Capítulo 13

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—Nunca pensei que lavar carros seria tão legal

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—Nunca pensei que lavar carros seria tão legal. -Cody exclama jogando água em si mesmo. —Se eu der em cima delas, será que dão alguma gorjeta?

Pergunta olhando o primeiro carro que se aproximava.

—Tenta a sorte. -Bato nas costas dele antes de deixá-lo pra se virar sozinho, já que ele insistiu tanto.

—Você acha que isso vai dar certo? -David murmura desviando a atenção do carro que mexia para Cody. —Ele tem a cara de quem nunca lavou um carro antes.

Completa voltando a atenção para o carro.

—Você realmente acha que elas se importam se o carro está limpo ou não? -Sorrio, vendo Cody se inclinar em direção a janela de um carro vermelho que acabou de entrar.

—Se é só pra entreter elas, porque você mesmo não faz isso? -Ele pergunta sem me olhar.

Dou de ombros.

—Talvez eu seja tímido. -Zombo fazendo ele rir.

—Ah, com certeza. -David ironiza.

Na verdade eu não sei, acho que nunca precisei. No começo era o Noah, as coroas definitivamente gostavam de admirar o Noah, e não muito tempo depois, David apareceu e com certeza gostam dele.

Até o Cody conseguiu conquistar uma.

Penso enquanto o observo em uma conversa animada com uma enquanto esfregava a esponja pelo carro.

Minhas sobrancelhas se erguem quando vejo meu irmão entrar na oficina.

—Tá fazendo o que aqui? -pergunto sabendo que ele só sai às 17 horas do colégio.

—Sai cedo, ué. -Ele da de ombros, atravessando a oficina, indo direto ao banheiro.

Ele tá mentindo.

—Edward. -O chamo com um tom firme, fazendo ele parar no meio do caminho. —Vem aqui.

Exijo e ele obedece, Parando na minha frente com o rosto pra baixo. O analiso levantando o rosto dele.

Me surpreendo pela marca roxa que tinha perto do olho.

—Que merda foi essa? -Agacho pra ficar do tamanho dele, enquanto analisava o estrago.

—Cai. -Ed tenta abaixar a cabeça, mas eu o impedi.

—Só se for no punho de alguém. -Murmuro. —Anda, diz quem fez essa merda.

—Já falei que cai. -Ele me empurra pra se afastar, me olhando de um jeito que o denunciava.

—Você tem 5 segundos pra dizer, caso ao contrario nada de boliche por um bom tempo. -Incorporei o irmão responsável que ele odeia, mas foda-se.

Ed fecha os punhos antes de olhar para David que olhava tudo atento. Sinalizo para ele se afastar, que faz isso sem hesitar.

—Foi uns garotos do colégio, eu pulei o muro e vim pra cá. -Meu irmão diz como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

—Teve motivos pra isso acontecer? -Pergunto, sabendo como as crianças são nessa idade. Eu cansava de apanhar porque eu só fazia merda.

—Não sei, eu nunca faço nada. -Ele da uns paços pra trás.

—Já aconteceu mais vezes? -pergunto sério, tentando não demonstrar o quão puto eu estou por causa dessa porra.

Mas preciso fazer ele abrir a boca.

—Talvez. -Ed suspira. —Esquece isso, posso ir no boliche de noite?

Ele pede quase junto a um suspiro. E eu não posso evitar a parte em mim que se culpa por isso.

—Só se você dizer os nomes de quem fez isso e vamos na escola ainda hoje. -Ele me olha com os olhos arregalados.

—Não, Philipe. Vai piorar tudo. -meu irmão cruza os braços.

Quando eu ia responder, David me chama, apontando para o cara que acabou de entrar na oficina.

O homem alto vestia um terno alinhado perfeitamente ao corpo, não é o tipo de cara que vem aqui. Ele analisa tudo antes de seus olhos irem do meu irmão para mim.

—Vai pra casa e coloca gelo nisso. -Volto minha atenção para o rosto do meu irmão, torcendo para não inchar. —Quando eu chegar, quero que você já esteja pronto e com os nomes anotados.

Ele abre a boca, mas fecha quando eu lanço o olhar que ele sabe que significava que nada que ele fizesse ia me fazer mudar de ideia.

Ed bufa, saindo da oficina como se estivesse marchando e minha atenção finalmente vai para o homem que continuava analisando tudo em Silêncio.

—Como posso ajudar? -Pergunto de longe.

—Acho que o pneu traseiro do meu carro está furado. -Ele aponta para o lado de fora. Onde um pouco mais afastado de onde o Cody estava, tinha uma BMW série 3.

Levanto as sobrancelhas, perguntando a mim mesmo como um cara desses, com um carro desses veio parar aqui.

—Entendi. -Olho para David. — Dê uma olha lá.

Ele assente, indo até o carro do cara engomado.

—Você parece novo demais pra trabalhar com essas coisas. -Ele diz se aproximando, enquanto olhava tudo em volta. —Aquele menino era seu filho?

Torço o nariz, estranhando a pergunta.

—Tenho 25 e não, é meu irmão.

Ele assente sem nem ao menos me olhar.

—Vocês se parecem. - Ele diz, caminhando até uma estante onde tinha o porta retrato que ganhei do Noah e da jade. —Outro irmão seu?

Acho que ele está se referindo ao Noah.

—Não. -Observo David que fazia um sinal, dizendo que não tinha nada de errado com o pneu. —Meu amigo.

Respondo, deixando-o pra trás e indo em direção ao carro dele.

—Está tudo perfeitamente normal. -David diz e eu me agacho para examinar os pneus, vendo que David está certo.

Suspiro, voltando para o lado de dentro.

—Não tem nada de errado com o carro.

—Não? -ele diz surpreso. —Então acho que me enganei, perdão por fazerem vocês perderam tempo.

—Tem problema não, senhor. -David diz passando por ele.

—Pode me chamar de Kenne ou Kennedy.

—Tudo bem, posso ajudá-lo em mais alguma coisa? -pergunto, achando esse cara muito estranho.

—Ah...Não, obrigado, rapaz. -Ele olha pra trás quando Cody assobia balançando uma nota de 100 dólares no alto, orgulhoso de si mesmo.

O cara de terno sorri voltando a olhar pra mim.

—Tenha uma boa tarde. -Diz antes de sair.

—Isso foi estranho. -David resmunga ao vir para o meu lado, observando o cara se afastar.

—Muito estranho.

—Muito estranho

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