Capítulo 21

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Eu não posso sentir ciúmes de quem nunca me pertenceu, mas evitar olhar para Victoria tão perto dele, me faz discordar de todos os meus conceitos anteriores antes de Philipe

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Eu não posso sentir ciúmes de quem nunca me pertenceu, mas evitar olhar para Victoria tão perto dele, me faz discordar de todos os meus conceitos anteriores antes de Philipe.

Não sou boba, sei que o que temos é puro desejo carnal, que se depender de mim, eu deixava assim até não sentir absolutamente mais nada, porém isso é novo pra mim.

Nunca tive alguém assim, sempre foi tudo sério com o Adam, nunca tive que lidar com ciúmes. A única vez que me aventurei foi algumas semanas depois do término, eu estava magoada e com raiva, em um dia eu fiz a burrada de transar com o primeiro que me aparecesse e depois veio Philipe.

E se eu quero continuar com isso que Philipe e eu temos, preciso aprender a lidar com isso.

Mas por enquanto apenas tentarei não olhar para eles conversando.

— Eu acho meio estranho ela correr atrás de alguém. -Liana diz olhando para Victoria. — Acho que ela está desesperada.

— Bom, se você quer algo, você corre atrás disso, não é? -Dou de ombros, por mais que eu esteja me corroendo por dentro, não consigo ver nada de errado.

Victoria sempre foi assim, ela tem um trilhão de defeitos, mas sempre foi muito corajosa, sempre lidou bem com a pressão.

Eu adoraria ser como ela.

—Mas é estranho. - Liana insiste, eu apenas dou de ombros.

—Acho que já vou para a sala. -Aviso-a antes de me levantar. Dou uma última olhada para Philipe, que agora estava sozinho.

Ele não me nota, então apenas continuo meu caminho para a aula.

Meu pés param automaticamente quando vejo minha mãe parada em frente ao meu carro

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Meu pés param automaticamente quando vejo minha mãe parada em frente ao meu carro. Meu instinto é se afastar, mas paro novamente quando ela percebe minha presença.

—Filha...-Ela praticamente corre na minha direção. —Nossa, você está linda.

Minha mãe diz passando as mãos pelo meu cabelo.

— Eu vim aqui porque seu pai não gosta que eu me aproxime. -Ela sorri. — Passei para me despedir.

Sinto meu estômago se embrulhar ao ouvir isso, mesmo nem entendendo ao certo o que significava.

—Como assim? -Pergunto, recuando dos toques dela.

— Eu encontrei um cara, ele vai me levar para a França. -Minha mãe suspira. — E não tem muito o que eu fazer aqui, meu ex marido não dá a mínima pra mim, faz a cabeça da minha filha contra mim, mas caso você se arrependa, eu te levo.

Uma risada incrédula acaba escapando pelos meus lábios.

—Você não vai dizer nada? -Ela segura minhas mãos. A olho sem conseguir achar as palavras certas para usar. — Talvez a gente não vá se ver por muito mais tempo.

Minha mãe insiste.

— Como você tem coragem de culpar alguém além de si mesma? -Me afasto por completa. — Você é tão....tão...dane-se, eu cansei de tentar aceitar você.

Passo por ela, ignorando todos os chamados dela por mim.

— Eu ainda sou sua mãe.

Ouço antes de entrar no carro, mas apenas vou embora, a deixando para trás.

Foi isso que ela fez a vida toda, me deixou para trás.

Não dirijo mais que alguns quarteirões antes de parar em qualquer lugar apenas para pensar. Bato no volante tentando de algum jeito fazer toda essa raiva sair de dentro de mim.

Quando estou longe dela, eu não sinto absolutamente nada, não sinto magoa, rancor ou qualquer outra coisa, mas quando ela se aproxima, todos os sentimentos que eu pensava não existir, aparecem.

Como ela pôde culpar meu pai? Ela nunca tentou ter a porcaria de uma família.

Ela não tentou me criar, ela não tentou me amar, ela não tentou me ter de volta. A única coisa que ela sempre quis foi atingir meu pai de algum jeito porque nunca aguentou ser abandonada por causa dos próprios erros.

Meu pai não foi o melhor dos pais, mas nunca proibiu-me de tentar ter algo com ela. Acho que ele nunca se recuperou das traições dela e nem da forma que ela me tratou, mas sempre deu todas as chances que ela não merecia.

Eu não dou a mínima para onde ela vai, mas ela nunca tentou para pelo menos falhar e dar alguma desculpa idiota.

É como se ela nunca tivesse feito nada e tudo que eu sinto fosse irreal para ela, como se eu fosse a culpada pelas porras dos erros dela.

Tudo que eu queria antigamente era uma família normal, eu não queria precisar me esforçar para não odiar minha mãe, eu queria não ter que ver meu pai não conseguir lidar com os próprios problemas e mergulhando com tudo no trabalho.

Eu não queria ter lidado com meu medo de escuro sozinha, porque não tinha ninguém para dormi comigo, tudo que eu queria era ter alguém para contar história para eu dormi e também queria não ter medo de machucar as pessoas a cada palavra que eu falo.

Tombo a cabeça para frente, apoiando-a no volante, antes de pensar na única coisa que me fazia esquecer um pouquinho das coisas.

Dirijo até a oficina, torcendo para que Philipe esteja lá.

A primeira coisa que vejo ao estacionar é o irmãozinho dele chegar. Ele para antes de entrar, me olha por alguns segundos antes de acenar, eu faço o mesmo.

—Seu irmão está? -Pergunto. Ele se inclina um pouco para dentro, tentando ver algo e faz um sinal afirmativo com a mão. —Pode chamar ele pra mim?

Peço, mas acho que mais se pareceu com uma súplica do que um pedido comum.

Ele me olhou por mais alguns segundos como se estivesse me alisando, antes de concordar e entrar.

Solto um suspiro aliviado, antes de me apoiar no carro para esperá-lo.

Solto um suspiro aliviado, antes de me apoiar no carro para esperá-lo

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