CAPÍTULO DOZE

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Scarlet Smith 

Empurro a mala até o canto afastado do quarto alugado no único hotel do Condado e vou até a cama rústica de madeira antiga. O colchão é macio e isso quase me faz sorrir. Estico as pernas para frente e tento relaxar, mas meus pensamentos são traiçoeiros e me fazem reviver os acontecimentos vividos hoje mais cedo.

Fecho os olhos e relembro, com exatidão, os minutos que antecederam nosso encontro.

Estava escutando, com atenção, o discurso colérico e familiar de Elizabeth sobre como os tempos modernos ajudaram no plantio da fazenda e de como as coisas haviam progredido.

Por que perco meu tempo tentando ignorar o medo que se arrasta sempre que o assunto viaja até ele?

Seus pais não tocaram em seu nome e talvez tenha sido um presságio para mantê-lo longe de mim.

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. . . Horas atrás . . .

— Como é a cidade grande, querida? Fiquei sabendo que a criminalidade aumentou nesses últimos anos... — Elizabeth perguntou, movendo a cadeira de balanço para frente e para trás.

— Sim, as coisas têm ficado difíceis nos últimos tempos. Não podemos mais andar no mundo da lua. Atenção redobrada em qualquer esquina.

— Meu Deus, que horror... — Elizabeth tapou a boca com a palma da mão, horrorizada. — Não consigo nem imaginar como deve ser. Vamos mudar de assunto, de notícias ruins basta ligar a televisão — ela gesticula para cima, fazendo o sinal da cruz — Esses dias encontrei algumas fotos perdidas em um álbum antigo, vou pedir para Ryder te mostrar qualquer hora.

— E eu vou adorar rever.

Depois disso foi como vivenciar o apocalipse, o tempo fechou e eu senti a presença dele.

De todas as maneiras que o mundo poderia me oferecer para me preparar, ele me entregou a forma mais pura e sem preparo que poderia existir.

Simples como respirar.

Fácil como piscar.

Mas igualmente dolorosa.

Enganei a mim mesma quando bati o pé e disse que estaria pronta para vê-lo novamente. Independentemente de como seria esse reencontro, jurei que nada mais me abalaria.

Desde quando ele está parado aqui? Pensei, quando olhei para o lado e o vi ali, em pé, estagnado no lugar sem se mexer.

Tentar enganar a si mesma é o primeiro passo para a própria destruição.

Eu não estava me enganando. Fiz pior do que isso.

Me convenci de uma mentira sem fundamentos. Fiz meu coração acreditar que Dominick já não exercia sobre mim os efeitos de antigamente.

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