Capítulo 46

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   — Nunca acreditei realmente nos mortos vivos, mas — Shawn caminha até a menina que lhe dá um abraço forte — abro uma exceção. 
   — Olha se não são as nossas damas e mulheres da máfia — Greg sorri levantando seu copo de uísque, acho que vou ter que estocar mais a minha adega depois de hoje.
   — Débora já conseguiu liberar o acento? — todos riem e percebo que está ausente o seu lugar.
   — A propósito onde está ela? — todos se olham e observo cada um olhar para cada um, meu coração acelera. Não estou pronto para qualquer notícia ruim.
   — Quem sabe? — a voz arrastada surge e na porta atrás de mim está Maven, irmão de Gabriel, parece uma figura desleixada — depois que soube que Gabriel estava na França, e que você o matou, desapareceu — se juntou a nós.
   — É bom saber que não tem ressentimento algum — ouço sua risada.
   — E o que eu faria? Te mataria por matar o traíra do meu irmão? Iria colocar todos nós na ruína, por caprichos dele. Nossa família está nessa guerra entre os Jones desde que Mike era uma criança e ele resolveu se virar contra nós. — Dá para perceber o desdém da sua voz.
   — É apenas bom saber que não matará Anna por atirar no cérebro do seu irmão — seu olhar assim como todos percorrem até a garota descontraída, até mesmo o de Cristal.
   — Você não nos explicou bem, ou melhor, não me explicou bem sobre o porquê de estamos aqui — Mike começa e suspiro, ambas mulheres se sentam cada uma em um lugar, que supostamente está vazio, pronto para elas obviamente, acompanhadas de Maven e Shawn.
   — Acontece que os Jones estão atacando, cada um de um lado específico, mataram uma garota que trouxe para trabalhar comigo, estão a vigiar a minha própria casa, destruíram a antiga, junto a Nick. Mas entre eu e Nick está tudo certo — encaro todos — acontece que está na hora de resolvemos tudo de uma vez por todas e matá-los é a única opção, se eu ou qualquer um de nós quer se aposentar ou ter um mínimo ano de paz. Pelo menos não estaremos no nosso melhor a receber um tiro de graça. Não ficaremos bem, se isso não for cortado pela raiz.
   — Você se aposentar! Agora? Todos nós vamos dá lugar a esse bando de cabeça oca? — Greg me encara — seu pai nunca admitiria algo assim.
   — Meu pai deu lugar a um cabeça oca, tinha dezesseis anos, não esqueça tio Greg, mas infelizmente meu pai não está aqui, quero ter uma vida normal cuidar dos meus negócios e não ser um perigo para as pessoas que amo — encaro Cristal e Anna.
   — Ter filhos e se casar está incluído? — demos uma pequena gargalhada com o comentário de Shawn.
   — Não vem ao caso agora — completo — preciso saber, o que podemos fazer para matar cada um deles. Como Annástacia disse. Usar o que é deles, contra eles.
   — Eles moram juntos, como uma fortaleza — encaro Cris, foi isso que ela disse de manhã, com certeza tirando a dúvida de Anna, mas o que Anna estaria pensando sobre isso? — todo final de mês as quantias que conseguem contrabandeando vão para o cofre que tem na casa deles, carros fortes como em um banco normal da cidade. Mas eles não moram em um lugar comum, a casa é no meio do nada, vigiada até a última janela. — Albert enquanto fala a história olha para cada um de nós, nunca deixando o seu cachimbo.
   — Se conseguimos ser os entregadores dos milhões podemos entrar lá fácil, mas antes, temos que ter um dia completo de observação. A hora que saem, que estão em casa, como é a vigilância, podemos cortar a luz e no momento que chamarem um técnico, um de nós ou dos nossos podem fazer o favor de botar uma fita nas câmeras, para passar que tudo está em ordem — Mike para por um minuto a analisar mais alguma coisa, mas antes que fale Anna o interrompe.
   — Enquanto isso, quem está do lado de fora e do lado de dentro acaba com os seguranças da vigilância. — Todos a encaram, me olha e leva seu olhar a Albert — já que é um lugar tão distanciado, dependendo do que podemos fazer, não precisamos ser alarmantes. Usamos silenciador, assim quem está no interior não tem noção do que está acontecendo no lado de fora. — Mike concorda.
   — Podemos ter a ajuda dos explosivos, para destruir uma parte da casa. Assim não corremos o risco de deixar ninguém para contar história. — Cristal sugere.
   — Enquanto isso eles já irão perceber, estaremos preparados para a guerra. — Completo — precisaremos de dias, para investigar, observar, achar as armas e planejar tudo certo no papel. — Todos concordam. — Por fim seremos a ovelha negra desse rebanho novamente. Somos os que mandam — todos se levantam junto a mim assim que recito o que meu pai dizia — ninguém está além de nós, acima de nós e quem será o louco de ficar contra nós? — o grito com força foi ouvido e não pude deixar de ver o quão satisfeitos estavam e por esse breve momento, senti o prazer que era fazer tudo em família como fazíamos antes.

   Depois de cada um está acomodado a um quarto, mesmo tendo que dividi-los, pois, a casa não é tão grande como antes, pude descansar no meu escritório a beber um pouco do vinho, Anna está a minha frente a organizar algumas pastas que pedi, acho que já sei o que ela pode ser no período que estar a decidir melhor sua faculdade, preciso de uma nova secretária mesmo. Não digo nada a ela, só observo como é atenciosa ao seu serviço.
   Nous sommes le mouton noir  — Encaro a menina que olha ainda para os documentos, seus olhos vieram ao encontro do meu e vi o seu sorriso. — Como será feito tudo isso que planejamos? — as pastas são colocadas à mesa, suas costas descansam na poltrona e suas pernas cruza a outra.
  — Precisaremos de uniformes da segurança do banco. Dos carros fortes e de capangas para roubar para nós. Em seguida, armamentos, enquanto outros homens observam o movimento da casa. Tudo será cautelosamente e tecnicamente testado. Contratarei um técnico para fazer os trabalhos das câmaras.
   — Ele não verá você. Verá?
   — Não, Dallas o dará a fita e ele só fará o trabalho de colocar. Nenhum dos homens fora dessa casa me conhece. Por minha e sua segurança. — A mesma sorri e vejo seu corpo levantar, passa pela porta do escritório e me pego a beber mais um copo de uísque.

De volta a vida -  Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora