Não diga nada- Parte 2

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Ninguém disse que seria fácil

°•°•°

Uma lágrima desceu por seu rosto, solitária, sem rumo, assim como se sentia. Sozinho. Despedaçado. As palavras que ecoavam por sua mente ainda lhe feriam, desperdiçando o seu coração lesionado. Engolindo o bolo que subia por sua garganta, querendo derrama-se em lágrimas apenas por saber como ela havia ficado. O que eles tinham feito? O que eles tinham falado? O quê?

Passou a mão por seu rosto soluçando, encarou a rua movimentada daquela madrugada. Sentado no banco do seu carro, esperando o tempo passar, esperando que aquela dor fosse embora. Esperando que tudo voltasse no tempo e as coisas não tivessem acabado daquela forma. Não imaginava que poderia ser tão difícil, ele se sentia tão traído. Ainda por cima pela pessoa que ele mais amava.

Mais lágrimas desceram, mais soluços saíram. As palavras ecoavam, as cenas lhe traziam mais dor. Os olhos dela piscava em sua mente, mostrando dor e arrependimento. Os lábios gritando lhe dizendo que era para parar, as mãos tremendo de medo.

Limpou o seu rosto mais uma vez, tentou controlar a vontade de chorar. Respirou fundo e dirigiu para o único lugar onde se sentiria seguro, onde poderia deitar sua cabeça e chorar até o pranto sossegar. Onde saberia que o acalento lhe esperaria mesmo que ela tivesse machucada.

Ligou o motor e dirigiu, as ruas passavam como um borrão, as luzes da noite não lhe causava encomodo. Os sinais de trânsito não pareciam existir, as poucas pessoas não eram importantes. Nada era importante. Nada. Nunca pensou que poderia está e ficar mais machucado do que há sete anos, a dor mais difícil de sentir.

Nem percebeu quando chegou em frente daquela porta, tocou a campainha e esperou. Esperou. Poderia ter ser passado horas, dias, anos, ele nem sabia; apenas precisava desabafar,as lágrimas ainda desciam e ele nem lembrou-se de enxugá-las. Elas demonstravam como estava destruído, gritava em pensamento que ela não devia ter feito isso. Não omitir que tinha filhos.

A porta abriu, pareceu em câmera lenta. A imagem dela surgiu na sua frente, usando um hobby branco, os cabelos amarrados a expressão de sono em sua face que foi mudada para preocupada assim que lhe viu.

- Bryce?

A voz saiu rouca, fraca graças ao sono interrompido. O moreno jogou-se nos braços dela enquanto permitia-se chorar mais uma vez, deixando os soluços escaparem, apertando o corpo magro contra o seu em um abraço desesperado. Sentindo as mãos quentes dela contra suas costas em uma carícia tão propícia dela.

- O que houve?

A voz mais uma vez estava preocupada, ele sentiu-se mais terrível e insensível. Ele tinha machucado ela há algumas semanas, ele tinha visto ela chorar e foi embora. Entretanto, ela estava ali lhe apoiando quando deveria virar as costas. A culpa lhe destruiu por dentro. A dor lhe consumiu em fagulhas subindo por seu corpo, saindo em lágrimas e soluços altos.

- Bryce...

A voz doce e suave lhe mostrando que iria ficar "tudo bem". Mas ele sabia, não ficaria. Nunca mais ele ficaria bem, não quando tudo o que houve há alguns minutos atrás passava por sua mente como um filme. Não quando ele corria para os braços de Daisy quando Addison tinha destruído o seu coração. Esse incapaz de ser remendado.

- Vem. - Daisy disse calma. Soltou-se do moreno fechando a porta e lhe levando para o sofá da sala onde se sentou e Bryce deitou sua cabeça na perna dela sentindo as carícias em seus cabelos. - O que foi? Por que você está chorando?

Os filhos de Bryce HallTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang