Só que dessa vez o Chris tava junto e eu como uma boa amiga, fiquei fazendo ponte pra ele chegar na Carol, mas eu não tenho ideia de qual era o mais mongo.
— Quem vem na alta? — Perguntei pegando a bola que tava ali.
— Se eu for você vai passar mal. — Lennon disse.
Encarei ele com deboche.
Faziam alguns dias que éramos amigos e eu tava até que curtindo.
— Ah então vem. — Desafiei.
Ele levantou vindo até a minha frente. Dei o primeiro toque e ele chutou mais alto achando que eu não pegaria, mas eu aproveitei o impacto pra jogar bem mais alto pra ele. Lennon até tentou pegar, mas a sincronia dele falhou. A bola caiu e eu não pensei duas vezes pra começar gastar ele.
— Ala! Tô esperando você vir me deitar. — Gritei vendo ele rir.
Voltamos a jogar direito e por um tempo só tava a gente ali jogando. Ele ainda tem o mesmo poder de transformar o nosso redor em nada, sempre curti isso. Essa vibe.
Ficamos ali até o sol ir embora. Decidimos tomar um banho e ir comer alguma coisa. A india negou, falou que ficaria em casa. Eu estranhei e preferi perguntar quando estiver apenas nós duas.
...
Chegamos em casa e a Carol falou que ia tomar banho primeiro, e foi perfeito, já que eu fiquei sozinha com a Índia.
— Vai falar quando o que que tá rolando? — Perguntei sentando do lado dela no chão do quintal.
— Tá doida? Tô suave! — Ela disse sem olhar pra mim.
— Fala logo, pô! — Pedi e ela negou. — É com o Geizon? Por que se for eu bato nele.
— Mavi, relaxa! — Ela falou cabisbaixa.
— Você nunca ficou assim Sabrina, relaxar é o caralho. Eu vou matar o Geizon, fala pra mim que que...
— Eu tô grávida Vitória.
Parei tudo. Nem piscar eu consegui.
— Que?
— Isso aí. Tô grávida, buchuda, prenha, gestante, gra...
— Caralho eu entendi, mas... Como? — Perguntei sentindo o suor frio da minha mão.
— Assim, Mavi. O Geizon foi lá me come...
— Cala boca Sabrina, é sério, cara!? Ele já sabe? — Perguntei preocupada.
— Óbvio que não, nem sei se vou continuar. — Ela disse abaixando a cabeça.
— Quando você descobriu? — Perguntei abraçando ela de lado.
— Faz um duas semanas.— Ela disse.
Pensei em repreender ela por não ter me contado, mas tudo que ela não precisava era de julgamentos agora.
— Pode contar comigo tá? Pra qualquer decisão, tô contigo! — Disse e ela suspirou assentindo.
Acabou que eu decidi ficar com a Índia e não ir jantar com o pessoal. Falei pra Carol que tava me sentindo mal e ela se preocupou, eu tranquilizei ela dizendo que não era nada demais.
Então o resto da noite eu e a Índia passamos juntas, assistindo filme e comendo porcaria. Ela riu no filme, isso era muito bom!
...
Índia tava no quinto sono no sofá e eu tinha cochilado, mas acordei com a campainha. Cambaleando eu fui atender.
Abri a porta e vi todo mundo ali. Geizon foi o primeiro a passar.
— Cadê a minha mulher? — Ele perguntou.
— Tá cego é? — Brinquei e ele me mostrou o dedo, indo pro sofá. — Tão fazendo o que aqui? — Perguntei fechando a porta.
— Geizon veio buscar a amada e viemos perguntar se a Laura pode dormir aqui. — Lana disse e então eu notei a presença da piveta.
Lennon segurava ela nos braços.
— Fala que sim logo, e me deixa botar ela em algum lugar. Meu braço tá dormente já. — Lennon reclamou.
Dei risada.
— Vem, coloca ela no quarto de hóspedes. — Tomei a frente subindo as únicas sete escadas que davam pro corredor dos quartos.
Segui até o primeiro e abri pro Lennon passar com a garota. Ele colocou ela com cuidado na cama.
— Que que rolou? — Perguntei.
— Pra variar ela bebeu todas, deu pt. Aí a Lana não quer que a mãe delas veja ela nessa situação. — Ele explicou.
Assenti dando passagem pra ele.
Fechei a porta e virei pra frente, mas acabei dando de cara com ele. Precisei de alguns segundos pra me afastar e tomar noção.
— Eu. Eu já vou dormir. — Avisei ainda meio confusa.
— Verdade, nem perguntei se você tá bem. A Carol falou que você tava meio mal. — Ele disse e depois passou a língua na boca. E essa boca dele...
Meu Deus, me perdoa Daniela!
Abaixei a cabeça pra evitar pensamentos do tipo.
— Tô bem. Só preciso dormir um pouco. — Ergui o olhar, só que dessa vez do nos olhos dele. — Boa noite Lseven. — Sorri de lado e ele esticou a mão pra fazermos hi-five.
Bati na mão dele e sorri uma última vez antes de dar as costas e ir pro meu quarto.
Que merda é essa que acabou de acontecer? Espero que seja só confusão da minha cabeça.