Bishop Hell's Red (Concluído)

Capítulo 31

Liz

O melhor de ficar sozinha, por pelo menos duas horas antes de Brad voltar, é poder limpar e ajeitar a bagunça na cozinha e na sala que os dois fizeram. E isso sem ninguém me controlar. Eu não faço esforço, ou pego peso, a obstetra e o próprio doc me recomendaram, mas eu posso me movimentar suave. Lavar louça, guardar brinquedos e passar um pano no chão, não é muito. Apesar de grande, a casa é aconchegante e nós sempre a mantemos organizada. Brad faz tudo e eu tento contribuir quando ele não surta.

Então depois de tudo feito,eu vou tomar um banho. Relaxar com todas essas duchas que poucas vezes usamos, porque nós preferismo a banheira. Não uso um jato muito forte, próximo a minha barriga. A precaução não é mínima. Isso é para a tensão dos meus músculos se dissipem, e não causar um sangramento, para minha gestação. Eu não escuto a porta do banheiro se fechar, sinto seu cheiro, sua presença. Então, não me assusto quando ouço a sua rouca voz. Maldito.

— Então, minha piccola Liz, ajeitou tudo lá em baixo, uh? - Ele mais afirma do que pergunta. - Não poderia me esperar para faze-lo?

Passo as mãos pelo cabelo, para tirar o excesso de água. Quando o olho, arfo, o cretino está apenas com sua boxer. 

— Não foi de todo ruim fazer, amor.

Eu o encaro, vendo luxuria em seus lindos olhos. E sei, que ele enxerga o mesmo, nos meus.

— Eu não aguento mais. Porra!

Minha boca seca, assim que ele pragueja. Preciso umidecer meus lábios, para perguntar.

— O que, exatamente... Você fala?

— De você, amor. - Ele se aproxima devagar, até me ter presa no azulejo frio, lambe minha mandíbula muito ofegante. - Se você se move, eu quero foder... Você fala, eu quero ainda mais... Foder. Você me toca, e eu quero muito, muito, mas muito, foder.

Claro eu tenho que provocar.

— Assim, podemos deduzir que você é um coelho bastardo... E eu sou muito, muito sexy. - Termino divertida.

— Muito, muito, muito sexy. Sexy para caralho. - Ele diz, o infeliz, também provocativo. - A mulher mais sexy do mundo inteiro. E minha. 

Então, Brad me beija com força, nossas línguas duelam freneticamente. E nos amamos mais vezes que eu possa lembrar, antes de ir dormir.

Disperto com um cheiro que me deixa enjoada. Assim que abro os olhos, entendo o porque. Brad trazia uma bandeja de café da manhã, continua tudo, menos café. Ele me trouxe chá, por dizerem que cafeína não faz bem. Eu jogo as cobertas para o lado e corro para o banheiro, colocando tudo para fora quando a maldita bile sobe.

Brad segura meus cabelos e afaga minhas costas. Isso me deixa ainda mais irritadiça e aumenta a náusea.
Quando o enjou diminui, ele me ajuda a lavar a boca e o rosto. Passa as mãos úmidas na minha nuca, me ajudando a me recompor. Rrspiro fundo. Para não ser grosseira e sim firme ao falar.

Cristo!
Eu odeio querer ser uma cadela.

— Tire isso do quarto, Brad. - Respiro fundo, novamente. - Depois nós conversamos. - Peço

E ele o faz.

Quando volta, estou de braços cruzados na defensiva. Não gosto de ser nem um pouco contrariada, ainda mais porque a minha obstetra avisou que duas xícaras não faz mal algum. 

— Você sabe, que eu só quero manter você e nosso bambino... - Não permito que ele prossiga.

— Você ouviu a obstetra, Brad. - Começo irritada. - Eu não gosto de chá nesse momento, estou enjoada e tonta. - Nem termino de falar, Brad corre ao meu encontro, tão rápido que sinto muito mais forte a tontura.