Capítulo 45

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— Da pra parar de ficar bravo comigo? - Ed murmura ao meu lado enquanto atravessava-mos a rua para irmos à casa da Lylian

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— Da pra parar de ficar bravo comigo? - Ed murmura ao meu lado enquanto atravessava-mos a rua para irmos à casa da Lylian.

— Quando você parar de mentir pra mim.

— Eu não menti, só ocultei. - Ele retruca. Eu o olho indignado.

— Com quem você está aprendendo essas coisas? - Pergunto ao meu irmão, enquanto ele batia na porta.

— Com a vida, Philipe.

A porta se abre e eu nem tive a chance de raciocinar, meu dia foi esquisito demais.

— Até que enfim. - Noah diz ao abrir a porta. — Nós pedimos pizza e frango frito, a Jade escolheu algum filme de terror horrível, finjam gostar.

Desvio o olhar para a Jade, quando ela aparece atrás dele balançando a cabeça negativamente.

— Eu sempre tenho um bom gosto para escolher filmes. - O Noah fecha os olhos quando escuta a voz dela atrás dele.

— Amor, os cinco últimos foram horríveis. - Ele resmunga.

— Eu diria falta de sorte, mas agora eu pesquiso quantas estrelas tem antes de escolher. - Ela sorri orgulhosa.

— Desde quando? - Ele retruca.

— Desde hoje.

— Sem Briguinhas de casal. - Entro, passando pelo Noah.

Nós fomos direto para a sala, que já não tinha mais sofá, agora tinha alguns colchões, um monte de comida no meio, e uma Tv.

— Foi tudo que minha mãe pôde fazer, já que a maioria das coisas já estão na outra casa.

— Eu que ajudei ela a embalar tudo. - Ed diz orgulhoso, indo até as comidas.

— Bom, eu sei, você jogou isso na minha cara todas as vezes que falava comigo pelo telefone. - Noah grunhiu.

— Ah, que memória ruim eu tenho. - Meu irmão debocha.

— O que vou andou fazendo com esse garoto?

— Eu? Vocês que estão corrompendo ele. - Bufo.

— Tá, tá. - A Jade puxa nós dois. — Por que não terminam essa DR lá fora enquanto eu vou avisar a Lylian que vocês já chegaram?

Ela literalmente nos expulsa.

— Acho que vou precisar fazer terapia depois de hoje. - Murmuro, seguindo o Noah para o lado de fora.

— Não a julgue, eu que pedi pra ela me ajudar a me deixar sozinho com você.

— Não era mais fácil pedir? - Sento com ele no degrauzinho que tinha.

— Talvez. - Ele ri olhando em direção a minha cara. — Eu queria ter uma conversa de verdade com você, sem bagunça.

— Se é sobre meu pai, eu estou bem, no dia fiquei meio...mal, mas agora estou bem, falar com ele é igualmente falar com um desconhecido na rua, a pior parte é ele tentando se incluir na vida do Ed, mas não é algo que eu vou tentar impedir.

— Você é o homem mais maravilhoso que eu já conheci. - Noah diz, dando um soquinho no meu braço.

— Fala sério, O que vocês estão tomando lá na Inglaterra? Você não era assim. - Ironizo.

— Deixa de ser chato, as vezes é preciso falar essas coisas sentimentais, estar com a Jade me ensinou um monte de coisa. - Ele suspira. — Mas Philipe, você é um cara muito bom que não merecia nenhum terço do que passou, então se quiser que eu chute seu pai até eu quebrar meu dedão, eu faço isso por você.

— Acho que seu dedo está sequelado até hoje por causa do cachorro. - Rio. — E obrigado, pensarei nessa sua oferta. Mas e sua vida na Inglaterra com a Jade? Está boa?

— No começo foi difícil, não por estar com ela, mas sim em um lugar que eu não conhecia nada e ninguém, ela me ajudou nisso. - Ele da uma risada baixa. — Eu nunca pensei que amaria alguém assim, o histórico de famílias boas na minha vida não foram das melhores, meu pai, seu pai... e agora eu sou o modelo dela para ela treinar a técnica de pintar nudez.

Eu gargalho baixo.

— Mas falando sério, estar com ela é a coisa mais doida que eu poderia viver e a melhor também, sem contar no quanto ela está bem, as coisas não ficam ruins para sempre, mas e você? Nada de estar perdidamente apaixonado pela Sam?

Abro a boca para negar, mas não acho que eu teria coragem de mentir pra ele.

— É complicado. - Suspiro alto.

— Não acredito, eu realmente não acreditava que isso era possível. - Noah ri, levantando os braços como se estivesse fazendo um "aleluia".

— Você ouviu o que eu acabei de dizer? - Bufo, dando de ombros.

— Tudo que é complicado, descomplica.

— Bom, ela nem sequer tem coragem de andar comigo com medo de alguém ver. - tombo a cabeça para trás, focando nas estrelas. — É bastante complicado, eu a entendo, eu acho. Ela também teve um vida complicada, também tem o pai dela e... Acho que ela não sente a mesma coisa e eu sou eu né.

— Por que você começa pelo jeito certo? -Ele sugere. — Eu não entendi muita coisa do que você disse, mas você só vai saber se ela sente o mesmo se falar sobre o que sente com ela e se ela não sentir a mesma coisa, é melhor acabar agora do que você sofrer mais, não é?

— Mas e o resto dos problemas? 

— Primeiro você descomplica a coisa principal, o resto se conquista. Se declara na comemoração no boliche, se quiser eu faço uma chuva de pétalas pra vocês. - Ele se levanta e estende a mão pra mim.

— Você acha que eu sou brega assim?Credo.

— Vai querer? - Ele insiste.

— Você acha que ela vai gostar? - pergunto receoso.

— Então você vai se declarar? - Ele exclama animado, quase caindo do degrau. — Esse dia é um dos mais memoráveis da minha existência e eu acho que ela deve gostar, a Jade gostou do buquê.

Noah ri. Levo dois segundos para chegar em uma conclusão.

— Nada de pétalas, talvez um buquê? Nossa eu não acredito que estou tendo essa conversa com você, está me dando até azia.  - balanço a cabeça negativamente.

— E eu estou tão orgulhoso de você, Philipe.

— E eu estou tão orgulhoso de você, Philipe

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