•Tequila.•

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MAVI

Gargalhei alto e exageradamente.

— Você mesmo quem falou. — Ele disse pegando um sushi também.

— Lennon, na época que a gente se pegava você era. — Menti.

— Você continua negando que a gente namorou né? — Ele insistiu nisso e eu suspirei.

— Não houve pedido. — Dei de ombros.

— Existem certas coisas que não precisam ser pedidas. — Ele disse com o tom de voz baixo.

Respirei fundo. Eu não queria brigar com ele.

— Lennon a gente tá numa paz tão boa, não vamo brigar não!? — Sugeri e ele assentiu.

Focamos no filme e pra falar a verdade eu só tentei. Tava um clima tão chato.

— Eu vou dormir, quer ficar por aqui? — Perguntei levantando.

Óbvio que eu tava com expectativa dele querer dormir comigo. Parece que eu relaxo mais com ele.

— Na verdade eu já vou. — Ele levantou também.

Bufei mostrando descontentamento com isso.

— E você veio aqui à toa? Dorme aí, pô. — Tentei que ele ficasse.

— Tenho que ir pra casa, se não eu ficava.

Lennon deu dois passos ficando frente á frente comigo. Ele tava tão perto que eu achei que ia me beijar, mas foi só um abraço.

Por estarmos sem camiseta, ficou bem cômodo estar abraçada com ele. Aproveitei pra arranjar sutilmente as costas dele, e eu recebi o tremor do corpo dele como resposta.

Sorri satisfeita.

A gente se afastou e ele fez questão de antes de estar completamente separado de mim, dar um beijo no meu pescoço. Ele usou a mesma tática que eu, o ponto fraco!

— Amanhã me liga pra dizer como você tá. — Ele falou pegando a camiseta no sofá.

— Tá bom.

...

Dias depois.

— Amada, que barriga linda. — Comentei vendo a Índia chegando na nossa rodinha.

— Depois de amanhã vai dar pra saber o sexo. — Ela disse empolgada.

Nasci pra ver a Índia se animar pra ter um bebê.

— E os nomes? — Chris perguntou.

— Se for menino Kayuã e se for menina... Akasha. — Ela olhou sorridente pro Xamã.

Pelo visto eles já tem uma preferência.

— E vamos de oração pra que seja menina. — Orochi brincou e Índia mandou o dedo do meio pra ele.

— Por mais que o Geizon seja um índio falsificado, eu cresci na minha cultura. Tenho meu lado Guiarrá. — Ela disse com carinho.

Poucas vezes eu vi a Sabrina dizer sobre seu povo. Ela nem mesmo usa o nome indígena.

— Guiarrá é tão lindo, você devia usar mais! — Lana aconselhou e ela negou.

  Ficamos naquela vibe de esquenta até o aniversariante vir pra perto da gente.

— Finalmente o aniversariante! — Abracei o Matheus de lado.

— Pô da hora que cê veio, maluca?!

  Eu e o Matheus nos conhecemos quando ele namorou a Carol ha anos atrás, de começo eu não fui com a cara dele, mas depois que conheci de verdade virou meu fechamento.

— Tem tequila no bar!

$.$

Capítulo curto pra informar que a tia tá desmotivada.

nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora