•Noite com climão.•

12K 842 372
                                    

LENNON

Ainda forçado pela Daniela eu tava na boate.

  Sendo sincero, eu odeio boates também. Prefiro um baile, até mesmo uma roda de samba. Aqui eu me sinto meio fora da casinha.

  Tava sentado com o Geizon e o Orochi num sofá mais afastado.

— Isso aqui tá uma merda hein. — Orochi resmungou acendendo um cigarro.

— De imaginar que tá tendo baile lá no Vidigal essas horas... — Eu disse enquanto imaginava como deveria e estar melhor que aqui.

— Vamo colar lá então, pô? — Geizon disse me cutucando e eu neguei.

— A Dani não gosta de baile. E eu quero curtir um pouquinho com ela também, amanhã ela viaja. — Dei de ombros.

  Beberiquei um pouco da minha cerveja e observei o andar que a gente tava. Tinha muita gente chata pra caralho.

— Ih cara, tu quer curtir a mina, mas desde que chegaram tão cada um no seu canto. — Orochi comentou.

— Eu até tinha pensado que vocês tinham tretado. — Geizon falou de completamento.

  Neguei suspirando.

— Eu não gosto de ficar em cima dela. É chato! — Dei de ombros.

— Mas vocês são namorados ou não porra? — Orochi falou com indignação.

— Ih Flávio, nem é essas ideia. Questão de cada um ter seu espaço também né? — Falei meio irritado.

  Aquela assunto tava me deixando desconfortável pra caramba.

— Não tô falando nisso também né? Mas é intimidade. Ceis tão juntos há um ano, mas fica inseguro sobre como trata sua namorada. — Orochi disse suave.

— Tá porra. Levou na cara agora. — Geizon agitou.

  Gargalhei negando.

  Eu até começaria me explicar, se o Geizon não começasse a falar primeiro.

— Quem que é o coroa com a Mavi? — Ele tava com o olhar em uma direção. Precisei seguir para achar a Mavi acompanhada de mais três pessoas, uma delas era o Vitor, pai dela.

— Novos tempos, pô. Deve ser algum namorado. — Orochi sugeriu.

  Neguei com a cabeça.

— É o pai dela! — Respondi.

  Levantei pra ir cumprimentar.

  Apesar de tudo que eu vivi com a Maria Vitória, ele sempre me considerou muito. Não posso negar que ele tá no meu coração também.

— Grande Vitor!

  Chamei a atenção dele que me olhou sorrindo.

  Demos um toque de mão e ele me puxou pra um abraço.

— Caralho cara, quanto tempo! — Ele falou fazendo um carinho sútil nas minhas costas.

nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora