias ruins e boas, como você está?". H.G

  Tomo um pouco o uísque do meu copo e abro a outra mensagem.

"Tio Mike virá, estou alegre. Como está se sentindo? Visitei Anna hoje e ela reagiu novamente. Está perto de acordar maninho. Mamãe conversou comigo e bom. Quero que volte logo.
Com amor Cris".

"Coincidência Vitsky. Também estou pela França". C

  Coloco o notebook de lado e vou para os corredores de casa, desço as escadas fechando as portas e indo à cozinha para fazer algo pra comer, preparo apenas uns cereais vendo que já são às sete. Levo a tigela comigo enquanto apago todas as luzes e entro no quarto apenas iluminado pela luz do notebook. Sento-me a cama e seguro o computador sobre minhas coxas, passo primeiro uma resposta a Cris.

"Acabei todos os trabalhos em Nova York, os dias têm sido corridos, hoje mesmo partirei para a França e provavelmente antes de voltar, passarei pela Itália, chego em dias. Com amor, Harry".

Abrindo a mensagem de Helena, suspiro.

"Anna teve uma pequena convulsão e a melhor notícia é que ela abriu os olhos, por dois segundos. Mas abriu, não estava consciente, porém, mesmo dando sinais ainda não acordou, temos esperanças".

  A notícia me deixou animado, Anna está a acordar e de qualquer forma a ideia de poder a abraçar e beijar era uma das melhores que tive durante os seis meses que dorme sem dar nenhuma notícia.

De volta a vida -  Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora