Capítulo 03

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LOUISE

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LOUISE

Desde que abri os meus olhos pela manhã, estou me revirando na cama, buscando uma posição que me deixasse confortável ou pelo menos que me permitisse pegar no sono novamente. Ainda estava muito cedo e a casa toda estava no mais puro silêncio. Os amigos de Sacha chegaram ontem à noite e apesar de muitos serem meus amigos também, não quis virar a noite bebendo e jogando cartas. Apenas subi para o quarto e dormi mais cedo do que comumente faço. Era horrível acordar todas as manhãs com essa angústia no peito, encurralando o meu coração. Eu estava na Flórida e tinha que ter em mente que nada do que aconteceu em Los Angeles poderia me seguir até aqui. Aceitei fazer essa viagem para espairecer os meus pensamentos e é exatamente isso o que irei fazer.

Vencida pela impossibilidade conseguir reatar o meu sono valioso, comecei a encarar o teto após um longo suspiro de insatisfação. O meu cabelo loiro estava completamente espalhado pelo travesseiro branco e o tecido macio e fino da minha camisola, era sentindo na minha pele. Adorava usar roupas leves e deixar o meu rosto o mais isento possível de maquiagem. Fechei os olhos por um momento e apreciei o silêncio que habitava o quarto, era uma sensação boa e singela. Não tinha nada que apreciasse mais do que momentos tranquilos assim. É sempre... — meus pensamentos foram interrompidos — Uma música alta atrapalhou todo o meu sossego. Não era um barulho estridente, pois parecia que estava vindo de longe e a letra completamente carente de decência era óbvia. Quem escuta esse tipo de música às seis da manhã?

Praticamente dei um salto da cama, furiosa com quem quer que seja o indivíduo barulhento e com um gosto péssimo para música. Abri a porta que levava até a sacada mediana com vista para o mar e corri até o parapeito, aonde apoiei as minhas mãos e me inclinei um pouco, olhando para as casas que poderiam ser as infratoras. O som vinha de longe, mas mesmo assim, era alto o suficiente para incomodar. Notei uma movimentação em uma das casas e não precisava de muita inteligência para saber que o único irracional e sem noção para fazer isso, era Jason Logan. Será que esse infeliz não sabe que pode ter crianças nas casas vizinhas? Com certeza os alto-falantes da caixa de som devem ser do tamanho de um prédio, porque a casa dele fica bem distante da casa de Sacha e mesmo assim, incomoda muito.

Mas isso não vai ficar assim. Se esse cara pensa que pode incomodar a todos e sair impune, está enganado. Abandonei a sacada e corri até o meu criado-mudo, onde estava o meu celular. O peguei e disquei o número para fazer a denúncia.

JASON

Definitivamente, tornar a sua própria casa, pública, tinha os seus pontos negativos. Coloquei o travesseiro sobre a cabeça, tentando abafar o som ensurdecedor de uma música completamente indecente e que apesar de descrever um ato bem atrativo, não é a melhor maneira de acordar pela manhã. Olhei rapidamente para o relógio ao lado da minha cama e eram seis e dez da manhã. A vizinhança toda foi desperta, com certeza. Meus olhos insistiam em ficarem fechados, pois havia ido dormir mais de uma hora da manhã e cinco horas de sono não bastam. Alguém resolveu aumentar o som, como se a altura já não estivesse alta o suficiente. Não tinha jeito, tinha que me levantar agora.

Ligeira Perfeição Where stories live. Discover now