Prológo

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Minha cabeça parece rodar a cada movimento que eu tento fazer, mas eu não consigo nem ao menos me mexer

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Minha cabeça parece rodar a cada movimento que eu tento fazer, mas eu não consigo nem ao menos me mexer. Tento chamar pela mamãe, mas me sinto fraco demais ao tentar abrir a boca.

Eu podia ouvir seu choro, posso sentir sua mão apertando a minha e seus gritos enquanto pedia socorro.

Então eu me senti mais fraco ainda por não conseguir fazer nada. Tento mover minha cabeça para encara-la, mas tudo que consigo é tombar minha cabeça pra frente.

Sinto ela apertar minha mão com mais força, tentei fazer o mesmo, mas não consegui.

Tudo fica escuro, mas eu ainda consigo ouvir o choro dela, as sirenes e sussurros. Senti quando fui tirado dos destroços do carro.

Faço mais força para reagir, mas estou completamente paralisado, eu só queria ver a mamãe, eu precisava ver a mamãe.

Tento de novo, finalmente conseguindo abrir meus olhos, sentindo uma dor aguda quando pisco com força.

—Calma, rapazinho. -Uma moça vestida de branco diz, passando algo no meu rosto onde doía, gritei mais quando senti a ardência no local.—Está tudo bem, você é muito forte.

Ela sussurra com um sorriso no rosto.

—Você bateu a cabeça e está inteirinho. -A moça passa a mão pelos meus cabelos, bagunçando-os. —Só ficou com um machucadinho no rosto.

—Cadê a minha mãe? -pergunto firme quando percebo onde estou, lembrando de tudo que aconteceu.

Fomos fazer compras.

Estava chovendo.

Em um segundos ela estava me contando como ligar o rádio e no outros eu só vi luzes.

Muitas luzes.

A moça ao meu lado me olhou diferente de antes, seu sorriso não estava mais em seu rosto.

Mas isso não demorou, pois seu sorriso voltou segundos depois.

—Você precisa melhorar pra poder conhecer seu irmãozinho. -Ela diz, fazendo eu me encolher na cama do hospital.

—Cadê a minha mãe? -pergunto assustado. —Eu quero a minha mãe.

Exijo tentando me levantar, mas ela me impede. Tento mais uma vez, a empurrando com toda força que um garoto de 14 anos poderia ter.

—Por favor, Philipe. -Ela súplica me empurrando de volta pra cama

—EU QUERO A MINHA MÃE. -Grito, sentindo a dor física ser substituída por outra ainda maior. Tento de novo, mas ela é mais rápida, injetando algo no meu braço.

—Eu sinto muito, Philipe. -Ela murmura e eu sinto meu corpo cada vez mais leve. —Você é um garoto forte.

 —Você é um garoto forte

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