Capítulo 31

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Ed olhava para a tela, totalmente concentrado enquanto tentava fazer de tudo para me matar no joguinho, eu achava graça do desespero dele para me ganhar

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Ed olhava para a tela, totalmente concentrado enquanto tentava fazer de tudo para me matar no joguinho, eu achava graça do desespero dele para me ganhar.

Então fiz uma jogada errada de propósito, fazendo ele finalmente ganhar.

— Puta merda, eu já estava desacreditado. - Ele diz soltado um suspiro Alto de alívio, deixando o controle longe dele. — Philipe, cadê minha grana?

Ed olha para trás, onde Philipe estava concentrado em algo no celular.

— Eu esperava mais de você, irmão. - Philipe brinca tirando o dinheiro do bolso, deixando o celular de lado.

— Pelo menos eu não desisti na primeira rodada. - Ed murmura, pegando o dinheiro, se levantando logo depois.— Vou comer mais bolo.

Diz praticamente correndo para a cozinha.

— David está chegando. - Comentou Philipe nervoso. — Ele tá trazendo as pizzas e os tacos.

— E seu presente também? - Pergunto.

Ele confirma com a cabeça.

— Eu sei andar de bicicleta. - Comento, me levantando do chão, indo para o lado dele. — Se você quiser, eu te ensino.

Ele desvia os olhos para a porta, sem dizer nada.

— Eu ando de ônibus porque tenho uma lógica que seria mais difícil acontecer um acidente de ônibus, mas o resto...- Philipe murmura, ainda olhando para a porta. — O acidente foi entre o carro da minha mãe e outro carro, pelo que eu soube, minha mãe tentou desviar e o cara também.- Ele solta um risada falsa. — Não sei se confio em coisas com rodas.

Minhas sobrancelhas se juntam, eu não vou dizer que entendo ele, porque seria mentira, isso é algo tão comum para mim que eu não sei como ele pode sentir isso.

— Você quer não ter medo? - Perguntei, atraindo a atenção dele.

— Não sei, é estranho um cara de 26 anos ter medo dessas coisas.

— Eu ainda tenho medo de bonecas. - rio.

— Por que? - Ele pergunta, dando uma risada gostosa, que me fez perder o raciocino por alguns segundos só para observá-lo. — Não vai me dizer que puxaram seu pé, não é?

— Não, eu só acho elas muitos estranhas e apavorantes. - Dou de ombros, não tinha nenhum motivo grandioso para eu ter medo.

— Ele chegou. - Ed aparece literalmente do nada, saltitando por cima dos controles, indo em direção a porta.

Philipe me lança um olhar apavorado, eu tento o confortar, colocando minha mão por cima da dele, a apertando.

Ele aperta meus dedos com delicadeza, acho que isso foi um "obrigado", antes de se levantar e ir atrás do seu irmão.

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