•Agora eu tenho dois problemas•

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LENNON

Yá? Yasmin? — Acordei ela.

— Ih caralho, que saco. — Ela falou mal humorada. Mas estava mais sã que antes.

— Eu tô doido ou a Mavi tá flertando com o Bruno, mano? — Perguntei vendo um perto do outro até demais.

— Mano ali é o Bruno? — Ela perguntou surpresa.

— Tá cega agora é? — Perguntei recebendo um tapa. — Aí caralho.

— Sim parece... Na verdade... Eita porra.

  Não deu tempo dela achar nada, Mavi arrancou um beijão do Bruno que se quer afastou.

  Senti o ar faltar e meus punhos cerrarem.

— Calma aí, cê tá com essa cara porque? — Ela perguntou.

  Eu levantei com certa raiva.

— Vamo embora, agora! — Falei sentido o meu peito falhar.

— Você não tá com ciúmes da sua ex né? — Ela perguntou irritada.

  Bufei dando as costas pra ela.

  Se Yasmin não fosse, eu iria sozinho!

   Tentei procurar a chave do carro no bolso, mas não achei eu não tinha ideia onde estava. Só pra melhorar tudo.

— Você tá maluco caralho? — Yasmin apareceu no estacionamento com os saltos nas mãos.

— Cadê minha chave Yasmin? — Perguntei ainda conferindo os bolsos, por mais que saiba que não estavam ali.

— Lennon você não vai dirigir bêbado e transtornado do jeito que tá. — Ela falou se aproximando aos poucos.

— Eu só quero ir embora Yasmin. — Falei sentindo meu coração descompassado.

— Para de show agora! A Mavi é solteira, e você é muito bem comprometido. Para de histeria. — Ela disse irritada e eu bufei fechando os olhos.

  Tentei recuperar o fôlego.

— Eu não tava pronto pra ver ela beijando outra pessoa Yasmin. — Confessei.

— Lennon você não tava pronto pra VER ela, mas tudo bem, isso é assunto pra quando você estiver são. Agora você vai me esperar aqui que eu vou atrás da chave do seu carro e eu mesma dirijo. — Yasmin falou sem me dar chance de negação.

  Fiquei ali sozinho com aquela cena dela sorrindo pra ele, e em seguida beijando... Como se...

  Eu to com muita raiva de achar que ela teria empatia vez na vida.

DIA SEGUINTE

Acordei sentindo minha cabeça latejar.

Eu com certeza nunca mais vou colocar uma gota de álcool na boca.

— VIDA?

Daniela entrou no quarto gritando e eu precisei tapar os ouvidos pra minimizar a dor que senti.

— Não grita. — Pedi baixo.

— Não tô gritando. Só vim dizer que o Papatinho te ligou umas duas vezes. — Ela falou.

Senti a cama do meu lado afundar, mostrando que ela tinha deitado.

— Hum. Depois eu atendo. — Cobri a cabeça.

Suspirei achando que ia poder voltar dormir, mas Daniela sem explicação puxou o meu edredom.

— Ih qual foi? — Perguntei irritado.

— Vamo reagir. Vou fazer uma vitamina pra você. — Ela falou levantando e abrindo a janela.

Eu amo a Daniela, mas as vezes eu fico bolado com essas coisas dela.

— O Daniela, para de querer ajudar todo mundo o tempo inteiro. Eu só quero d-o-r-m-i-r. — Falei sentindo a minha cabeça latejar.

A Dani me encarou em silêncio por alguns segundos e saiu batendo a porta.
Da sala ouvi ela gritar.

— GROSSO!

Bufei levantando com dificuldade.

Agora eu tenho dois problemas, minha ressaca e tentar fazer as pazes com ela.

nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora