•Você é uma das pessoas que mais importam pra mim.•

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LENNON

Tava acontecendo de novo, só que dessa vez eu não conseguia dizer uma única palavra.

— Você achou mesmo que era além de sexo? — Ela perguntou gargalhando. — Não se ilude Lennon.

Senti a pior dor pela segunda vez.

— Vai embora, vai!? — Ela mandou enquanto levantava da cama com a maior naturalidade.

— Quando eu quiser foder de novo, eu te chamo. — Ela entrou dentro do banheiro.

Sentei na cama sem entender nada. Eu realmente tava achando que a gente tava se entendendo e, me sinto um idiota.

— Lennon, eu tô falando sério. O Bruno daqui a pouco vai chegar aqui. — Ela falou reaparecendo no quarto.
Levantei indo até ela.

— Eu fui idiota de novo né? — Perguntei próximo do rosto dela.

Ela estava fria, isso doeu tanto!

— Sim, você foi. — Ela disse simples.

Segurei a lágrima que tava querendo descer, eu não ia chorar na frente dela de novo por mais que estivesse estraçalhado por dentro.

...

Levantei assustado e um pouco desnorteado, meu coração tava acelerado demais.

Olhei em volta do quarto e percebi que foi tudo um sonho. Um dos piores sonhos com certeza!

Vitória não tava na cama isso me deixou ainda angustiado. Eu queria ver ela pra me aliviar e ter certeza.

Nem fui no banheiro já fui direto pra sala. Mas quando eu cheguei no pé da escada escutei uma das músicas favoritas dela. Continuei descendo as escadas e vi ela com a minha camiseta enquanto passava pano no chão da sala.

Suspirei aliviado.

Vitória percebeu a minha presença e sorriu animada.

— Bom dia!

Ela deixou o rodo de lado pra vir na minha direção.

Podia ser besteira, mas eu ainda tava traumatizado do sonho. Pra mim a qualquer momento ela me mandaria embora.

— Que carinha é essa? — Ela me deu um selinho rápido.

Neguei sorrindo um pouco forçado.

Vitória me abraçou de um jeitinho torto.

— Se você quiser ir tomar café, eu só vou terminar de passar pano aqui. — Ela disse de um jeito doce.

Ela tava agindo estranho e eu até que estou gostando disso.

— Beleza. E abaixa um pouco esse som aí. — Fiz uma careta.

Peguei um pouco de ranço de sorriso maroto e eu já tenho ideia do porquê.

— Abaixa nada. Canta comigo aqui. — Ela estendeu a mão como se fosse um microfone pra mim. — Em qualquer lugar, pode ser aqui perto ou longe daqui. Numa noite estrelada de amor em Madrid.

Revirei o olho.

Beijei a bochecha dela indo pra cozinha.

Ela ainda age como se o Bruno fosse só um ídolo e não o cara que tá fodendo com ela. Isso me incomoda pra caralho.

Saber que ele tem o amor dela desde a adolescência me deixa inseguro.

...

Já tava tomando café enquanto mexia em alguma coisa no celular, mas fui surpreendido com a Vitória sentando no meu colo.

— Tá comendo o que? — Ela perguntou pegando uma das minha torradas.

Abusada.

— Qual foi passa fome!? — Reclamei.

— Oh, você tá na minha casa. — Ela disse rindo.

Abracei a cintura dela, apoiei o rosto nas costas dela e suspirei. Tava morrendo de sono. Se não fosse pelo pesadelo eu ainda tava dormindo.

— Que foi? Tá com sono? — Ela perguntou me fazendo levantar a cabeça pra encarar.

— Você me quebrou ontem. — Brinquei e ela riu tímida.

— Eu avisei que tava com fogo, você não me ouviu. — Ela deu de ombros.

— Ontem tava impossível. — Mordi o ombro dela.

— Você tava estranho quando acordou, agora pouco. — Ela me encarou melhor.

— Tive um pesadelo de que você tava me mandando embora de novo. Dizendo que era só sexo e tal. — Disse sem importância.

Esperei uma gargalhada da parte dela, mas Mavi ficou quieta e séria.

— Eu te traumatizei tanto assim? — Ela perguntou um pouco triste.

Ué?

— Um pouquinho. — Disse sincero.

Vitória suspirou.

— Não quero que você seja dependente emocional de mim, mas também não espera mais atitudes assim da minha parte. — Ela beijou a ponta do meu nariz.

— Eu te amo. — Fechei os olhos encostando nossas testas.

— Você é uma das pessoas que mais importam pra mim, tá?

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nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora