Capítulo 38

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As coisas não haviam ficado muito agradáveis depois do incidente da espada. Draco estava sendo vigiado pelos Carrow, que começavam a acreditar na versão de Bellatrix, onde era uma possibilidade ele ter se aliado com o inimigo, mas o garoto negara até o fim.

O grupo que ousou tentar surrupiar a espada, um artefato pertencente à escola, foi duramente torturado, a ponto de passarem um bom tempo na ala hospitalar desacordados. Uma semana após o plano e eles ainda continuavam por trás das cortinas sendo tratados por Madame Pomfrey, que quase tivera um infarto ao ver cinco alunos naquele estado lamentável. Por mais que tentasse, não concederam seu pedido de os levar ao hospital Saint Mungus, onde teriam uma estrutura melhor para recebe-los; frustrada, seguiu com o tratamento com ajuda de Horácio e Minerva, que seguiam a auxiliando no que era preciso.

Como se não bastasse, a escola parecia ter entrado em colapso, deixando as coisas cada vez mais complicadas e propícias às torturas dos comensais. Os grifinórios estavam revoltados com o que houve, pois os dois irmãos não pouparam detalhes do ocorrido, usando-os como um exemplo. A Sonserina se divertia com tudo aquilo, aproveitando o momento para provocá-los e atacar mais os lufanos, tendo como apoio alguns alunos da Corvinal, que se dividiam entre ambos os lados.

De todo aquele caos o que deixava o Malfoy mais perplexo, era o modo de como alguns grifinórios e lufanos se renderam às trevas. Bom, aquilo era algo esperado da Sonserina e “aceitável” da Corvinal – já que ambas as casas sempre tiveram uma relação próxima –, mas definitivamente não esperava aquilo das outras duas. Não era algo tão comum. Mas tudo isso só mostrava o que momentos de desespero poderiam fazer. Sabia que muitos tinham a família ameaçada e se rendiam para dar sua vida em troca da deles, mas sempre haviam os que realmente acreditava na visão retorcida do Lorde das Trevas.

Era fim de tarde quando sua presença foi solicitada a sala do diretor. Snape havia voltado após três dias de ausência na escola, pois estava prestando outros serviços para Voldemort, o que significava que teria mais informações sobre a situação externa ao castelo. Seu coração batia rápido, pois sabia sobre o feito do trio no Ministério, mas com a saída do homem não pode obter tantas informações, apenas o que ele lhe informara em carta – informações superficiais sobre todos os assuntos, esse em especial.

Com a tentativa de furto a sala de Severus, ele havia reforçado a segurança, mudando e reforçando os feitiços, o que incluía a troca da antiga senha de entrada. A gárgula que guardava a porta o encarava sem se mover, precisava analisar suas intenções e se era mesmo a pessoa quem o diretor estava esperando. Com um pequeno aceno, deu a deixa para que falasse a palavra passe.

- Prince.

Era fascinante a forma que tudo que o rodeava o Diretor continha uma parte de seu passado, algo que o havia marcado de maneira tão profunda, que levava consigo para o resto de sua vida. Assim era com alguns objetos que decoravam sua casa, com as senhas, o que comia. Todas suas memórias felizes ou não eram fortemente reforçadas em sua realidade, passando para sua vida externa de alguma maneira.

Entrando na sala, já pode ver a expressão cansada do homem sentado atrás da mesa central. Os olhos negros estavam adornados com olheiras escuras e sua postura passava o real estado que estava. Com um movimento da varinha conjurou um abaffiato e protego, deixando o local seguro o bastante para sua conversa.

- Há muita coisa para conversar, sugiro que se sente.

- Certo.

Quando se ajeitou devidamente na cadeira, duas xícaras pratas se materializaram. Uma para ele e outra para Snape. Um bule suspenso no ar os serviu com um café quente e aromático, fazendo seus corpos relaxarem. Sem hesitar, o Malfoy pegou sua xícara e começou a bebericar o líquido quente antes mesmo do homem dizer algo.

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