•Era o que eu pensava.•

10.8K 817 391
                                    

MAVI

  Depois do vexame da Índia, Geizon acabou levando ela pra casa.

  E eu bem que notei que a Dani não tinha voltado, e a Yasmin também já tinha ido embora.

  Lennon estava sozinho e pensativo. E eu tentei não ligar pra isso, mas eu já tava sem filtro também. Acabei arriscando em ir lá.

  Sentei um pouco afastada dele e ele nem tinha me visto ainda.

— Porque você foge tanto de mim? — Perguntei e sem querer assustei ele.

— Que isso garota! — Ele colocou a mão no coração.

— Porque você foge? — Perguntei de novo.

  Mantive os olhos focados no dele.

— E eu tenho o que pra falar contigo? — Ele perguntou com ignorância. Mas eu sabia que tava na defensiva.

— Você me evita, assim como o dia foge da cruz. — Disse dando de ombros. — Quero entender o porquê.

  Lennon ficou alguns segundos olhando pro meu rosto, como se buscasse alguma resposta.

— Vitória, você me deixou da forma mais insensível e você quer que eu tenha alguma consideração por você?

  Ele pareceu ser bem mais sincero agora.

— Lennon, eu não fui insensível. Fui verdadeira. — Falei sincera.

— Não, não! Uma coisa é ser verdadeira e outra é ser insensível, sem empatia, sem consideração tá ligado? — Ele disse.

  Consegui entender. Lennon tinha magoa de mim por uma coisa bem injusta.

— Lennon, você queria que eu mentisse pra você? Queria realmente continuar num relacionamento falso? — Perguntei e vi ele se calar. — E acho que foi justo eu ter ido embora. Olha a mulher maravilhosa que você conseguiu agora.

  Lennon abaixou a cabeça. Umedeceu os lábios e ergueu o olhar pra mim de novo.

— Agora eu vou ser sincero contigo Maria Vitória. — Assenti. — Eu te amei, muito. E não vou dizer que não doeu te ver indo embora. Mas agora eu tô bem melhor. A Daniela é perfeita pra mim, mas acho que não precisava ter passado pelo que eu passei.

— Não acho certo você querer responsabilizar outra pessoa pela sua própria felicidade. Você procurava em mim algo que eu não podia te dar Lennon. — Falei sincera.

  Ele riu fraco abaixando a cabeça.

— Amor, né Maria Vitória? — Ele disse irônico.

— Não, amor próprio. — Afirmei e ele me olhou indignado.

— Você foi a pior coisa na minha vida.

  Nunca pensei que me machucaria com palavras, mas acabei de ver que não é algo impossível.

  Isso doeu muito até.

— Desculpa. — Foi a única coisa que eu consegui dizer.

  Eu nunca quis machucar ele. E nem fazia ideia desse rancor que acabei deixando nele.

— Mano, hoje eu quero curtir a vida. Vive a sua também. — Ele desviou o olhar.

  Assenti.

— Você tá certo. — Levantei.

  Pensei em dizer mais alguma coisa pra ele, mas tava claro o quanto minha presença pra ele não é nenhum pouco bem-vinda.

  Segui reto até onde meu pai estava.

— Pai? A gente pode ir embora? — Perguntei sentindo um nó na garganta.

  Meu pai me encarou e foi como me ler. Ele tinha entendido.

— Claro! — Ele falou.

  Acenei pra todo mundo e desci aquelas escadas o mais rápido que eu pude.

  Acabei de perceber que tava bêbada demais. É o único momento que eu fico frágil o suficiente para deixar meu coração vacilar desse jeito. E eu nem sinto mais nada pelo Lennon.

  Pelo o menos era o que eu pensava.

$.$

Curto pq eu n pensei que estaria bêbada tão fácil aqui KKKKKK gente eu não tô sabendo nem escrever aqui. Desculpa!

nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora