Capítulo 05

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JASON

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JASON

Fugir dos eventos que era submetido e obrigado a frequentar em Los Angeles devido ao grande nome que minha família carregava era muito difícil. Envolvia todo um enredo e justificativas ou também, saídas de fugas, onde a única alternativa era sumir sem dar explicações. Mas deixar a minha própria festa foi fácil. Nada de planos. Apenas caminhei até a porta e saí. Sem problemas. Era por isso que não me acostumava a uma vida de responsabilidades, tudo era mais burocrático. Bastou colocar o pé para fora de casa para assim me chocar com uma brisa não tão suave. Fazia parte de morar em uma casa de frente ao mar. A pele sempre vai estar luminosa e impregnada com o sal trazido pelas ondas. Me identificava muito com lugares assim. Livres e intensos. A casa de Sacha não ficava tão longe da minha, eram pouquíssimos minutos andando. Comecei a caminhar até lá enquanto admirava o céu escuro e as palmeiras balançando. Isso era sinônimo de calmaria.

Quando cheguei até a casa de Sacha, não vi nenhum segurança ou coisa do tipo. Então, foi fácil entrar sem ser visto. E mesmo após subir as escadas que levavam a pequena varanda onde estava a porta principal, não bati. Apenas entrei. Isso se qualificaria como invasão sem sombra de dúvidas, mas se alguém viesse me receber poderia dar a chance de Louise não querer me ver e não estava disposto a isso. Queria que a minha presença a pegasse desprevenida, que não lhe deixasse outra alternativa, a não ser falar comigo. Havia muito tempo que não colocava os pés nessa casa e tenho que admitir que o gosto para decoração era bem requintado. Não era bem a cara de Sacha, provavelmente foi os pais. Andei praticamente na ponta dos pés, olhando para os lados como um criminoso ou um espião. O único problema era saber em qual quarto estaria a loira. Porém, antes de subir, suponho que seja uma boa ideia averiguar se não está na cozinha. Subir essa escada sem fazer barulho e ter o trabalho de procurá-la em todos os quartos não valeria de nada se ela estivesse em outra parte da casa. Bem devagar, dei passos na direção que presumo ser a da cozinha, na verdade, tem que ser.

Bastou piscar uma vez para que nessa mesma fração de segundos, algo me atingisse na cabeça. Levei a mão no local atingido, grunhindo de dor e resmungando todos os palavrões mais educados do meu vocabulário. Minha visão escureceu em um instante e um zumbido ficou azucrinando o meu ouvido. Era uma dor insuportável e que provavelmente deixaria marcas. Quando finalmente reuni forças para erguer o olhar, me deparei com Louise segurando uma frigideira na mão. Com certeza não esperava por essa.

— Jason? — me reconheceu, visivelmente intrigada, ou melhor, surpresa. — Ah, meu Deus! Você está bem?

— Você é maluca? — a encarei, permanecendo com a mão no lugar golpeado. Foi um belo de um golpe.

— Maluca, eu? — qualquer vestígio de preocupação desapareceu de seu rosto — É você que está invadindo a casa dos outros. Esperava o quê?

— Você dando uma de Rapunzel é que não era. — reclamei, gemendo de dor.

— Está doendo muito? — perguntou, fazendo uma careta ao me analisar. Ah, meu Deus! Tomara que não tenha ficado um machucado muito feio. Estou em plenas férias de verão. Isso não pode acontecer.

Ligeira Perfeição Where stories live. Discover now