Safira - Pedras Preciosas

Capítulo trinta e seis - Harris

      Safira me abraça e beija a minha testa. Deixo meu rosto descansar em seus peitos e fecho os olhos. Eu me sinto em casa e não há nenhum outro lugar que eu gostaria de estar nesse momento. Sou capaz de explodir de tanta felicidade.
    Também não acredito que vamos ter um filho. Parece que tudo o que aconteceu com Peter está acontecendo comigo. Casei com a mulher que eu amo e vamos ter um bebê. Quero tanto que a gente esteja na nossa casa cuidando do nosso filho. A gente podia comprar um cachorro também, quem sabe.
    É tão bom sentir o seu cheiro e estar nos seus braços. Nos braços da minha minha esposa, que me dá carinho nesse momento. Maise nunca me abraçou desse jeito. E o cafoné que faz na minha cabeça é tão bom.
    — Amor, eu quero conhecer a nossa casa. Você não vendeu, vendeu? — Pergunta.
    — Eu nunca tive coragem de vender. Eu posso te levar amanhã mesmo, depois do trabalho. Você vai gostar. Eu comprei pensando em você.
    — Eu tenho a certeza que sim.
    Olho para ela. — Quanto tempo? Quanto tempo falta para o nosso filho nascer?
    Ela ri. — Oito meses.
    — Tanto tempo!
    — Pois é!
    Acaricio a sua barriga. — A gente precisa contar. Vamos contar sobre o nosso casamento e sobre o nosso filho.
    — Sim. Mas não hoje. Eu não sei se ainda estou pronta para contar que casei bêbada e sem a minha família.
    — Você vai estar. Não se preocupe. Enquanto isso, vamos decorar a nossa casa. Nosso filho vai nascer na nossa casa.
     — Você é perfeito! — Ela beija a minha testa mais uma vez.
     — Eu te amo, esposa! — Sorrio.
     Safira me beija. Está tudo muito gostoso até que Jade e Rubí chegam, estragando o nosso clima. Como é óbvio, Jade já entra gritando.
     — Finalmente! — Ouvimos ela.
     Safira me larga e levanto do sofá, um pouco envergonhado. — Boa noite!
    Rubí vem me abraçar. — Mais um cunhado.
    — Pois é! — Sorrio para ela. Ela nem imagina.
    — Você já comeu alguma coisa, Safira? — Jade senta ao seu lado, preocupada.
     — Eu comi com o Harris. — Ela sorri.
     — Ótimo.
     — Ele já sabe. — Safira levanta e fica ao meu lado. — Ele já sabe sobre o bebê.
     Jade vem nos abraçar, depois Rubí se junta a nós. — Qualquer bebê Jonhanson é bem vindo.
     — Ele é um Tales também. — Olho para Safira e aperto a sua mão.
     Céus! Ela é minha esposa.
     — Eu vou fazer um bolo para comemorar. — Rubí diz.
     — De chocolate, por favor! — Peço.
     — Claro que sim.
     Olho para minha esposa e dou um último beijo nela, sem me importar com a presença de suas irmãs. Ela devolve o beijo e depois me abraça carinhosamente, me deixando ainda mais apaixonado.
     — Eu preciso ir. Gostaria de ficar mais tempo com você, mas tenho que ir. Prometo que ligo para você.
     — Eu te amo. — Ela me dá um selinho.
     — Adeus, meninas! — Aceno para as suas irmãs.
     — Tchau! — Elas sorriem para mim.
     Saio com um sorriso no rosto não consigo mais parar porque estou muito feliz. Posso dizer que nesse momento, eu sou o homem mais feliz do mundo. Não acredito que consegui ficar com a minha mulher. Também não vejo a hora de todos saberem que estamos casados e Safira começar a dormir comigo.

    — Você não parou de sorrir o dia todo. — Peter também sorri.
    Caminhamos juntos pelo estacionamento e paro para olhar para ele. Ele tem razão, eu não consegui parar de sorrir. É tanta felicidade que eu quero compartilhar com o mundo.
    — Você faz o mesmo quando está pensando na Esmeralda.
    — Fico feliz por vocês estarem bem.
    — Peter, eu vou ser pai. — Olho para as minhas mãos. — Você não imagina como eu estou feliz.
    Ele sorri e bate no meu ombro. — Eu também vou ser pai. Tem a certeza que eu não sei o que isso é?
     — É verdade. E você terá seu filho primeiro.
    — Sim. Essa semana a gente vai saber o sexo do bebê. Espero que ele não esconda. Eu quero muito que seja um menino.
    — Eu quero que seja uma menina. — Digo.
    — Tenho a certeza que Peter vai ter uma menina e você um menino, Harris. — Nicholas se aproxima da gente.
    — Tanto faz. Eles serão muito amados. — Peter responde.
    Renner também se junta a nós. — Se eu tiver filhos, eu quero que sejam todos homens. Mulheres dão dor de cabeça. Não ia conseguir dormir só de pensar que algum idiota ia tentar alguma coisa com elas.
    Eu não tinha pensado nisso. — Bom, pelo menos eu sei que só vou deixar a minha filha namorar aos trinta e cinco.
    Eles riem. — Pois é. Eu também. — Peter ri ainda mais.
    — Eu tenho que ir. Tenho um compromisso importante. — Renner sorri e entra no seu carro.
     — Usa camisinha! — Nicholas diz para ele. — É bom saber que vou ter dois sobrinhos, mas você não vai ter um filho antes de mim, Renner.
    Renner ri muito alto. — Mas sem camisinha é mais gostoso. — Ri mais ainda. — Não se preocupe. Eu não vou engravidar a Rubí enquanto não tiver o meu sobrenome.
     Sorrio com o que ele disse porque eu fiz isso. Engravidei Safira depois de dar o meu sobrenome para ela.
    Renner finalmente vai embora. Nicholas me abraça me parabenizando mais uma vez e Esmeralda se junta a nós, abraçando seu marido.
     — O que estamos comemorando?
     — Harris e Safira estão juntos. — Peter responde. Eu pedi para não contar sobre a gravidez a Esmeralda. Safira disse que faria isso.
    — Isso é muito bom. — Ela me abraça também. — Fico feliz por vocês. Quando será que ela ia me contar?
    — Essa noite. Antes a gente vai sair. Temos umas coisas para resolver.
    Nicholas sorri como se soubesse o que é. — Imagino o que é. — Claro que ele não faz ideia. Vamos para a nossa futura casa.
    — Eu preciso ir. Nos vemos no jantar. Ou amanhã. Ainda não sei. — Rio e abro a porta do meu carro.
    — Melhor voltar amanhã. Precisam matar saudades. — Nicholas responde.
    Fecho a porta e ligo os motores para me encontrar com a minha querida esposa.