Trinta e três

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Capítulo 33, por Ethan Watson
Aventuras aquáticas

Para o meu azar, a reunião demorou um pouco mais que o combinado e só consegui estacionar no meu prédio depois das 22h30 daquela mesma noite. Entretanto, meu humor teve uma grande mudança ao visualizar o novo Ford de Major em uma das minhas vagas.

Subo na expectativa de encontrá-la e pego na recepção o nosso jantar. Minutos atrás havia feito uma ligação para um restaurante asiático fazendo o pedido, sabendo que Marlí já estaria em casa nesse horário e meus dotes culinários não são os melhores.

Marjorie é a primeira coisa que vejo do hall, logo ao abrir a porta. Ela me esperava sentada no sofá, com um vestido florido sem mangas, justo e divinamente curto. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo simples, e suas bochechas agora eram um tom de vermelho claro, por perceber meu olhar no seu corpo por tanto tempo.

Sorri involuntariamente, dando a volta na sala e depositando as caixas com comida no balcão que dividia os cômodos.

— Está um pouco atrasado. — ela diz, girando para me encarar também.

— Reclame com o seu chefe, ele me prendeu mais que o esperado. — respondi, tirando o meu blazer, juntamente com o nó da gravata que apertava de leve o meu pescoço.

Seus olhos agora miravam o conteúdo desconhecido da caixa, provavelmente se perguntando o que havia trazido ali.

Me aproximo do sofá e beijo o seu rosto, acariciando a pele exposta do pescoço e ombros.

— O que achou do carro? — perguntei incerto.

Major tentou conter o sorriso.

— Eu adorei, você sabe. — grunhi um pouco irritado, já imaginando que não era só isso. — Mas como já disse, vou pagá-lo. Não quero andar por aí com um carro em nome de Ethan Watson.

— Está no seu nome, bobinha.

Então foi a sua vez de revirar os olhos, inquieta.

— Como se sentiria se fosse ao contrário? Você aceitaria que te presenteasse um fucking carro de presente?

— Aceitaria qualquer coisa que viesse de você. — brinquei outra vez, sabendo que aquela não era a resposta que ela queria, mesmo que fosse "romântica".

Revirou os olhos novamente, cedendo, por enquanto. Sabia que isso iria acontecer, pelo simples fato de Marjorie odiar ganhar alguma coisa sem mérito do seu trabalho, mais do que qualquer outra pessoa. Infelizmente, alguém ali precisaria se acostumar com os meus presentinhos.

— Quais são os planos para essa noite? — perguntou como quem não quer nada.

— Banho, sushi, vinho e quem sabe alguns beijinhos.

— A parte do banho é interessante.

Havia um sorriso malicioso em seus lábios que eu desconhecia e, antes que percebesse, já estava desabotoando a minha calça.

Retiro o celular do bolso traseiro e deslizo o tecido em direção ao piso frio, junto com a minha boxer. As mãos de Marjorie perpassam os botões da minha camiseta, também retirando a peça do meu corpo.

Aproximo os nossos rostos e novamente beijo seus lábios carnudos. Ela geme antes mesmo que fizesse impulso para segurá-la em meu colo. O caminho até o banheiro foi conturbado e ela ria sempre que batiamos em um móvel aleatório, ainda sem nos separar.

Ignoro a banheira e deslizo o vidro do box, puxando a minha acompanhante para o cúbico também, não era pequeno — então podíamos nos mover muito bem dentro. Observo a diversão no seu rosto antes de tirar o seu vestido e jogar sob o balcão ao lado da pia. Em seguida, deixo meus olhos repousarem nela por segundos que mais pareciam horas.

Procura-se uma Secretária [concluída]Where stories live. Discover now