Vinte e dois

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Capítulo 22, por Ethan Watson
Quarto Antigo

Havia feito uma boa proposta à ela, diria que até irrecusável. Estava na cara que Marjorie não queria se envolver comigo porque, pela primeira vez, o mérito de todo o seu trabalho era totalmente dela. E de alguma forma ela teria conciliado que aconteceria mudanças no seu trabalho se o meu pai descobrisse "nosso lance".

Marjorie olha para os lados antes de aceitar a minha proximidade, querendo certifica-se de que ainda estávamos sozinhos no corredor.
Seus dedos finos perpassam pelo meu pescoço e se firmam na minha gravata, arrumando o nó.

— Não quer conhecer o segundo andar? Posso te mostrar o resto da minha humilde residência.

Ela sorriu.

— E o que tem lá em cima? — pergunta olhando para as escadas.

— A melhor parte: — faço uma pausa e termino a frase sussurrando em seu ouvido. — meu quarto.

Entrelaço o seu braço no meu e caminhamos como dois colegas de trabalho em direção às escadas.
Os olhos espertos da minha ateniense predileta rondavam toda parte, e não foi diferente quando abri a porta do meu antigo quarto.

Não costumava dormir aqui com frequência, nem mesmo antes, quando ainda não tinha o meu próprio apartamento. Ele era quase tão grande quanto o atual, com uma cama king size, alguns divãs, TV e um balcão cheio de bebidas.

As paredes espelhadas da sacada chamaram atenção de Marjorie de relance. Observo seus passos até lá enquanto desfaço o nó da minha gravata e tiro o blazer do meu terno, o colocando na bancada ao lado.

— Vermelho é a nossa cor. — vou até lá, vendo o seu vestido voar minimamente quando o vento batia.

Minhas mãos seguram a sua fina cintura, colando os nossos corpos, me dando acesso para explorar cada detalhe do seu majestoso físico. Sentindo o seu suspiro, percebo que ela gosta do meu toque, então a vejo enlaçar o meu pescoço.

Seu cheiro doce já estava impregnado na minha roupa. Subo uma das minhas mãos e a puxo pela nuca, segurando seus cabelos de forma possessiva, fazendo com que seus lábios ficassem da mesma altura que os meus.

— Ethan... — soltou um grunhido quando mordi seu lábio inferior.

Calei a sua boca com a minha, dando início a um beijo provocador e sem pressa, enlouquecedor. Ela realmente não sabia o que estava fazendo comigo e minha pobre ereção latejante.

Com passos largos para trás, consigo levar o seu corpo para dentro do quarto novamente. Seu vestido era lindo, mas ainda assim a preferia sem nada. E apesar de não termos tempo suficiente, eu enlouqueceria se não aproveitasse a sua presença no meu quarto.

Subi o seu vestido até a cintura, na mesma medida que seus dedos trêmulos abriam alguns botões da minha camisa, sem desgrudar da sua boca um segundo.
Sou arremessado na cama e Marjorie sobe em cima de mim do seu jeito dominador.

— Não temos tempo para brincar, doçura. — volto a ficar por cima, puxando a renda minúscula que ela possivelmente chama de calcinha, da mesma tonalidade que o vestido, e quase me vi tentado a parar e apenas observar tamanha perfeição.

Sorriu contra os meus lábios e seguro o seu sexo,  massageando a área. Marjorie arfou ao sentir a movimentação, segurando seus seios fartos e rígidos.

Seus olhos escuros estavam vidrados nos meus, e ainda que quisesse me manter longe da sua boca, não conseguiria. A minha língua entra na sua boca na mesma hora em que penetro dois dedos no seu sexo com força. Ela era apertada, muito apertada.

Sinto seu corpo ficar tenso, então separo as nossas bocas e distribuo beijos pelo seu pescoço, para capturar sua atenção e poder começar os movimentos lá embaixo.

— Não vamos passar disso, eu juro. — sussurrei no seu ouvido, mordendo o lóbulo do seu ouvido. — Hoje, não.

Marjorie gemeu e arqueou, abrindo mais as pernas. Suas mãos alternavam entre segurar o edredom que cobria a cama e puxar os meus cabelos — que nem de longe era um problema, pelo contrário, serviam apenas para incentivar a minha língua a ir mais fundo, junto com os dedos.

— Ethan... κόλαση, acho que... — resmungou em grego, antes de cair ofegante, me fazendo sentir o gosto do seu líquido.

Mesmo sem fazer idéia do que ela disse, meu querido amiguinho aqui embaixo se enriqueceu ainda mais, só pela pronuncia.

Procuro sua calcinha pelo quarto e a coloco novamente. Escuto a sua risada e logo estamos nos beijando outra vez.

— Precisamos voltar ou vão sentir a nossa falta. — digo, fechando os botões da minha camisa amassada.

Ela desce o seu vestido e vejo que ainda estava impecável, diferente do seu cabelo.
Ela caminha até o espelho próximo ao closet, tentando amenizar a bagunça dos seus fios rebeldes.

Em alguns minutos estávamos descendo as escadas como dois adolescentes desconfiados. Para nosso azar, o jantar já estava sendo servido, e a maioria já estavam sentados em seus respectivos lugares, o que fazia nossa chegada chamar mais atenção.

Visualizo a mesa onde alguns executivos e meu pai conversam, e vejo Becky fazer sinal para nós.

— Aí estão vocês. — ela disse, com o olhar presunçoso que tanto conheço.

— Bem a tempo. — meu pai segurou meu braço e me puxou para a conversa, trazendo Marjorie consigo. — Estávamos aqui falando sobre uma viagem à negócio para Itália. Além dos instrutores, precisamos da alguém entre nós que fale fluentemente o italiano, mais familiarizado. Haveria algum problema para você, Marjorie?

Ela ficou hesitante, mas era óbvio que não podia negar. A minha gentil ateniense não sabia fazer uso das palavras de negação.

— Hum... nenhum problema. — enfim, falou.

— Ótimo, serão apenas dois dias. Não podemos nos afastar tanto quando já estamos perto do evento beneficente da empresa. — meu pai sinalizou com um sorriso.

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