Capítulo 18

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O clima estava relativamente agradável no dia, o céu ainda nublado mostrava aquela calmaria que antecipa a tempestade. Harry estava confiante. Mais do que qualquer coisa, ele sabia que conseguiria pegar a lembrança de Slungorn aquela noite; logo seguiu rumando a casa de Hagrid.

Draco o observou saindo em busca do último elemento necessário para saber a verdade. Com um certo pesar, eles se cumprimentaram com um leve sorriso e cada um seguiu para um lado. Hermione e Ron estavam tão apreensivos quanto o loiro em relação ao que aconteceria a seguir. Com o armário concertado, os comensais viriam a qualquer momento, isso era algo que ele não poderia controlar. 

Diante do objeto escuro Draco, Ron e Hermione conversavam sobre os últimos detalhes. A garota sentia uma forte angústia desde o momento que acordara naquela manhã. Estava pressentindo algo, nada bom viria dali em diante, isso ela não poderia negar.

Seus dedos entrelaçavam aos do loiro num ato desesperado por contato, tudo em busca de uma paz que só ele emanava para si. 

- Temos que estar preparados. – disse Draco sério.

- Não entendo porquê Dumbledore mandou que seguisse com isso. É loucura, não acham? - comentou o ruivo.

Draco ainda estava enfurecido com o acontecimento da noite passada. As lembranças do Diretor o afetaram muito. - Aquele velho manipulador. - Mas não poderia fazer nada além de seguir o que mandava. Infelizmente ele tinha razão em uma parte: Harry era o único que poderia acabar com Voldemort e não poderiam correr o risco de fazer com que ele perceba da aliança que fizera com o lado oposto ao do bruxo. O Lorde das Trevas era esperto e forte, mas o ódio e o medo de morrer por Potter lhe cegava. Tudo que Draco tinha em mente era que ninguém poderia saber sobre o que Dumbledore o mostrou, aquele não era o momento, eles precisavam da esperança que o homem trazia consigo. Mas isso não significava que deixaria que deixaria o garoto-que-sobreviveu virar um porco criado para o abate.

- Apesar de ser um tiro no escuro, Dumbledore sabe o que faz. Mesmo que não nos explique seus motivos e as bases que fundam seus atos e ordens. É isso que o faz ser o velho Dumbledore. – replicou. 

- Draco tem razão. – Hermione sorriu – Tudo o que Dumbledore fez até agora nos ajudou nos momentos difíceis... apesar de ser de uma maneira mais sutil, ele sempre nos dá a resposta. 

- O que você acha que vai acontecer após Harry pegar a lembrança de Slungorn e os comensais atacarem? 

- Sinceramente não sei, Weasley. Existem coisas que Dumbledore direcionou para mim e impediu que contasse para qualquer um por segurança.

- Até mesmo para nós? – falou surpresa. 

- Sim. Sei que não é a primeira vez que ele faz isso com vocês. Você tinha um vira tempo e Harry sempre tinha algo a esconder por conselho dele, não é? – eles assentiram – Pois bem, certas coisas nunca mudam. – deu os ombros – Só vou reforçar que deverão confiar em mim independente do que acontecer. Vocês me proporcionaram coisas que nunca tive, não gostaria de perder isso.

- Você sabe que não faríamos isso, Draco. 

- Não teria tanta certeza, Hermione. As coisas podem ficar mais confusas do que imaginamos.

- Você está me deixando assustado, parceiro.

- Não se preocupe, Ronald. Cuidarei para que fiquem seguros. – sorriu para os dois e pode sentir a intensidade do aperto da mão de Hermione sobre a dele. – Agora temos que avisar a AD. Não sabemos quando virão, mas tenham em mente que pode ser amanhã mesmo e não vão hesitar em matar. 

- E você? – o ruivo estava aflito.

- Eu vou cumprir meu papel, vocês sabem.

O clima ficou tenso. Ron e Hermione não gostavam da ideia de ver o loiro agindo como comensal, eles sabiam o que ele achava daquilo tudo e mesmo assim continuava tão frio que até lembrava o antigo Malfoy.

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