•Que loucura!•

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LENNON

— Lennon?

Ouvi alguém me chamar. Tentei reconhecer alguém, mas não achei. A praia tava lotada hoje.

— Ei!?

Daniela parou na minha frente. Quase saltei os olhos pra fora quando vi a coisinha pequena nos braços dela.

— Oi! Caraca, ela tá enorme. — Disse vendo a filhinha dela me olhar com curiosidade.

Eu nunca tinha visto a Clarinha pessoalmente, só nas fotos que a própria Daniela posta.

— Tu quer pegar? — Ela perguntou e eu assenti já estendendo o braço.

— Ela é tão pequenininha né? — Falei segurando a pequena que me olhou ainda mais curiosa. — Oi meu amô, você tá olhando pá mim com esses oião. — Brinquei e ela riu.

— Deixa eu apresentar... — Daniela disse me mostrando uma mulher alta.

Supus ser a namorada dela.

Pelo que eu falei com a Dani nos últimos tempos ela me explicou que foi em um show do Bryson Tiller algumas semanas depois da gente ter terminado. Ela acabou indo no camarim dele, depois de alguns copos os dois transaram e então Clarinha foi concebida. Mas nunca chegaram namorar ou coisa do tipo.
Bryson é um pai babão e se da muito bem com a Dani, pelo que ela fala.

Agora Bailey, a atual namorada dela faz apenas alguns meses que se conheceram em Los Angeles que, é onde ela mora agora.

— Tudo bem? — Cumprimentei em português mesmo sabendo que ela não sabia falar muito bem.

Eu e a Daniela depois do término ficamos muito amigos, mas esses meses acabamos nos afastando um pouco.

— Dani?

Mavi apareceu do meu lado.

— E aí Mavi!? — Ela abraçou a pequena que sorriu sincera.

— You must be Bailey? — Mavi perguntou em inglês e eu não entendi muito.

A tal Bailey respondeu em inglês também.

— Cadê a Clarinha? — Mavi perguntou pra Dani que apontou pra mim.

Vitória me olhou e sorriu pra pequena.

— Você é muito lindinha. — Ela fez um carinho na neném que riu.

Eu acho essas coisas muito injustas. Eu dou cambalhota pra essas crianças rirem, aí chega a Mavi e diz um simples oi e as crianças ficam todas sorridentes. Que ódio!

Ficamos conversando entre nós quatro enquanto paparicávamos a pequena. Mas não demorou pra elas irem embora e deixarem eu e a Vitória sozinhos de novo.

— Ela é a cara do pai. — Mavi disse brincando com uma das minhas mãos.

Ela tava no meio das minhas pernas um pouco inquieta.

— É mesmo. Totalmente. — Confessei.

— Você não quer mesmo ter filho né? — Ela perguntou com um pouco de humor na voz.

— Não. — Fui sincero.

Percebi que eu sempre quis ter filhos pra me sentir amado. Ter uma família pra suprir meu egoísmo. Hoje em dia eu tô realmente com outras metas.
Depois da Mavi ter me forçado a ir numa psicóloga, eu tenho pegado gosto pela coisa e tenho ido por vontade própria. E tudo nem é a mesma doutora que atende ela, mas tem me ajudado bastante me encontrar dentro da minha cabeça. E essas idas só me fizeram reforçar isso.

Eu não quero mais ter filhos.

— É que você tem sempre um jeito tão especial de olhar para as crianças, eu acho que você daria um ótimo pai. — Ela murmurou me deixando surpreso.

Mavi sempre reforçou a ideia de não ter filhos. E sim viajar o Brasil e o mundo.

— você também se dar muito bem com as crianças, mas não quer dizer nada. — Falei beijando o topo da cabeça dela. — Acho que quando a gente se ajeitar direito nesse negócio de psicológico e tentar arriscar alguma coisa a gente devia colocar o seu plano em ação e sair viajando. — Comentei e ela assentiu.

  Continuamos naquela paz sentindo o calor do sol de um sábado de quase 30 graus.

  Eu acho que eu estou feliz assim. Não mudaria nada. Agora eu entendo a Mavi completamente nessas paradas, que loucura!

$.$

Roi🙈🙈🙈

nada é pra sempre | L7NNONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora