Capítulo 17

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Liz

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Liz

Dirpertei de um pesadelo horrível, não tinha uma parte do meu corpo que não doesse. Cristo. Será que não foi um pesadelo. Me sentindo meio zonza, abri meus olhos mesmo assim. Me deparei com um homem de jaleco branco, tinha tatuagens no pescoço. Que estranho. Mas lindo, lindo demais também.

Hospital! Que ótimo. Estou na merda de um hospital.

— Candy, querida! Você nos deu um susto e tanto. Como está se sentindo?  
- Quem afinal é Candy? E ele perguntou com uma preocupação, que me fez ficar emocionada.

Limpei a garganta, tentei me lembrar o que me trouxe aqui. Nada. Um borrão. Coloquei a mão na cabeça. Doce Jesus. Que dor insuportável.

— Acho que bem, doutor. O que me traz aqui, nesse hospital? - Ele me olhou com dúvida estampada em seu rosto.

— Qual a última coisa que se lembra, querida? - Oh, ele era tão gentil. Não soube mentir.

— Bem... Estava indo para o Texas. Não posso avisar a ninguém onde estou. O doutor compreende? - Perguntei tentando esconder meu medo, percebi a careta que fez, quando o chamei de doutor. O porque, não entendi.

— Tudo bem, querida. Nao se preocupe sobre isso. Pode confiar. Agora você vai descansar. Seu corpo e sua mente precisam, aliás.
- Ele novamente falou todo preocupado. Sua voz era tão suave. Um príncipe.

— Obrigada, dottore principe. - Falei apertando de leve sua mão. Ele deu um sorriso de lado. Cristo. Ele é muito lindo, além de doce. Por isso o apelido.

Com ele segurando minha mão, ele afirmou com a cabeça para um enfermeiro, que aplicou algo no soro, que só agora percebi estava ligado em mim pelo acesso venoso. Meu olhos ficaram pesados. E a ultima coisa que vi, foram olhos muito preocupados.

...

Conseguia ouvir vozes, como se estivessem longe. As vezes sentia alguém segurar minha mão, ou beijar minha testa, bochecha e boca. Isso não estava estranho. Por que?

Sentia a lateral da minha cabeça latejar toda vez que tentava me forçar a abrir os olhos. E eu voltava para escuridão. Mais uma vez.

Eu ouvia sua voz muitas vezes, em algumas no entanto, eram em tom de súplica, medo e desespero. Eu ouvia também a voz do dottore principe, eles as vezes discutiam o porque eu estar demorando para acordar. Na verdade o homem que estava o tempo todo ao meu lado toda vez que voltava do escuro, estava com voz rouca, como se estivesse segurando o choro. E por algum motivo, meu coração se apertava com seu sofrimento.

Senti algo nos meus cabelos alguém estava o penteando. Esse cheiro... Eu gosto. É familiar, talvez.

— Hey, minha piccola Liz. Está na hora de acordar, amor. - Ouço um sussurro, e um afago em meu rosto. - Você precisa se lembrar, precisa amore mio. - Ele, fala com a voz embargada.

Bishop Hell's Red  (Concluído)Where stories live. Discover now